Características fordismo
Por: matheusreis92 • 11/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.551 Palavras (11 Páginas) • 209 Visualizações
Fordismo e Taylorismo: discussão e análises sobre o texto “da rotina à flexibilidade”
Pedro Rogério _________¹
¹ Estudante em Administração – UNOPAR
- INTRODUÇÃO
O homem trabalhava os recursos que possuía para atender as suas necessidades imediatas, ao longo da história essa necessidade corresponde aos sistemas produtivos inseridos em diversas sociedades. Nesse contexto, o progresso estimulou as distintas formas de abordar os recursos nas organizações produtivas. Atualmente, para atingir os seus objetivos, as organizações irão utilizar basicamente quatro recursos fundamentais: as pessoas, os materiais, o capital e as informações.
O papel das pessoas na organização é um assunto que muito se discute. Na evolução das teorias administrativas, esse papel mostrou-se um dos pontos mais críticos da organização, e foi mudando seu conceito com a desenvolvimento da administração.
Quando ocorreu desenvolvimento das primeiras teorias administrativas, sob o enfoque Taylorista – Fordista, os trabalhadores eram vistos como uma peça na engrenagem do sistema produtivo (Júnior, V. R. V. INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO.).
“O dinheiro é a coisa mais inútil do mundo; não estou interessado nele, mas sim no que posso fazer pelo mundo com ele” afirmou Ford, idealizador do Fordismo e fundador da Ford Motor Company em 1903. Grande estudioso e empreendedor, Ford, para poder ganhar mais dinheiro, desenvolveu a teoria do Fordismo que foi revolucionária para a época pois pela primeira vez foi considerado o bem estar social em conta para se atingir o sucesso financeiro.
No início do século 20, a indústria de automóveis era voltada para o público com alto poder executivo, os automóveis eram raros e luxuosos, custando em média o valor de uma casa e para o manter apresentava uma manutenção caríssima. Em consequência disso, poucos eram vendidos, não existia estímulo estudo da tecnologia automobilística e assim os carros do início do século 20, época em que Ford fundou a empresa, eram praticamente os mesmos de 50 anos atrás.
Assim, Ford visualizou um grande gargalo na indústria automobilística e viu a chance de se destacar na administração de empresas e mudar para sempre o mundo.
Com tudo, objetiva-se neste trabalho ressaltar a inovação provocada pelo fordismo, e seu impacto até hoje sobre a administração e as organizações. Sobretudo, os conceitos trazidos pela teoria.
- DESENVOLVIMENTO
O fordismo, é um método de racionalização da produção em massa, que teve início na indústria automobilística Ford, onde esteiras rolantes, levavam o chassi do carro e as demais peças a decorrer da fábrica enquanto os operários, destruídos ao longo da esteiras, iam montando os veículos que por si passava e cada funcionário executava uma pequena etapa, logo, os funcionários não precisavam sair do seu local de trabalho, resultando numa maior velocidade de produção, buscando o aumento da produtividade através do controle das máquinas e pessoas no processo de produção (Fraga, 2005).
Ford tinha como objetivo fundamental deste sistema foi diminuir ao máximo os custos de produção e assim baratear o produto, podendo vender para o maior número possível de consumidores. Assim, ele dobrou o salário de seus funcionários, passando de 2,5 dollares para 5 dollares o dia trabalhado, consequentemente, essa atitude diminuiu a rotatividade dos trabalhadores. As funções por serem fixar e repetitivas, não necessitava de mão de obra especializada, e era o trabalho era executado da melhor maneira possível em menor tempo.
O modelo fordista, tinha várias características. Produção em massa, maior eficiência do processo de produção, maior número de carros no menor tempo possível, homogeneidade dos produtos, rotina de trabalho, controle do tempo, mão de obra numerosa e predominantemente masculina, baixa mobilidade dos trabalhadores, dentre outras (Fraga, 2005)
O tempo é um dos fatores mais importantes non Fordismo, o interessante é buscar a todo custo a eficiência do processo de produção, havendo um controle rígido do em relação ao tempo gasto, buscando produzir maior número de carro num menor tempo possível (Fraga, 2005).
Já a partir de meados da década de 1960, o sistema dava sinais de que existiam sérios problemas:
“Na época, a recuperação da Europa Ocidental e do Japão tinha se completado, seu mercado interno estava saturado e o impulso para criar mercados de exportação para os seus excedentes tinha de começar (...). E isso ocorreu no momento em que o sucesso da racionalização fordista significava o relativo deslocamento de um número cada vez maior de trabalhadores da manufatura. O conseqüente enfraquecimento da demanda efetiva foi compensado nos Estados Unidos pela guerra à pobreza e pela guerra do Vietnã. Mas a queda da produtividade e da lucratividade corporativas depois de 1966 (...) marcou o começo de um problema fiscal nos Estados Unidos que só seria sanado às custas de uma aceleração da inflação, o que começou a solapar o papel do dólar como moeda-reserva internacional estável. A formação do mercado do eurodólar e a contração do crédito no período 1966-1967 foram, na verdade, sinais prescientes da redução do poder norte-americano de regulamentação do sistema financeiro internacional. Foi também perto dessa época que as políticas de substituição de importações em muitos países do Terceiro Mundo (da América Latina em particular), associadas ao primeiro grande movimento das multinacionais na direção da manufatura no estrangeiro (no Sudeste Asiático em especial), geraram uma onda de industrialização fordista competitiva em ambientes inteiramente novos, nos quais o contrato social com o trabalho era fracamente respeitado ou inexistente. Daí por diante, a competição internacional se intensificou à medida que a Europa Ocidental e o Japão, seguidos por uma gama de países recém-industrializados, desafiaram a hegemonia estadunidense no âmbito do fordismo a ponto de fazer cair por terra o acordo de Bretton Woods e de produzir a desvalorização do dólar. A partir de então, taxas de câmbio flutuantes e, muitas vezes, sobremodo voláteis substituíram as taxas fixas da expansão do pós-guerra ... (HARVEY, 1992, p. 135)”
Na década de 70, houve uma transformação organizacional, o sistema rígido ficou dispendioso, assim o fordismo enfraqueceu, com a introdução de novos métodos de trabalho. Nesse contexto, surgiu o Taylorismo, uma nova forma de gerenciamento do processo de trabalho. O Taylorismo, amplia o conceito de pessoas na produção, tornando-se multifuncionais.
Em meio de todas essas transformações no trabalho, algumas foram verificadas no setor de serviços, essa mudança acompanhou também a economia do setor informal. Fora da indústria, verificou-se que o fordismo informal. Exemplificando-se pelo trabalho informal, tem-se uma costureira, que utiliza a produção em série, muitas vezes contando com a sua equipe, e se especializa em uma determinada função, para agilizar o processo e ser o mais eficiente possível.
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