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Como se deu a passagem da cosmologia à metafísica

Por:   •  16/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.849 Palavras (8 Páginas)  •  879 Visualizações

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1) Como se deu a passagem da cosmologia à metafísica.

Cosmologia é o estudo da origem, estrutura e evolução do universo. Sabemos que a Filosofia nasce da admiração e do espanto (como disseram Platão e Aristóteles) e que desde do seu início a Filosofia vem se preocupando em buscar uma explicação racional para origem deste mundo ordenado, interpretando a realidade que vivemos e elevando a um conceito do que é real. Por esse motivo, a filosofia nasce como cosmologia.

A busca desta essência, que causa e ordena tudo quanto existe na natureza, (minerais, vegetais, animais, humanos, astros, qualidades como: úmido, seco, quente, frio) e tudo quanto nela acontece, (dia e noite, estações do ano, nascimento, transformação e morte, crescimento e diminuição, saúde e doença, bem e mal, belo e feio, etc,) foi a busca de uma força natural perene e imortal, subjacente às mudanças, denominada pelos primeiros filósofos com o nome de physis.

Entende-se então que a cosmologia era, uma explicação racional sobre a physis do universo e portanto uma física (do grego antigo: φύσις physis "natureza" é a ciência que estuda a natureza e seus fenômenos em seus aspectos mais gerais.) e o estudo da physis dedicava-se à multiplicidade dos seres, à mutabilidade deles e as oposições entre eles.

A metafísica é filosofia primeira, porque ela estudo o ser enquanto ser. Assim, é o estudo ou o conhecimento da essência das coisas ou do Ser real e verdadeiro das coisas, daquilo que elas são em si mesmas, apesar, das aparências que possam ter e das mudanças que possam sofrer. A metafísica é uma palavra com origem no grego e que significa "o que está para além da física", por volta do ano 50 a.C., foi consagrada por Andrônico de Rodes quando ele estava recolhendo e classificando as obras de Aristóteles que durante muitos séculos haviam ficado dispersas e perdidas. Esse organizador dos textos aristotélicos indicava um conjunto de escritos que, em sua classificação, localizavam-se após os tratados sobre a física ou sobre a natureza, pois a palavra meta quer dizer: depois de, acima de.Ta: aqueles; meta: após, depois; ta physika: aqueles da física. Assim, a expressão ta meta ta physika significa literalmente: aqueles [escritos] que estão[catalogados] após os [escritos] da física.

2)O que significam as palavras metafísica e ontologia? Quem empregou pela primeira vez?

Para entendermos o significado da palavra metafísica temos que entender que ela foi empregada pela primeira vez por volta no ano 50 a.C., por Andrônico de Rodes quando ele estava recolhendo e classificando as obras de Aristóteles que, durante muitos séculos, haviam ficado dispersas e perdidas. Com a palavra ta meta ta physika.

Ta: aqueles; meta: após, depois; ta physika: aqueles da física. Assim, a expressão

ta meta ta physika significa literalmente: aqueles [escritos] que estão

[catalogados] após os [escritos] da física. Aristóteles designou que tais escritos como: Filosofia Primeira (estudo do “ser enquanto ser”). Assim, o que Aristóteles chamou de Filosofia primeira passou a ser designado como metafísica.

Ontologia é composta por dois substantivos gregos, ta onta (os bens e as coisas realmente possuídas por alguém) e ta eonta (as coisas realmente existentes) que derivam do verbo ser (em grego einai). Sendo o particípio presente deste verbo se diz on (ente) e ontos(entes). Dessa maneira, as palavras onta e eonta (as coisas) e on (ente) levaram a um substantivo: to on (o Ser). O Ser é o que é realmente e se opõe ao que parecer ser, à aparência.

Ontologia significa: estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das coisas tais com são em si mesmas, real e verdadeiramente.

No século XVII, o filósofo alemão Jacobus Thomasius considerou essa a palavra correta para designar os estudos da metafísica ou Filosofia Primeira pois, ousia(feminino do particípio do verbo ser / einai). Em português ousia é traduzido por essência (latim essentia). Em latim o verbo ser (esse) e a palavra essentia foi usada pelos filósofos para traduzir (ousia). Então baseando-se no fato que Aristóteles afirmara que a Filosofia Primeira é o estudo ou o conhecimento da essência das coisas ou do ser real e verdadeiro das coisas, daquilo que elas são em si mesmas, apesar das aparências que possam ter e das mudanças que possam sofrer logo, faria sentido designar Filosofia Primeira com a palavra ontologia. Nesse caso metafísica passa a ser somente o lugar ocupado nas estantes pelos livros de Aristóteles. Resumindo: ontologia: diria qual o assunto da Filosofia Primeira, enquanto metafísica: seria apenas o lugar dos livros de Filosofia Primeira.

3)Por que atribuir a Parmênides de Eléia a primeira elaboração ontológica?

Parmênides veio desmitificar a cosmologia, quando afirmou que o mundo percebido por nossos sentidos (o cosmo estudado pela cosmologia) é um mundo ilusório, feito de aparências, sobre as quais formulamos nossas opiniões e foi o primeiro a se contrapor ao tal pensamento de mundo mutável pregado pela cosmologia até então e veio com uma ideia de um pensamento e de um discurso verdadeiros referidos àquilo que é realmente, ao Ser – to on, On.

O Ser é, disse Parmênides. Nesse caso eles quis dizer que o ser é sempre idêntico a si mesmo, imutável, eterno, imperecível, invisível aos nossos sentidos e visível apenas para o pensamento. E também foi o primeiro a dizer que a aparência sensível das coisas da Natureza não possui realidade, não existe real e verdadeiramente, não é.

Quando tomamos a ideia que eles se contrapôs a cosmologia, se dá ao fato de que declarou o Não-ser não é. O Ser versus Não-Ser. A Filosofia era entendida por Parmênides como Via da Verdade (que nega realidade e conhecimento) e Via da Opinião (que se ocupa com as aparências, com o Não-Ser).

A Cosmologia se dedicava à multiplicidade dos seres, à mutabilidade deles e às oposições entre eles. E totalmente em contradição a isso ele afirmou que o pensamento verdadeiro exige a identidade e a não-contradição do Ser. Considerando a mudança de uma coisa em outra contrária como o Não-Ser, e que o ser não muda porque não tem como nem o porque mudar, pois se mudasse, deixaria de ser O Ser, tornando-se o Não-ser. Com isso mostrou que o pensamento verdadeiro não admite a multiplicidade ou pluralidade de seres e que o ser é uno e único.

O pensamento dele era totalmente ao contrário do que a cosmologia entendia na época e ele afirmava ainda diferença entre pensar e perceber. Multiplicidade,

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