ESTUDO DE CASO: De malas prontas: nova cidade, nova empresa? RESPOSTAS
Por: petog • 28/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.014 Palavras (5 Páginas) • 2.221 Visualizações
[pic 2][pic 3]
ALUNO (A): ___________________________________________________________ MATRÍCULA: _________________
ALUNO (A): ___________________________________________________________ MATRÍCULA: _________________
ESTUDO DE CASO: De malas prontas: nova cidade, nova empresa? (Elaborado por Victor da La Paz Richarte-Martinez)
Uma empresa brasileira de plásticos fundada no final da década de 1960 conta atualmente com mais de 450 funcionários em quatro unidades. Em face de incentivos fiscais atraentes para a organização, uma filial foi transferida para outro estado e houve a necessidade de reestruturação de pessoal. Alguns funcionários de São Paulo mudaram para essa nova cidade, em especial os da média liderança, com vários desafios, como criar nova rede de fornecedores, incrementar a produção com nova logística e, como destaque para a força de trabalho, contratar e desenvolver novos funcionários a fim de manter a qualidade dos produtos, tornando essa unidade mais lucrativa que a anterior.
Marcelo Silva, gerente de fábrica da grande São Paulo, aceitou a transferência para uma cidade a mais de 200 quilômetros da capital de Goiás. Ele se mudou com a esposa e dois filhos pequenos para um novo apartamento, gostaram da cidade e das perspectivas de qualidade de vida: com menos trânsito, menos poluição e mais segurança.
Na antiga unidade, ele liderava uma equipe de trinta pessoas, e agora tem o desafio de trabalhar com quinze novos trabalhadores recém-selecionados pela área de recursos humanos após sua aprovação final.
Os primeiros dias foram de definição e distribuição de atividades, linhas de comando e de autoridade, graus de responsabilidade e expectativas de resultados. Os relacionamentos eram cordiais e o clima de trabalho muito bom.
Como não houve um treinamento estruturado e dedicado ao longo dos dias, como era feito em São Paulo, os ajustes das tarefas aconteceram durante a execução das atividades. Por momentos, Marcelo se viu mais ríspido no relacionamento com os novos funcionários que demoravam a entender algumas tarefas que trabalhadores de sua antiga equipe faziam com melhor qualidade e em menor tempo. Chegou a ouvir de um funcionário que outras pessoas se queixaram da pressão para a execução do trabalho em pouco tempo. Ele estranhou esse relato e pensou que poderia ser uma postura diferente dos novos colaboradores diante do trabalho ou mesmo insatisfação dos funcionários causada por características pessoais.
Na primeira reunião da diretoria, Marcelo foi avisado da necessidade de melhorar o desempenho na área, pois os números do relatório indicavam uma queda de produtividade comparados aos da unidade paulista que ele administrava anteriormente.
Ele retornou desse encontro bastante preocupado e pensando no que poderia estar acontecendo. Os funcionários pareciam aptos ao trabalho durante o processo de seleção, mas havia um clima ruim nas últimas semanas, com algumas faltas e atrasos, e ele percebeu também que quando se aproximava as pessoas se calavam.
Refletiu sobre quais de seus comportamentos estariam influenciando negativamente nos resultados da equipe. Reconheceu que também estava estressado com relação a sua vida particular, pois sua esposa constantemente comunicava que sentia falta do trabalho, fazendo-o se questionar sobre a decisão de se mudar para a nova cidade. Profissionalmente, ele se sentia sem o suporte de colegas de trabalho para algumas decisões. Lidava agora com quinze pessoas que nunca vira antes e que revelavam atitudes diferentes dos trabalhadores da antiga equipe.
A cultura era outro aspecto novo para ele. A cidade tinha outro ritmo, muitas pessoas o chamavam de “senhor Marcelo, gerente da empresa que acabou de chegar na cidade” e ele não conseguia fazer novos colegas. No trabalho, às vezes percebia que a forma de falar era interpretada de outra maneira e que ao final do expediente todos voltavam às suas casas, sem happy hour ou horas extras. Refletiu que ele também tinha que mudar, pois estava em outra cidade, em um novo ambiente de trabalho e lidando com pessoas com perfis diferentes.
...