FATORES DETERMINANTES DA GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO NO MERCADO BRASILEIRO
Por: Hugo Dantas • 8/9/2018 • Tese • 2.199 Palavras (9 Páginas) • 264 Visualizações
FATORES DETERMINANTES DA GESTÂO DO CAPITAL DE GIRO NO MERCADO BRASILEIRO
INTRUDUÇÃO:
Decisões relacionadas a gestão de capital de giro têm um impacto direto na liquidez e rentabilidade (APPUHAMI, 2008; SHIN e SOENEN, 1998). Muitos fatores internos e externos podem influenciar decisões corporativas relacionadas ao nível ideal de ativo circulante e passivo circulante. Entre estes fatores, é a influência das decisões de financiamento corporativo. Outro fator que também afeta as decisões da empresa em relação nível de capital de giro, pode estar relacionado ao conflito de interesses entre os administradores e acionistas. conforme examinado na Teoria da Agência (Jensen e Meckling, 1976).
Outra fonte de problemas, é o excesso de fluxo de caixa livre definido por Jensen (1886). A discussão sobre os principais fatores de trabalho o gerenciamento de capital não é simples. A maioria dos estudos sobre a gestão de capital de giro se concentrou em suas relações com a lucratividade da empresa, avaliando o impacto das políticas de capital de giro na criação de valor para o acionista. O objetivo deste estudo é examinar os principais fatores da gestão do capital de giro a fim de aumentar o conhecimento sobre as empresas de financiamento, especialmente a tomada de decisão a curto prazo, e melhorar a tomada de decisão corporativa.
REVISÃO DA LITERATURA E HIPÓTESES:
Os seguintes estudos foram coletados da literatura internacional, e eles contribuem para entender os principais fatores de trabalho de gerenciamento de capital, levando em consideração a efeito combinado de seus principais componentes: inventário, contas a receber e contas a pagar. Nunn (1981) abordou os requisitos de capital de giro dividindo-os em sazonais e permanentes (Gitman, 1997). Este autor examinou a relação permanente de capital de giro, ou seja, a relação que não varia de acordo com as mudanças de curto prazo no atividades empresariais das empresas. Usando dados de diferentes indústrias, de 1971 a 1978, esse estudo encontrou 19 possíveis fatores-chave da gestão do capital de giro, e eles estavam relacionados ao processo de produção, vendas, método contábil, posição competitiva e indústria fatores. Hawawini, Viallet e Vora (1986) examinaram dados de 1.181 empresas americanas de 36 indústrias ao longo de um período de 19 anos (1960-1979). Esses autores constataram que a indústria teve um efeito significativo e persistente nos investimentos das empresas, e que esse efeito foi sustentada ao longo do tempo.
O estudo também encontrou indústrias benchmarks que as empresas aderiram ao estabelecer suas políticas de trabalho sobre investimento de capital. Filbeck e Krueger (2005) forneceram insights para apoiar o relevância de uma gestão eficiente do capital de giro, avaliando quase 1.000 empresas nos Estados Unidos no período de 1996 a 2000. Seu estudo encontrou diferenças entre as indústrias em relação ao capital de giro medidas ao longo do tempo, bem como mudanças significativas dessas medidas dentro das indústrias ao longo do tempo. Os autores sugeriram que essas mudanças poderiam estar relacionadas a fatores macroeconômicos, como taxa de juros, inovação taxa e concorrência. Usando dados de um painel dos EUA de 1990 a 2004, Kieschnick, Laplante e Moussawi (2006) descobriram que as práticas da indústria, tamanho da empresa, crescimento futuro das vendas, número de diretores no conselho, remuneração executiva (parte atual) e a participação acionária do CEO tem impacto significativo na eficiência do capital de giro gestão de empresas.
O estudo deles sugeriu que os gerentes responderam positivamente aos incentivos e monitoramento em relação à gestão de capital de giro. Usando indicadores econômicos como variáveis independentes e índices financeiros como variáveis dependentes. Lamberson (1995) explorou a relação entre mudanças na posição de capital de giro e mudanças no nível atividade econômica, utilizando uma amostra de 50 pequenos empresas de 1980 a 1991. Seu estudo descobriu que a liquidez aumentou ligeiramente durante as expansões econômicas, enquanto nenhuma mudança de liquidez perceptível foi encontrada durante desacelerações econômicas.
Appuhami (2008) investigou o impacto das despesas de capital corporativo na gestão de capital de giro, usando dados coletados de empresas listadas em Bolsa de Valores da Tailândia, de 2000 a 2005. estudo encontrou uma relação negativa com as despesas de capital, sugerindo que as empresas tendem a gerenciar o trabalho capital de forma eficiente quando eles poderiam encontrar oportunidades para crescer investindo em ativos fixos. O estudo também encontrou uma relação positiva e significativa entre o capital de giro necessidades e despesas operacionais e financeiras, sugerindo que as empresas tendem a aumentar o seu níveis de capital, à medida que as despesas com dívidas e juros aumentaram.
TEORIA PECKING ORDER:
A Teoria do Pecking Order afirma que as empresas tendem a depender de fundos internos para se financiarem, preferindo emitir dívida a capital quando é necessário financiamento externo (MyErS e MAJlUF, 1984). De acordo com Chen (2004), esta teoria explica por que as empresas escolhem manter reservas em dinheiro ou outras formas de folga financeira - para evitar a falta de recursos e a necessidade. A justificativa convencional para reter a folga financeira - caixa, ativos líquidos ou poder de empréstimo não utilizado - é que as empresas buscam evitar a necessidade de emitir ações em curto prazo para buscar uma valiosa oportunidade de investimento (MyErS e MAJlUF, 1984).
O objetivo da primeira hipótese deste estudo é entender se as empresas com alto nível de endividamento também possuem um baixo nível de capital de giro refletido em um baixo nível de estoque, baixos prazos de crédito e altos prazos de pagamento, devido à escolha dos gestores. Hipótese 1: Existe uma relação negativa entre o nível de endividamento de uma empresa e seu nível de capital de giro.
A TEORIA DA AGÊNCIA:
De acordo com a Teoria da Agência (JENSEN e MEKININ, 1976), uma empresa pode ser considerada o nexo de um conjunto de relações contratuais (implícitas e explícitas) entre indivíduos, pelo qual os acionistas - diretores - delegam todos os dias decisões de gestão de negócios para gerentes - agentes - que devem usar seus conhecimentos específicos e os recursos da empresa para maximizar retornos para os principais.
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