Internacionalização de Empresa - Marcopolo
Por: paulagi • 6/10/2015 • Trabalho acadêmico • 2.684 Palavras (11 Páginas) • 381 Visualizações
O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
A Marcopolo iniciou suas operações internacionais de forma não planejada na década de 60 através de exportações CBU (CompletelyBuiltUp - Exportação de produtos completos) para o Uruguai e posteriormente para diversos países da América do Sul. Na medida em que cresceram em importância, a empresa ganhou experiência e essas atividades foram profissionalizadas.
Na década de 70 a Marcopolo fez sua primeira exportação CKD (CompletelyKnocked Down - Contratos de venda de tecnologia para empresas locais que operam no segmento) para Venezuela e as carrocerias eram montadas sob sua gestão de produção no território estrangeiro. A experiência de exportar em CKD rumou para a África, em Gana, que foi o primeiro contato com o continente. E até a década de 80 a Marcopolo passou a exportar também para América Central, eventualmente para Bélgica na Europa e esporadicamente para os Estados Unidos.
Na década de 90 a Marcopolo deu o seu primeiro passo para se tornar uma multinacional instalando sua primeira fábrica no exterior, em Portugal. Esse investimento tinha como objetivo dar um upgrade tecnológico para a empresa – a Europa era o berço da tecnologia de ônibus e a proximidade com os principais fabricantes possibilitaria importante aprendizagem para a empresa em termos de fabricação e de montagem de carrocerias. Essa unidade também buscava garantir presença no mercado europeu, pois Portugal integrava-se à “Comunidade Europeia” na época.
Ainda na década de 90 foi instalada uma fábrica na Argentina atendendo as regras do país, e foi instalada uma terceira fábrica no México, a Polomex, que foi seu principal mercado estrangeiro e onde a empresa já possuía experiência anterior de produção.
Nos anos 2000 houve instalações de fábricas na Colômbia e na África do Sul, mercados com demanda crescente. Posteriormente a Marcopolo entra no mercado da China através de uma parceria de produção no país que duraram dois anos devido à nova legislação do governo chinês para indústria automotiva. No entanto, como a China tem um mercado altamente competitivo, preços baixos e há muitos fabricantes, a Marcopolo criou uma empresa chamada MAC (Marcopolo Autoparts&Components) para produção de componentes, protótipos e também para pesquisa em out sourcing com a finalidade de manufaturar componentes para ônibus e exportar para suas subsidiárias internacionais.
Visando uma impossibilidade de valorização do dólar a Marcopolo decidiu acelerar dois planos que já estavam em andamento: Rússia e Índia.
Na Rússia, a Marcopolo fez uma Joint Venture 50/50 com o maior grupo automobilístico russo – RussianBuses. E na Índia uma Joint Venture com o grupo TATA, maior empresa automotiva da Índia com participação de 49%.
A Marcopolo também realiza uma parceria com o grupo chileno Metalpar e instala nova fábrica na Argentina (a instalação realizada anteriormente no País é desativada).Em 2009 a Marcopolo instala sua fábrica no Egito em parceria com a GB Auto, além de reduzir custos com impostos e de mão de obra produzindo localmente, o país tem uma posição estratégica em termos geográficos e de comércio internacional, possuindo acordos de livre comércio com a Europa, África, Países Árabes, Estados Unidos e Brasil. Neste mesmo ano, devido a crise econômica na Europa, os donos decidem fechar a fábrica de Portugal.
A partir de 2012 a Marcopolo firmou uma parceria com a empresa Volgren, na Austrália, para a fabricação de ônibus e assim a Marcopolo começa a produzir localmente no país. A empresa adquiriu quatro fábricas em diferentes regiões do País e os produtos continuam sendo vendidos com a marca “Volgren”.
Hoje as operações internacionais representam a maior parte dos negócios da companhia e decisões desse cunho são tomadas de forma bastante estruturada. As motivações que guiaram a empresa para o exterior mudaram conforme sua experiência e comprometimento nessa esfera, conforme o contexto macroeconômico brasileiro e devido ás próprias condições locais de países anfitriões.
PRINCIPAIS PRODUTOS DA EMPRESA
Atualmente a Marcopolo encontra-se na sua sétima geração de produtos. Estes estão divididos de acordo com sua destinação final: urbano, rodoviário, intermunicipal e micros.
Ônibus Urbano
Desenvolvidos para viagens de curta distância.De forma geral, sua estrutura consiste em: acessibilidade para portadores de deficiências, câmeras de segurança e TV digital. O modelo VIALE BRT possui diferencial sendo um ônibus com articulação, GPS, câmbio automático, ar condicionado e internet wireless. Já o VIALE SUNNY é produzido especialmente para o turismo, com teto retrátil, dois andares, acessibilidade e sistema de áudio.
Linha Viale
- Viale
- VialeBRT
- Viale BRS
- Viale DD Sunny
Linha Torino
- Torino
- Novo Torino
Linha SeniorMidi
- SeniorMidi
- SeniorMidi Escolar
- SeniorMidi Rural
Ônibus Rodoviário
Desenvolvidos para viagens de longa distância, conhecido como rodoviário pesado. De forma geral, sua estrutura consiste em: banheiro, saídas de ar condicionado e luzes individuais e televisão. A linha PARADISO classificada como Premium da empresa possui no modelo 1800 - 2 andares onde há assentos do tipo leito e semi leito, sala de estar, câmeras internas onde o motorista pode visualizar o que está acontecendo durante a viagem, GPS e espaço confortável para o segundo motorista (incluindo uma cama para descanso). No modelo 1600 – 1 andar, onde há assentos do tipo semi leito e poltrona maior para o segundo motorista.
Linha Paradiso
- Paradiso 1800 DD
- Paradiso 1600 LD
- Paradiso 1200
- Paradiso 1050
Linha Viaggio
- Viaggio 1050
- Viaggio 900
Ônibus Intermunicipal
Desenvolvidos para viagens de média distância, conhecido como rodoviário leve. De forma geral, sua estrutura consiste em: assentos com estofamento, luzes e saídas de ar individuais, televisão, ar condicionado, banheiro. O modelo NOVO IDEALE não possui banheiro.
Linha Audace
- Audace
Linha Ideale
- Ideale 770
- Ideale 770 MT
- Novo Ideale
Ônibus Micros
Desenvolvido para um número menor de passageiros.
Linha Senior
- Senior rodoviário: Micro-ônibus mais alto, poltronas estofadas, câmeras de segurança.
- Senior urbano: Micro-ônibus mais alto e câmera de segurança.
ADAPTAÇÕES REALIZADAS
Na década de 50, com a evolução do setor automobilístico, a Marcopolo viu seu crescimento aumentar, onde seu fundadoridentificou uma grande oportunidade de negócio, e começou praticamente do zero, um novo segmento para a indústria automotiva brasileira. Naquela época não havia um padrão nem conceito de fabricação. Então foi um começo para o desenvolvimento de novos processos produtivos e mudanças mecânicas. Nesta década foram construídas as primeiras carrocerias de aço, além dos fornecedores de chassis, que começaram a desenvolver chassis para ônibus.
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