Liderança no setor público
Por: didita123 • 11/4/2016 • Artigo • 4.110 Palavras (17 Páginas) • 283 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
MBA EM GESTÃO PÚBLICA
LAÍS DA ROCHA OLIVEIRA RA: 2298496338
LIDERANÇA NO SETOR PÚBLICO
TERESINA- PI
2016
LIDERANÇA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Laís da Rocha Oliveira[1]
RESUMO
Este estudo de caso tratar-se de uma revisão bibliográfica, complementada por um estudo de caso da aplicabilidade de uma técnica ou abordagem estudada. O instrumento utilizado para a coleta de dados deu-se por meio de aplicação de um questionário, com perguntas fechadas, a fim de proporcionar análise e discussão dos resultados obtidos. A pesquisa de campo fora realizada no mês de junho de 2015, por meio das respostas auferidas através dos 20 funcionários- integrantes da Gerência Regional de Educação (18° GRE), localizado na Rua João Rego, s/n, Teresina- Piauí. Por meio dela, fora constatado que o chefe/líder do setor público estudado atua por meio de uma liderança autocrática, que tende a obter o maior volume de trabalho, porém com maior insatisfação e tensão no ambiente laboral.
PALAVRAS CHAVE: Liderança. Estilos. Administração pública. Resultados.
1 INTRODUÇÃO
Muitos acreditam que o serviço público está falido, já que não consegue atender a população com presteza e rapidez. Para melhorar a eficiência do Estado, em geral, é necessário conter a sua atuação dentro dos limites de suas finalidades específicas e dentro de sua verdadeira capacidade.
A Administração Pública é uma atividade desenvolvida pelo Estado, visando a “consecução de interesses coletivos e subjetivamente como conjunto de órgãos de pessoas e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado”. (CHIAVENATO, 2009, p. 14).
E, assim como ocorre no mundo globalizado, tecnológico e dinâmico, é cada vez mais exigido qualidade e agilidade dos serviços públicos prestados. Frente a esta nova realidade, muitos são os estudos que apontam que as organizações públicas estão tentando se modernizar, frente a crescente participação, conhecimento e cobrança da população.
No tocante a contratação de pessoas, o que difere a Administração Pública de muitas outras empresas é o fato de o processo de seleção da primeira estar intrinsecamente ligado a maneiras aleatórias de escolha, que se dá através de concursos públicos. Destarte, a execução das tarefas a serem realizadas serão incorporadas e aprendidas somente após à contratação do individuo.
Assim, seja pelo fato de sempre haver interessados em conseguir um cargo público, seja pela estabilidade no cargo ou pelo salário garantido; seja por muitos outros motivos, não se dá a necessária atenção ao processo de seleção. Há, pois, o entendimento de que simplesmente sendo grande a concorrência é suficiente para selecionar bons funcionários.
Todavia, justamente pelo cenário atrativo do serviço público referido é que se deve ter mais cuidado no processo de agregar pessoas às organizações públicas. Isto porque, principalmente pela dificuldade de ingresso no mercado de trabalho na esfera privada e pelas vantagens do serviço público, estão sendo selecionadas pessoas que não tem o perfil que a organização pública precisa.
São pessoas que procuram os certames públicos porque não encontraram espaço no mercado para trabalharem naquilo que gostam e para o qual se prepararam após despenderem anos de estudo; bem como pela sedução dos benefícios oferecidos, notadamente de estabilidade no trabalho.
Contudo, são pessoas que não têm qualquer identificação com a atividade e certamente vão frustrar-se com o tempo, depois de passado o encantamento inicial pelo sucesso no concurso, por não estarem exercendo a profissão que gostariam e para a qual estudaram e prepararam-se. E essa frustração certamente vai acompanhar a vida funcional do servidor e comprometer o seu desempenho na função pública, trazendo dificuldades para o desenvolvimento do trabalho de forma engajada e comprometida, com eficiência e eficácia. É uma situação que vai exigir mais empenho da organização na aplicação dos demais processos de gestão de pessoas, o que inclui mais tempo despendido e o envolvimento de mais recursos públicos.
Neste momento é que a administração pública precisa dar atenção aos gestores de cada departamento, que necessariamente precisam ser lideres que corroborem com a comunicação, construção de equipe, tomada de decisão e motivação de seus recursos humanos.
Entretanto, a atuação decisória é atribuída aos diretores, chefes e assessores que assumem a função por meio de cargos de confiança ou são comissionados e, portanto, o preenchimento destes cargos de direção muitas vezes ocorre sem que se leve em consideração algumas qualidades intrínsecas de liderança, fator este considerado fundamental para uma gestão eficiente e eficaz dos serviços públicos prestados.
E, considerando que existem modelos de liderança e que eles irão auxiliar na motivação e prestação eficiente dos liderados, é que este trabalho objetiva analisar o processo de liderança e identificar o estilo de liderança adotado pelo (a) Gerente da 18° Gerência Regional de Educação de Teresina - Piauí.
Conquanto ao problema, esta pesquisa possui como ponto central o foco em responder a seguinte indagação: É possível identificar um modelo de liderança predominante?
2 CONCEITO DE LIDERANÇA
Helgesen (1996, p. 15) destaca que a “Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação, dirigida através do processo de comunicação humana à consecução de um ou diversos objetivos específicos”.
Hunter (2004) conceitua liderança como “A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum”.
Para Chiavenato (2004, p.134), “a liderança é necessária em todos os tipos de organizações humanas, principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos”.
Drucker (2000) procurou esgotar a busca por um conceito dado ao termo, ao afiançar que “A única definição de líder é alguém que possui seguidores”.
Posner (2002, p. 16), de certa forma, corrobora com Drucker, mas conceitua liderança de uma maneira mais abrangente ao defendê-la como a capacidade de inspirar as pessoas em torno de uma visão compartilhada e ao afirmar que “não existem líderes sem seguidores, e que as pessoas não seguirão o líder se não aceitarem as visões dessa pessoa como se fossem suas”. Afirma ainda que “os líderes não podem forçá-las a se comprometerem, podem apenas inspirá-lo”.
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