MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA Reposicionando a Ranbaxy
Por: marquesmesquita • 14/5/2016 • Resenha • 990 Palavras (4 Páginas) • 574 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Reposicionando a Ranbaxy
Isabel Cristina Marques de Mesquita
Trabalho da disciplina Economia Empresarial,
Tutor: Profa. Marcia Glycerio do Espirito Santo
Juiz de Fora
2016
ECONOMIA EMPRESARIAL
Reposicionando a Ranbaxy
REFERÊNCIA: Caso HBS – 707-P01 de 18 de fevereiro de 1998
A Ranbaxy começou a operar em 1962, e em meados dos anos 80, tornara-se uma das dez maiores empresas farmacêuticas na India. O Dr. Singh, CEO da Ranbaxy, articulava uma nova missão para a companhia: torná-la uma empresa farmacêutica internacional voltada para a pesquisa. Ao longo do texto vamos verificar as estratégias desenvolvidas pela organização na busca deste objetivo.
Baixos níveis de gastos com P&D e procedimentos pouco exigentes de certificação e aprovação contribuíam para a fragmentação da indústria farmacêutica indiana. Além disso, as políticas governamentais tinham muita influência nas relações internacionais, impondo várias restrições às empresas estrangeiras. As importações eram controladas por tarifas que estiveram, historicamente, entre as mais altas do mundo.
Em um conjunto de mudanças políticas, algumas das antigas restrições à concorrência foram amenizadas. As reações das multinacionais variavam em resposta a esta abertura. Algumas formavam fusões com sócios indianos, como foi o caso da aliança da Eli Lilly com a Ranbaxy. E a expectativa era de um aumento significativo da presença de companhias multinacionais no mercado indiano. Porém alguns temiam que isso significasse a destruição da indústria farmacêutica indiana pelas multinacionais, enquanto outros achavam que essa relação seria de colaboração entre ambas.
No que diz respeito à forma do produto, os medicamentos em sua apresentação final eram responsáveis em 1995 por 55% do total das vendas de produtos farmacêuticos da Ranbaxy. E os princípios ativos e os intermediários, pelos outros 45%.
As vendas de medicamentos eram, historicamente, voltadas para os países em desenvolvimento, porém as vendas de princípios ativos para países desenvolvidos vinham crescendo bastante.
Fabricação
As fábricas na Índia eram todas destinadas para servir tanto os mercados estrangeiros quanto o mercado interno. Porém, os mercados estrangeiros muitas vezes tinham requerimentos de qualidade mais exigentes e a Ranbaxy optou por montar ou modificar módulos de produção a fim de cumprir com os requerimentos reguladores de países desenvolvidos. Com este objetivo, fez um conjunto de investimentos na área de produção e marketing em mercados desenvolvidos. A presença nestes países facilitava a aprovação dos medicamentos fabricados com os princípios ativos, reduzindo o tempo de distribuição e resolvendo problemas de qualidade.
Pesquisa e Desenvolvimento
No final de 1989 veio a grande novidade do departamento de P&D da Ranbaxy: a engenharia reversa do Cefaclor, o antibiótico mais vendido no mundo na ocasião. Em 1988, a Ranbaxy começou a desenvolver um novo processo de sintetização do ceclor. Três anos depois, havia desenvolvido um processo de sintetização de sete etapas que tornava a empresa a segunda maior fabricante de cefaclor no mundo e em 1993 a Lilly começou a adquirir crescentes volumes de cefaclor da Ranbaxy.
A expectativa a longo prazo era de que a Ranbaxy desenvolvesse novas drogas através de pesquisa básica. Era um projeto ambicioso, mas plausível, segundo o CEO e o chefe do departamento de P&D. Fatores específicos ajudavam nesta direção: a empresa já possuía parte da infra-estrutura necessária para aumentar a capacidade de desenvolvimento de produtos clínicos; era capaz de reduzir o tempo de sintetização e comercialização de princípios ativos e seu departamento de P&D estava organizado de maneira flexível.
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