Mark-up I e II aplicação
Por: Mazi2106 • 9/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.795 Palavras (8 Páginas) • 559 Visualizações
[pic 1] | PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO |
RELATÓRIO FINAL – SITUAÇÃO PROBLEMA Nº 03
Grupo: | Nome | RA | Papel |
Bárbara Bueno | 14666366 | Líder | |
Bruna Cunha | 14246276 | Redator | |
Caroline Marques | 14666465 | Porta Voz | |
Bruno Rodrigues | 14666622 | Membro | |
Isabela Schincariol | 14191894 | Membro | |
Maria Aline Novaes | 14182851 | Membro | |
Pedro Souza | 14135354 | Membro | |
Membro |
Apresentação/Debate | Relatório Final |
- Conceitos Relevantes
De acordo com o autor Padoveze (2000), o conceito de Mark-up (um multiplicador sobre os custos), é uma metodologia para se calcular preços de vendas de forma rápida a partir do custo por absorção de cada produto. É um conceito amplamente utilizado pelas empresas, parte do pressuposto de que a base para diferenciação de preços de vendas aos diversos produtos produzidos pela empresa é o custo por absorção - o mais adequado para se obter o custo dos produtos-, e a partir do custo de absorção de cada produto, aplica-se um multiplicador de tal forma que os demais elementos formadores do preço de venda sejam adicionados ao custo.
Padoveze (2000), ressalta que apesar do Mark-up ser um multiplicador aplicado sobre o custo dos produtos, sua construção está ligada a determinados percentuais médios sobre o preço de venda e, a seguir, aplicados sobre os custos dos produtos. O Mark-up é dividido em I e II, e seus elementos constantes são: Mark-up I: Despesas e margem de lucro: a) despesas administrativas; b) despesas comerciais; c) outras despesas operacionais (assistência técnica, engenharia); e) custo financeiro de produção e vendas; f) margem de lucro desejada. Mark-up II: Impostos sobre vendas: a) ICMS; b) PIS; c) COFINS.
Sobre o Mark-up genérico, o autor explica que devemos partir do pressuposto do custo de absorção, portanto os indicadores das despesas operacionais sobre vendas (administrativas, comerciais) serão os mesmos percentuais para todos os produtos. O mesmo acontecerá com os custos financeiros e com a margem de lucro desejada, que serão os mesmos percentuais sobre o preço de venda, aplicados igualmente para todos os produtos.
Mark-up por produto, Padoveze (2000) diz que, neste caso, não só o custo por absorção é o elemento diferenciador do custo do produto, também os dados de despesas operacionais, como a margem e os custos financeiros podem ser diferentes para cada produto. A empresa atinge diversos mercados com seus produtos, além de mercados regionais em que as distâncias podem implicar custos e preços de vendas diferenciados. Em alguns mercados, a empresa pode entregar diretamente o produto através de seus próprios vendedores ou mesmo representantes comissionados. Isso acaba formando um mix de vendas para cada produto, sendo que cada segmento de mercado deve ter um preço de venda diferenciado. Assim, são necessárias na formação de preços de vendas, considerações de calculo para formar preços diferenciados, de modo que a rentabilidade da empresa não seja afetada, os preços deverão formar um preço de venda médio do mix de venda de cada produto, de maneira que a rentabilidade final seja alcançada.
A respeito do Mark-up e sistema de informação contábil, o autor relata que no Mark-up genérico, integra-se a formação de preços de venda com o gerenciamento contábil global. No Mark-up por produto, integra-se a formação de preços de venda com o gerenciamento contábil especifico. Já no Mark-up por divisões, integra-se a formação de preços de venda com o gerenciamento contábil setorial. Portanto, cabe a empresa decidir qual caminho seguir, porém qualquer situação haverá integração com o sistema de informação contábil e este estará apto a fornecer rápida e seguramente os dados necessários para formação de preços de venda calculados ou desejados.
Padoveze (2000), explica também sobre a margem de lucro desejada, que é bastante variável de empresa para empresa e depende de inúmeros fatores. Alguns deles são: setor de atuação da empresa, rentabilidade e giro dos ativos, rentabilidade e giro do capital próprio, necessidade de reposição de ativos, tipo de produto, competitividade do setor, momento econômico do país ou mercado base, escalas de produção e grau de alavancagem operacional, elasticidade da demanda, taxa interna de retorno dos investimentos, período em que os investimentos retornarão, pedidos ou encomendas especiais. Alguns aspectos levados em consideração são: objetivos da empresa; cultura da empresa; ambiente social em que a empresa esta inserida; participação dos empregados; sociopsicologia do mercado comprador. A base mais comum para calcular a margem de lucro mínima desejada é a rentabilidade do capital próprio, ou seja, a rentabilidade do patrimônio liquido, já deduzida dos impostos sobre o lucro liquido.
A explicação do autor Padoveze (2000), para os parâmetros externos para margem desejada, é que alguns podem ajudar a atingir uma margem de lucro satisfatória. Uma empresa industrial, comercial ou de serviços, constituída basicamente para atingir ganhos superiores aos recebidos em aplicações no mercado financeiro, basicamente em aplicações de renda fixa. Um parâmetro básico é a remuneração da poupança governamental em nosso país (paga 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano). Outro parâmetro são as taxas de juros cobradas no mercado internacional, através das taxas interbancárias dos Estados Unidos da America (prime rate) e de Londres (Libor). No Brasil as margens devem ser superiores seguramente as da poupança governamental, pois os negócios empresariais têm muito mais risco que a poupança e, por isso, necessitam de maior remuneração.
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