Motivações para o Empreendedorismo: Necessidade Versus Oportunidade?
Por: Ribeiro SD • 14/10/2015 • Resenha • 1.278 Palavras (6 Páginas) • 646 Visualizações
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RESUMO
Título: Motivações para o Empreendedorismo: Necessidade Versus Oportunidade?
Este trabalho tem por finalidade fazer uma analise sucinta sobre Empreendedorismo. Atualmente muito se diz sobre empreender, empreendedorismo e seus derivados. Responderemos as seguintes perguntas para uma melhor abordagem sobre o assunto:
- Será fácil empreender, ou mesmo ser empreendedor?
- Quais características há em um “indivíduo” considerado empreendedor?
- Será que no Brasil há espaço para empreender?
- Qual a diferença entre empreendedorismo por necessidade e oportunidade?
- Empreender por necessidade ou oportunidade, qual é o melhor?
A justificativa dessa analise é discorrer sobre as principais motivações para o empreendedorismo, termo que tem se tornado um fenômeno global e que vem provocando interesse de pesquisadores e estudiosos. Afinal, existe uma correlação bastante definida entre empreendedorismo e crescimento econômico. Existem dois tipos de empreendedorismo: aquele motivado por necessidade e outro por oportunidade.
Pretendemos discorrer sobre esses assuntos a partir do relatório Monitor Global do Empreendedorismo– Global Entrepreneurship Monitor(GEM), organizado por duas importantes escolas de Administração, a Babson College, dos Estados Unidos e a London School of Business, da Inglaterra. No Brasil, o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) é a instituição executora do Projeto GEM Brasil. Além do IBQP, destaca-se a parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Agência de Inovação da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se pelo menos os seguintes aspectos referentes ao empreendedor, iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; aceita assumir os riscos e a possibilidade de fracassar e utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive. (DORNELAS, 2001, p. 37)
Ainda que existam inúmeras características para o empreendedor, há algumas peculiaridades comuns demonstradas pelos pesquisadores que, na sequência, faremos constar. Esperam-se do profissional empreendedor características tais como capacidade para criar; organizar; planejar; ser responsável; saber liderar; ser hábil; trabalhar em equipe; gostar da área; ter visão de futuro; ir em frente; solucionar; inovar; persistir; ouvir; comunicar e se expressar. Podemos concluir que empreendedores são pessoas com perspicácia acentuada e, portanto, com habilidade para criar – e inovar – produtos e serviços. Sérgio Diniz, consultor do Sebrae (2013), relaciona as principais características que um empreendedor deve ter, as quais:
• Iniciativa;
• Perseverança;
• Coragem para correr riscos;
• Capacidade de planejamento;
• Eficiência e qualidade;
• Rede de contatos;
• Liderança.
Percebe-se que o Brasil é um País que oferece oportunidades para o empreendedorismo, mas que não consegue dar condições para tanto. Tal fato prende-se em parte ao processo de crescimento econômico que caracteriza a sociedade brasileira nos últimos anos.
Três em cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Em dez anos, a taxa total de empreendedorismo no Brasil aumentou de 23%, em 2004, para 34,5% no ano passado. Metade desses empreendedores abriu seus negócios há menos de três anos e meio.
Os dados são da nova pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). O levantamento mundial sobre o empreendedorismo é fruto da parceria entre a London Business School e o Babson College. Começou em 1999 com dez países, mas, desde então, quase 100 países se associaram ao projeto. Em 2014, a pesquisa atingiu 75% da população global e 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, foram entrevistadas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos das cinco regiões do país. O Estado obteve as conclusões da pesquisa com exclusividade.
Na comparação mundial, o Brasil se destaca com a maior taxa de empreendedorismo, quase 8 pontos porcentuais à frente da China, o segundo colocado, com taxa de 26,7%. O número de empreendedores entre a população adulta no país é também superior ao dos Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%) e França (8,1%). Entre as economias em desenvolvimento, a taxa brasileira é superior à da Índia (10,2%), África do Sul (9,6%) e Rússia (8,6%).
Com relação às motivações, empreendedores por necessidade são aqueles que iniciaram um empreendimento autônomo por não possuírem melhores opções para o trabalho e precisam abrir um negócio a fim de gerar renda para si e suas famílias.
A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada pelo Sebrae, mostra que para cada negócio aberto por necessidade – motivado, por exemplo, pelo desemprego – pouco mais de dois foram iniciados porque os empresários enxergaram uma oportunidade no mercado, no Brasil. O índice brasileiro é o maior já registrado desde que o país começou a participar da pesquisa, no ano 2000. Em 2002, o empreendedorismo por necessidade superava o por oportunidade – para cada empreendedor por necessidade havia 0,7 por oportunidade.
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