Mulheres na Administração das Empresas Listadas 2009 em comparação com 2011
Por: Hubner_07 • 7/1/2019 • Trabalho acadêmico • 1.028 Palavras (5 Páginas) • 196 Visualizações
GOVERNANÇA CORPORATIVA
GFCA 12N - 2017
“Mulheres na Administração das Empresas Listadas 2009 em comparação com 2011”
Camila Hubner Modesto
Fernanda da Silva Lima
Mulheres na Administração: Interesse Mundial x Brasil
O Brasil está em crescimento com a posição das mulheres na administração, a maioria dos conselhos de administração não tem nenhum membro feminino ou conta com um ou dois membros. Lembrando que em conselhos que existem mais conselheiras geralmente são parte do grupo familiar que controla a empresa. Com isso, conclui-se que as empresas brasileiras ainda precisam desenvolver esse aspecto de forma a melhorar as suas práticas de governança corporativa.
O primeiro país a estabelecer em lei um percentual mínimo para as mulheres nos conselhos de administração foi a Noruega (2003/2008), outros países que estudaram a imposição de cotas para mulheres e criaram legislação para regulamentar o assunto são: França (2007), Espanha, (2007/2015), Holanda (2015), Bélgica e Itália(2011).
No Brasil, a situação ainda está indefinida e indo para à câmara dos deputados. O Sistema de Cotas para mulheres no Brasil, projeto da autora Senadora Maria do Carmo Alves – DEM-SE, projeto de Lei do Senado, Nº 112 DE 2010.
O projeto terá percentual mínimo de 40% de ocupação por mulheres das vagas nos conselhos de administração das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Expectativas /Período de Adaptação:
I – 10%, até o ano de 2016;
II – 20%, até o ano de 2018;
III – 30%, até o ano de 2020;
IV – 40%, até o ano de 2022.
Aspectos 2009
Na pesquisa de 2009 pela IBGC, das 3635 posições de conselheiros listados no Brasil, 319 são ocupadas por mulheres, logo elas compõem apenas 8,78% dos conselhos de administração, essa proporção cai para 7,74% quando se leva em conta as mulheres que são conselheiras efetivas (234) em contraposição com as suplentes (85), este número é menor do que a média registrada pela pesquisa feita pela European Professional Women´s Network em 2008 que as mulheres ocupavam 9,7% das posições dos conselhos de administração das 300 maiores empresas do continente.
Esta proporção não é constante para todos os países, alguns apresentam níveis bem mais avançados de inclusão de mulheres nos conselhos de administração, como os países da Noruega (44,2%), a Suécia(26,9%) e a Finlândia(25,7%).
A governança corporativa da Espanha (6,6%) adotou a medida de inclusão de percentual em lei, o que provavelmente proporcionará um impacto positivo nos próximos anos.
Nos Estados Unidos, as mulheres ocupam 15,2% das posições nos conselhos de administração das empresas e a África do Sul apresenta uma proporção ligeiramente menor, de 14,3%.
A participação das mulheres no conselho nos outros países europeus apresenta números menores, e o crescimento dessa participação se cresce 0,5% a cada dois anos.
Em outros países europeus com considerável relevância econômica, a proporção de mulheres que ocupam lugares no conselho de administração é semelhante ao do Brasil como Alemanha (7,8%) e França (7,6%).
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Fonte: http://bettergovernance.com.br/Uploads/Docs/03052012-24808.pdf
Aspectos 2010
Houve queda da porcentagem de mulheres na administração com base 2009. São 507 empresas listadas com o preenchimento do Formulário de Referência de 2010, concedidos pela BMF & Bovespa, percentual de 7,10% com uma base de 3.046 posições efetivas, 162 mulheres em 216 posições, em 151 empresas.
Aspectos 2011
Em um total de 2.647 posições de conselho efetivas em 2011, são 7,71% ocupadas por mulheres, são 165 mulheres diferentes ocupando 204 posições nos conselhos de administração de 147 empresas, houve aumento com base 2010.
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Fonte: http://www.ibgc.org.br/userfiles/files/Mulheres_no_Conselho.pdf
A participação de mulheres nos conselhos de administração revela como a liderança feminina vem avançando em todos os setores do mercado brasileiro. Segundo uma pesquisa da Catalyst de 2011, em uma comparação com o restante do mundo, o Brasil ocupa uma posição intermediária quanto à diversidade de gênero nos conselhos de administração.
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Fonte: http://bettergovernance.com.br/Uploads/Docs/03052012-24808.pdf
“O assunto está cada vez mais presente nas discussões das companhias brasileiras e a diversificação nos cargos da alta administração é um tema previsto em nosso código, que sugere a escolha de seus membros por compatibilidade ou superioridade de competências”, afirma a Superintendente Geral do IBGC, Heloisa Bedicks.”
Com relação à participação das mulheres como presidente dos conselhos
nas empresas listadas brasileiras destaca-se que 3,9% do total de conselhos são liderados por mulheres. Em comparação com o cenário internacional, o percentual observado ainda ser baixo, o Brasil se mostra em posição comparativa melhor de empresas com pelo menos uma mulher, segundo o estudo da Catalyst de 2011.
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