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O DISCURSO DO MÉTODO

Por:   •  9/6/2022  •  Resenha  •  611 Palavras (3 Páginas)  •  85 Visualizações

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DISCURSO DO MÉTODO

A obra “Discurso do Método”, divulgada pela editora Martins Fontes em 1999 na cidade de São Paulo segundo a tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira e revisado por Mônica Stahel foi publicada pelo cientista, filósofo e matemático francês René Descartes. Tal obra é um tratado filosófico e matemático e que evidencia o racionalismo como a única fonte de conhecimento. O autor René Descartes em sua obra fornece uma ampla variedade de conceitos novos, voltados a desconstrução simbólica de mecanismos e cronologia da vida. O livro apresentado, é dividido em seis partes através de uma lógica mais sistêmica. Nesta resenha será elucidada a quarta parte do “Discurso do Método”, que nos mostra a razão pelas quais prova a existência de Deus e da alma humana, os quais fundamentam a metafisica. Nessa parte da obra, Descartes, se aparentando como o próprio personagem, afirmou que prefere duvidar de tudo que pudesse imaginar a menor dúvida, ou seja, busca rejeitar como falso tudo aquilo em que pode supor a menor dúvida, levando em consideração que os sentidos podem enganar. Nessa mesma esteira de analise, o próprio autor ainda reitera o seu diálogo afirmando que as razões demonstrativas também são inseguras, uma vez que, uma grande quantidade de homens comete paralogismos, que é o raciocínio falso que se estabelece involutariarmente. Isto é, os pensamentos que o indivíduo apresenta podem ocorrer independentes de estarmos dormindo ou acordado. Nesse sentido, o autor descobre uma substância cuja natureza baseia-se no pensar, demostrando que para ser não é necessário lugar e de nenhum tipo de material. Descartes, em seu discurso afirma que a alma difere do corpo, tornando-se mais fácil de conhecer do que o próprio corpo, e que mesmo que o corpo deixe de existir ela não deixa de ser necessariamente o que ela é. Nessa perspectiva, o princípio de descartes “Penso, logo existo” é considerado por ele o mais solido para sua expressão filosófica, por conta de não poder ser abalado por qualquer suposição dos céticos. Para pensar era necessário ser, e havia uma maior perfeição em conhecer do que duvidar. Outro ponto abordado por descartes é em relação a perfeição de Deus, no qual, refletindo sobre o que duvidava, chegava à conclusão de que seu ser não era perfeito, uma vez que conseguia visualizar maior perfeição em conhecer do que em duvidar. Dessa forma, ele buscou investigar de onde aprendia a pensar em algo mais perfeito que ele mesmo compreendendo que deveria ser de uma natureza mais verdadeira. Na obra, descartes ainda ressalta que a ideia de perfeição surge com o homem (inata) restando que não seria originária da criatura, sendo assim a origem deve estar em um ser que é sua própria causa. Assim, esse ser perfeito não pode ser inexistente e como não seria possível admitir que algo proceda do nada, ele não podia acreditar que sua própria existência procedesse dessa maneira. Descartes afirmou em sua obra que não devemos nos deixar persuadir por nada senão pela evidência de nossa razão. Da mesma forma que nunca devemos nos deixar levar por nossa imaginação ou pelos nossos sentidos. Por fim, Descartes pensou acerca das razões pelas quais se prova a existência de Deus e da alma humana, o qual se trata de fundamentos da metafísica. No qual reconhece que ele era uma substância, que seu objetivo era pensar e que a razão descobre que a ideia de perfeição não tinha origem na criatura. Em contramão, seria impossível a ideia de Deus como ser eterno, como ser perfeito sendo o fundamento último de toda essência. Assim, descartes traz a ideia de sujeito perfeito representando a essência, e de sujeito pensante representando a existência

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