O ESTUDO DE CASO: CAFÉ SELETO

2 ESTUDO DE CASO: CAFÉ SELETO

O Café Seleto é uma das marcas de café mais famosas e tradicionais do Brasil. Sempre contou com memoráveis campanhas publicitárias, e possui um dos jingles mais conhecidos da história da propaganda brasileira.

A empresa retorna ao mercado competitivo com embalagens mais modernas, com a campanha publicitária renovada, ampliação de sua gama de produtos, um café mais saboroso e de qualidade produzidos em um ambiente socialmente sustentável.

Uma das líderes de mercado há mais de 30 anos e que, na última década, havia praticamente desaparecido das prateleiras e da mídia, volta com uma nova abordagem de marketing, reutilizando o sucesso do jingle das décadas de 70 e 80, numa versão atualizada mais adequada aos dias atuais. O novo jingle possui pequenas alterações na letra da música, mas ainda trazem a identificação do produto ao consumidor e ao mesmo tempo representa a dinâmica das famílias modernas.

A marca foi comprada em 2012 pelo grupo Foods Alimentos de Minas Gerais, que atuava até então apenas no atacado e buscava um nome forte para entrar no varejo. A família de Ferreira, dona de fazendas de café em Minas Gerais, criou a Seleto Alimentos, e além de cafés de vários tipos e em cápsulas, diversificou e expandiu sua atuação para achocolatados e cereais matinais, entre outros produtos.

Para alcançar maior eficiência e eficácia no processo produtivo, Rogério Ferreira decidiu transferir a unidade industrial localizada em São Paulo para Piumhi/MG, que contou com políticas públicas do Governo do Estado e um investimento de R$ 30 milhões de reais, agregando maior valor aos produtos e melhor qualidade, possibilitando ainda um preço muito melhor no mercado internacional. Estimando-se que sejam gerados 760 postos de trabalho direta e indiretamente na região. O local facilita ainda a logística da empresa, pelo fato de que o estado reunir a maioria dos cerca de 400 produtores que fornecem a matéria prima qualificada e consequentemente, reduz o custo de produção, armazenamento e distribuição dos produtos.

A indústria de Torrefação do Café conta com uma moderna estrutura trazendo otimização de recursos, buscando maior eficiência na produção como rapidez, qualidade e segurança. Utiliza de fontes de energias renováveis, é ecologicamente correta, utilizando sobras do próprio café para gerar energia. Quando a indústria estiver operando a plena carga serão processadas mensalmente cerca de 4 mil toneladas de café. Nesta primeira etapa, iniciada em março deste ano está sendo produzidos 1,5 mil toneladas do café.

O planejamento realizado para a mudança da indústria de produção foi extremamente benéfico, pois auxiliou na eficácia da administração da produção, possibilitando reduzir custos, aproximando ao mesmo tempo mão de obra, matéria prima e mercado consumidor. Sendo estrategicamente localizada, tornando sua distribuição rápida e eficaz para as regiões do sudeste. Além de contar com um alto investimento para construção de uma infraestrutura moderna e sustentável, garantido cada vez mais eficiência em todo o processo que vai desde a entrada da matéria prima, produção, armazenamento e distribuição do produto ao seu destino.

A administração da produção auxilia a empresa a competir com maior excelência planejando, organizando, direcionando e controlando todas as suas fases desde o projeto de produção para assegurar a plena utilização da capacidade instalada e do pessoal disponível, passando pela coleta de informações que analisa a capacidade produtiva dentro do cronograma a ser executado a partir do volume necessário de estoque, direciona o planejamento da produção que prevê as vendas e elabora o plano de produção e, o controle de estoque que acompanha, avalia e regula as atividades produtivas tendo por finalidade a correção e prevenção de falhas, avaliando a produção para atingir seu principal objetivo que é obter um padrão de quantidade, qualidade, tempo e custo para atender sua clientela dentro dos prazos e quantidades negociadas. Conta ainda com a manutenção preventiva e corretiva utilizando de técnicas que aumentam e aproveitam melhor a vida útil das máquinas e equipamentos reduzindo a probabilidade de falhas e minimizando as consequências.

Atuando com um modelo de gestão de pessoas por competências que visa reconhecer, formar e ampliar conhecimentos, habilidades e atitudes, de forma que agregam valor à organização e ao indivíduo. Esse modelo é particularmente útil às organizações para as quais o aprimoramento, a inovação e a aprendizagem organizacional são determinantes para a sua competitividade. Um modelo de gestão de pessoas pode ser definido como a maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. Para isso a empresa se estrutura definindo princípios, estratégias, políticas e processos de gestão. Por meio desses mecanismos programam diretrizes e orientam os estilos de atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham.

A gestão por competências representa uma alternativa aos modelos gerenciais tradicionalmente utilizados pelas organizações. Propõe-se a orientar esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização (individual, grupal e organizacional), as competências necessárias para alcançar seus objetivos. Sua proposta é compreender quais são as competências organizacionais críticas para o sucesso empresarial, desdobrá-las em termos de competências profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de funcionários internos.

Sob essa perspectiva, minimizar eventuais lacunas de competências significa orientar e estimular os profissionais a eliminar as incompatibilidades entre o que eles são capazes de fazer (competências atuais) e o que a organização espera que eles façam (competências necessárias). Baseado no resultado da Avaliação por Competências será criado um Plano de Desenvolvimento para os colaboradores, cujo objetivo será aperfeiçoar e potencializar o perfil individual de cada colaborador.

Entre os principais objetivos podemos destacar: Melhora o desempenho dos colaboradores; identifica as necessidades de treinamentos; alinha os objetivos e metas da organização e da equipe; reduz a subjetividade na seleção e avaliação de pessoas; analisa o desenvolvimento dos colaboradores; enriquece o perfil dos colaboradores potencializando seus resultados; melhora o relacionamento entre gestores e liderados; mantém a motivação e o compromisso; extrai o máximo de produtividade de cada colaborador.

O meio empresarial está vivenciando uma fase em que a competitividade esta cada vez mais acirrada nos diversos segmentos de