O Motivo Edênico no Imaginário Social Brasileiro
Por: dcbaabc • 11/1/2023 • Abstract • 431 Palavras (2 Páginas) • 111 Visualizações
Gabrielly de Andrade Machado 2022.1.38.002
Larissa Rodrigues 2022.1.24.049
Raquel Istefany Queiroz Isa 2022.1.39.008
O Patrimonialismo em Faoro e Weber e a Sociologia Brasileira.
Ideia central da obra "Donos do Poder"
A explicação para o desvio moral do estado e da nação brasileira, ou seja, a estrutura de poder patrimonialista estamental constituída historicamente pelo estado português e que moldou (e molda) o curso do Brasil.
O patrimonialismo estamental:
É uma condição histórica constituída através de arranjos intimamente relacionados nos campos econômicos e sociopolíticos.
Se divide em dois campos: no primeiro campo, prevalece o capitalismo politicamente orientado, onde o Estado interfere mais do que deveria, tendo em vista os interesses particulares do grupo que o controla ("Capitalismo não brota espontaneamente na sociedade, mas vicia-se no estímulo e na tutela estatal: tire-se do capitalismo brasileiro o estado e pouco ou nada sobrará"). No segundo campo (sociopolítico), a sociedade e divide em classes e há a separação entre o estamento (que tem seus interesses atendidos pelo Estado) e o resto.
A sociedade de classes possui um potencial uniforme e universalista, enquanto uma uma sociedade estamental privilegia a desigualdade e a particularidade.
O cargo burocrático é um veículo para diferenciação social, não uma elite.
Não há circulação de baixo para cima.
O instrumento de poder do estamento é o controle patrimonialista do Estado O estamento são “os donos do poder”.
Segundo Weber, o estamento é pautado nos privilégios.
Para Faoro, a origem dos problemas do Brasil é a negligência do Estado ao não ouvir algumas parcelas da sociedade, e não a burguesia.
Patrimonialismo:
Assim como o feudalismo, é um tipo de dominação tradicional.
A dominação patrimonial é patriarcal e tem sua legitimidade fundamentada em uma autoridade tradicional, além de estar sujeita aos caprichos e subjetividade do dominador.
Quando o arbítrio predomina, o patrimonialismo aproxima-se do que weber classificou como de patrimonialismo patriarcal/puro.
Quando é a tradição, o patrimonialismo tende a transformar-se em patrimonialismo descentralizado (as relações entre o príncipe e o corpo administrativo são mais estáveis e igualitárias)
Qualquer patrimonialismo que não seja decentralizado é sinal de ineficiência do Estado.
O patrimonialismo brasileiro, segundo Faoro, é sufocante e tutelador.
Problemas como os fundamentos personalistas do poder, a falta de uma esfera pública contraposta à privada e a tendência intrínseca à corrupção do quadro administrativo corroboram em uma ineficiência governamental no patrimonialismo.
Para Faoro, o desvio moral do estado brasileiro é proveniente de uma estrutura patrimonialista.
Weber:
Toda dominação se manifesta e funciona na forma de governo.
Tipo de dominação: a racional-legal, a tradicional e a carismática.
Legitimação do uso da força pelo Estado.
A sociedade é separada em castas, classes e estamentos.
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