O Plano de Marketing
Por: barrnaia • 23/4/2022 • Trabalho acadêmico • 4.068 Palavras (17 Páginas) • 107 Visualizações
Universidade Federal do Piauí – UFPI[pic 1][pic 2]
Centro de Ciências Agrárias – CCA
Bacharelado em Medicina Veterinária
Departamento de Planejamento e Política Agrícola
Disciplina: Administração do Agronegócio
Prof. Dra. Karla Brito dos Santos
Plano de Marketing:
Abatedouro e frigorífico: Frio pescado
Alunos: Julian Moore Nunes
Laura Costa Araujo
Mariane Gabriela De Lima Vasconcelos
Matheus Alencar da Silveira Baldoíno da Fonsêca
Naiara Jessica Dos Anjos Barros
Setembro/2020
Teresina – PI
1. Sumário
A empresa Frio Pescado é um abatedouro frigorífico de pescado, que segundo o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) de 2017 é estabelecimento destinado ao abate de pescado, recepção, lavagem, manipulação, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição dos produtos oriundos do abate, podendo realizar recebimento, manipulação, industrialização, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição de produtos comestíveis e não comestíveis. A cidade de escolha para implantação foi Teresina, uma vez que está se mostrou favorável a produção de pescado, estando e 4o lugar na lista de maiores produtores brasileiros, com uma área ocupada de 200m2, 8 funcionários e processamento em média de 1200 kg de matéria prima por dia.
Fatores econômicos relacionados ao consumo de pescado se mostram positivos até durante a pandemia, juntamente com uma mudança gradativa na alimentação, com busca por produtos mais saudáveis principalmente pelas famílias jovens (com pais entre 25-45 anos). Outros possíveis clientes são os restaurantes que trabalham com pescados e instituições que oferecem alimentação aos seus filiados.
A instituição leva vantagem com relação a outras do ramo por sua maior acessibilidade ao pescado por meio de entrega delivery e em caminhão de pescado, além de uma localização privilegiada.
2. Análise de ambiente:
2.1. Fatores econômicos:
Pela metodologia do IBGE, a agropecuária corresponde a 5% do PIB, considerando apenas a produção das fazendas, e um total de 20%, levando em consideração a agroindústria (como frigoríficos) e o setor de serviços da atividade (como transporte de mercadorias), segundo cálculos do CNA. A projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é de que o PIB do setor registre crescimento de 1,5% em 2020. Para 2021, a expectativa é de que o agro cresça 3,2%. Com a recessão econômica o agronegócio foi a exceção, conseguindo desempenho positivo no 2º trimestre entre os grandes setores da economia. Com crescimento de 0,4% no período, o setor contribuiu para amenizar a intensidade de tombo da economia entre os meses de abril e junho. Isso demonstra que o tende a crescer, mesmo com a crise de recente, o agronegócio se mantém em alta.
No campo da piscicultura, com dados obtidos no Anuário Peixe BR de Piscicultura 2020, mostrou que em 6 anos a produção aumentou 31% e 4,9% no último ano, mostrando um crescente na área. A mesma edição da revista demonstra que o Piauí se tornou 4o maior produtor de pescado do Brasil, com uma produção de 19.890t.
2.2. Fatores socioculturais:
A pesca é uma atividade econômica, social e cultural de grande importância que vem ganhando cada vez mais destaque no mercado. Pesquisas mostram que a decisão de compra é influenciada por fatores culturais, sociais, psicológicos e pessoais que refletem a opção em adquirir ou não um determinado produto, bem como a escolha do local de compra.
Foi implementado culturalmente a imagem do consumo de peixe como um alimento mais saudável que os demais itens alimentares, assim colaborando para uma melhor saúde aos seus consumidores. Esse fator relacionado a saúde é um dos motivos mais importantes que intensificam a procura por pescados.
Além disso, fatores sociais como grupos de referência e família influenciam muito no comportamento de compra do indivíduo, principalmente em produtos alimentícios que o padrão de consumo se inicia no âmbito de sua família.
Outro ponto importante é o consumo de pescados relacionado a cultura religiosa, no qual durante alguns feriados nacionais, como Semana Santa, esse consumo aumenta exponencialmente.
Pesquisas mostram que o principal motivador para a compra de peixes foi o fator relacionado a saúde, sendo mencionado 43,1% das vezes, seguida da procura por alguma espécie em particular, que também se torna um fator cultural, variando de acordo com a população. Mesmo esse fator tendo uma alta importância, sua prevalência é maior entre as classes sociais mais altas, visto que entre as classes sociais mais baixas prevalece o fator relacionado ao preço do produto.
2.3. Fatores Políticos, legais e tecnológicos:
A indústria de pescados está extremamente atrelada a fatores legais, desde a extração da matéria prima até sua chegada ao consumidor. O extrativismo de pescado é delimitado em períodos pelo Artigo 34 da Lei federal número 9605 de fevereiro de 1998, que considera como crime ambiental a pesca em locais onde é proibida a ação durante certo período. Outra parte da legislação muito importante é o Código de pesca, instituído pela Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009, a qual dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, regula as atividades pesqueiras.
Outras etapas, como a recepção, abate, processamento, beneficiamento, conservação e distribuição estão atreladas a normativos regulamentos vindos órgãos reguladores, como MAPA e ANVISA. Um dos regulamentos base é o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), instituído pelo MAPA e aplicado a instituições por meio do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA).
A implementação tecnológica nesse setor é imprescindível, uma vez que o uso de maquinário e compostos químicos para o assepsia diminuem a contaminação por manipulação ou contato por superfícies, além de incrementar a produção e diminuir o custo com mão de obra.
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