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O TEMPLATE PARA EXECUÇÃO DO TRABALHO

Por:   •  23/8/2021  •  Artigo  •  1.447 Palavras (6 Páginas)  •  116 Visualizações

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TEMPLATE PARA EXECUÇÃO DO TRABALHO                               

        

        

        

Negociação de Venda de Parte da Sociedade de Empresa

Levando em consideração tudo o que foi visto durante as aulas de Negociação e Administração de Conflitos e lido o livro “As 5 Etapas da Negociação” do próprio professor das aulas Murillo Dias, escrevo uma negociação que participei e que somente hoje, depois das aulas consigo ver com mais clareza pontos de falhas e de acerto.

Tudo começou com a vontade de abrir um box de Crossfit na cidade que resido, Arujá, seria o primeiro box de Crossfit da cidade. Então junto com minha amiga e atleta, formamos uma sociedade. Começamos um estudo e planejamento para a abertura da empresa, nos empenhamos muito e em 1 mês e meio estávamos de portas abertas. Tivemos um investimento inicial de R$100.000,00 cada uma.

O negócio foi muito próspero e melhor do que imaginávamos e logo no segundo mês ele já estava se pagando e começamos a tirar nosso pró-labore que teve um aumento gradual conforme os meses passavam. Junto com o planejamento e abertura da empresa eu descobri que estava grávida, e foi uma gravidez de risco onde tive que ficar por alguns meses de repouso, juntando esses dois acontecimentos eu tive crise de ansiedade e passei por momentos de muito estresse. Enfim 6 meses após a abertura da empresa minha filha nasceu, porém o estresse continuou, pois eu não conseguia me dedicar para a empresa da forma que eu achava que deveria e nem para a minha filha, estava o tempo todo dividida e me sentindo culpada. Com o passar dos meses as coisas foram se encaixando e eu consegui organizar minha rotina entre trabalho e casa (família).

Um ano após, o negócio ia muito bem, e além do pró-labore, eu e minha sócia organizávamos eventos e campeonatos que sempre nos sobrava um dinheiro extra. Foi então que eu e meu marido começamos a falar na ideia de ter um segundo filho, mas tínhamos medo de passar pelo nervoso da primeira gestação com o agravante de já ter uma filha, e de já saber que eu teria que ficar de repouso novamente por conta de um problema fisiológico meu. Então decidimos que só teríamos o segundo filho caso eu vendesse a minha parte da sociedade. De imediato fui comunicar a minha sócia e oferecer a minha parte para ela, ela não se interessou, o tempo passou e eu continuei trabalhando normalmente, pois ao mesmo tempo em que queria vender para engravidar, eu também não estava desesperada ao ponto de sair “caçando” comprador, e não ofereci para mais ninguém, estava disposta a esperar por uma oportunidade.

Após alguns meses uma amiga que também era nossa aluna do Crossfit, veio conversar comigo que estava querendo mudar de trabalho, pois ela estava trabalhando numa grande empresa de metalurgia que é do pai e estava tendo muitos conflitos de família, e que ela queria ter algo dela, e me disse que pensou em abrir um box de Crossfit e queria conselhos e dicas, ela chegou até a falar que o pai dela iria ajudar ela financeiramente para ela ter o negócio dela e ser feliz. Foi aí que vi a minha oportunidade. Perguntei para ela se ela não queria comprar a minha parte da empresa ao invés de começar um negócio do zero. Ela ficou surpresa, disse que iria pensar e conversar com o pai e que faríamos contato depois. Não falamos em valores de imediato.

Passou uma semana e não nos falamos, procurei mostrar que não estava ansiosa e esperei ela me procurar. Então ela me mandou mensagem e marcamos uma reunião. Na reunião estávamos eu e meu marido de um lado e a compradora com o pai do outro lado de uma mesa, em um café. A conversa foi descontraída e informal, pois todos nós já nos conhecíamos. Eles quiseram saber o motivo de eu estar vendendo a minha parte, eu falei a verdade sobre o desejo de ter uma gravidez mais tranquila, e chegamos no assunto do valor. Eu e meu marido já tínhamos concordado que o mínimo seria R$200.000,00. Caso não chegássemos num acordo, eu simplesmente não venderia e continuaria trabalhando normalmente. Cheguei nesse valor mínimo pois levei em consideração que eu já tinha recuperado o valor do investimento, e que R$200.000,00 equivaleria à pouco mais de 2 anos de pró-labore, o que pra mim era suficiente para passar a gestação e parte da primeira infância do meu segundo filho sem trabalhar. Mas claro, gostaria de receber mais do que isso e achava que era possível. Então a ancoragem veio do nosso lado e falamos que queríamos R$400.000,00. Percebemos na hora que eles ficaram surpresos e o pai disse que eles pensaram em R$180.000,00. Nós de imediato falamos que era pouco e dissemos que podíamos mostrar as planilhas financeiras e nossa projeção de faturamento e despesas para os próximos 2 anos, deixando eles tranquilos que ela tinha muito a ganhar, principalmente porque ela daria mais atenção ao negócio do que eu estava dando. E complementei falando dos eventos que fazíamos, e que dava para tirar um dinheiro extra. Contei de um grande evento que iria acontecer nos meses seguintes e que já estava quase todo organizado, faltando apenas alguns detalhes para finalizar, e que esse evento seria muito importante para empresa, e caso ela comprasse a minha parte, ela daria continuidade na organização juntamente com a minha sócia e o dinheiro que sobrasse do evento, seria divido entre elas duas. Eles ficaram empolgados, gostaram do que viram, mas não fechamos o acordo ainda, eles ficaram de pensar e dar um retorno em breve, e assim fomos embora.

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