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Operações sobre Mercadorias

Por:   •  4/2/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.354 Palavras (22 Páginas)  •  382 Visualizações

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Introdução

Diversas situações do nosso cotidiano emprega-se o uso de conhecimentos matemáticos. A todo instante utiliza-se cálculos, contas de uma forma tão natural que nem se percebe a importância de tais conhecimentos. Porém é unanime a idéia de que a matemática é dificil, mas fundamental para a nossa vida.

Este trabalho tem como objetivo a realização de uma pesquisa teórica relacionada a temas da disciplina de Matemática Financeira envolvendo o universo das Operações sobre as mercadorias.

O estudo deste conteúdo é importante, uma vez que o técnico em administração estará sempre auxiliando seus gestores na tomada de decisões, fornecendo ferramentas baseadas em cálculos matemáticos financeiros, demostrativos e outros. .

Desenvolvimento

1.CORREÇÂO MONETÁRIA

1.1 MOEDA

Gonçalves (1984) cita que foi com o desenvolvimento da inteligência, que a espécie humana passou a sentir necessidade de mais conforto e a reparar no outro. A partir daí desenvolveu-se necessidades individuais e surgiu as trocas. Perdurou por muito tempo e foi por intermédio deste sistema de troca direta, que surgiram palavras como "salário", que era o pagamento feito através de certa quantidade de sal; "pecúnia", do latim "pecus", que significava rebanho (gado) ou "peculium", relativo ao gado miúdo (ovelha ou cabrito).

Segundo o mesmo autor, as primeiras moedas, como as que conhecemos atualmente, objeto representando valores, em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII A. C. As características que se desejava ressaltar eram transportadas para as peças através da pancada de um martelo, em primitivos cunhos, onde os signos monetários eram valorizados também pela nobreza dos metais empregados, como o ouro e a prata.

Com substituição do ouro e da prata por metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário das moedas, que a atualmente, apresentam figuras representativas da história, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades.

Com a necessidade de se guardar as moedas em segurança, surgiram os bancos. Os negociantes de ouro e prata, possuiam cofres e guardas a seu serviço e passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Recibos conhecidos como "goldsmith´s notes" que passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem mais seguros de portar do que o dinheiro vivo. Foi o surgimento das primeiras cédulas de "papel moeda", ou cédulas de banco, e ao mesmo tempo a guarda dos valores em espécie originou as instituições bancárias.

Gonçalves (1984) diz que os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram, respectivamente, na Suécia, em 1656; na Inglaterra, em 1694; na França, em 1700 e no Brasil, em 1808 e a palavra "bank" veio da italiana "banco", peça de madeira que os comerciantes de valores oriundos da Itália e estabelecidos em Londres usavam para operar seus negócios no mercado público londrino.

1.2 Inflação

Souza (1997) define a inflação como um processo generalizado e persistente do nível de preços. Nesse sentido, o termo “inflação” não se refere ao aumento do preço de um único bem, mas ao aumento do índice de preços, que é a média ponderada de todos os preços. Matias (1972) afirma que esse aumento de preços desenfreado surge, principalmente, quando é lançada no mercado mais moeda do que as unidades de bens e serviços disponíveis. O autor ainda explica que bens e serviços podem ser produzidos por todos, mas, dinheiro, só o governo pode produzir.

Segundo Bruni (1983), as flutuações de preços podem ter tanto causas estruturais quanto causas monetárias. As primeiras estão relacionadas às variações ocasionadas por oferta e procura de bens e serviços, mudanças nos gostos dos consumidores, alteração no nível de tecnologia e outras. Já as segundas estão relacionadas a alterações nos preços provocadas por variações na política monetária, como alterações no volume de meios de pagamentos, taxas de juros, reajustes salariais nominais. De acordo com o autor, essas flutuações de preços afetam significativamente o desempenho e a situação de entidades econômicas.

Para Rezende (2009), as pressões conjunturais e políticas também causam inflação. Ele afirma que a prova disso é que grandes economias, como Japão, Alemanha e Estados Unidos, também já tiveram suas economias afetadas. Nesse sentido, a inflação seria um fenômeno contínuo e inevitável. Famá (1980) explica que a inflação corrói o poder aquisitivo da moeda, distorce os ganhos apurados, descapitaliza empresas e muda os hábitos do mercado. Desta forma, o autor acrescenta que ela distorce a magnitude dos valores relativos e cria ilusões de ótica quando aos valores de lucros e patrimônio líquido. Em períodos inflacionários, a moeda perde suas características de homogeneidade, dificultando a percepção de valor real em oposição ao nominal das transações ocorridas nas empresas. (GONZÁLEZ, 1999).

1.3 Correção Monetária no Brasil

A Correção Monetária surgiu em meados dos anos sessenta do século passado como defesa durante um longo período inflacionário que se viveu conforme podemos visualizar na Lei n.º 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 3º, onde está afirmado que, a partir do exercício financeiro de 1965, os valores expressos em cruzeiros, segundo a legislação do imposto de renda, "serão atualizados anualmente em função de coeficientes de correção monetária estabelecida pelo Conselho Nacional de Economia, desde que os índices gerais de preços se elevem acima de 10% ao ano ou de 15% em um triênio".

De acordo com a lei n.º 4.380, de 21 de agosto de 1965, art. 5º, salienta o uso de correção monetária nas prestações e dívidas decorrentes de contratos de vendas ou construção de habitações ou de empréstimo para aquisição ou construção de habitações. Este reajuste será baseado no Índice Geral de Preços (IGPM), que deixará as parcelas no valor que reflita as variações do poder aquisitivo da moeda.

Na Lei n.º 4.862, de 29 de novembro de 1965, art. 1º, § 3º, determina que: A partir do exercício financeiro de 1967, os limites das classes de renda líquida de que trata este artigo serão atualizados, anualmente,

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