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Os Custos Indiretos

Por:   •  13/5/2016  •  Monografia  •  1.944 Palavras (8 Páginas)  •  307 Visualizações

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Sistema de Custos Para Micro e Pequena Empresa

Uso de Planilha Eletrônica com Macros

Cleber Gonçalves Junior

Aluno de Graduação

Escola Federal de Engenharia de Itajubá

Edson de Oliveira Pamplona

Prof. Dr. Escola Federal de Engenharia de Itajubá

ABSTRACT:

        This work shows us a way to have a cost system without spend too much money. Nowadays a lot of companies are using cost system and it has been a difference between survive or not in the new economy. We will introduce here how we can have a cost system that can satisfy our needs and help our decisions.

Gestão Econômica

  1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo é apresentar um sistema de custos para a pequena empresa,  esta geralmente não tem acesso aos grandes pacotes de programas nesta área disponíveis no mercado. Desenvolvido em planilha eletrônica, este sistema pode gerar bons resultados com um pequeno investimento.  

O desenvolvimento de um bom sistema de custos requer conhecimento por parte da equipe que o está desenvolvendo,  é necessário conhecer os processos pelos quais o produto passa, como separar cada processo,  como atribuir os custos indiretos de fabricação aos processos e em seguida aos produtos, e também como tratar os gastos da empresa, ou seja, classificar o que é e o que não é custo de fabricação. Com o auxílio de uma planilha eletrônica, é possível obter um sistema de custos que possa atender as necessidades de Micro e Pequenas Empresas que geralmente não possuem um sistema de custos confiável. Aqui, foi desenvolvido um sistema de custos para uma Empresa do ramo de montagem eletrônica, porém, os conceitos podem ser estendidos a qualquer tipo de Empresa, tanto de manufatura como de serviços.

  1. O SISTEMA DE CUSTOS

Esse sistema de custos foi desenvolvido para uma pequena Empresa do setor de montagem  eletrônica, partiu-se do zero, ou seja,  do reconhecimento do processo de montagem do início (recebimento de matéria-prima) ao final (expedição ao cliente). Com o auxílio de pessoas que já conheciam bem o processo foi possível realizar o primeiro passo para elaboração do sistema:

  1. A Departamentalização

Essa etapa consiste em realizar uma separação lógica dentro da empresa, alocar funções iguais no mesmo departamento, é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos. Pode-se classificar os departamentos em dois tipos principais, Departamentos de Produção que atuam diretamente sobre o produto, e Departamentos de Serviços que vivem basicamente para execução de serviços e não para atuação direta sobre o produto.

Para a Empresa em  questão foram criados os seguintes departamentos produtivos:

  • Pré-Forma
  • Montagem Convencional
  • Montagem SMD
  • Solda
  • Acabamento
  • Cablagem

E os departamentos de serviço abaixo:

  • Administração da Fábrica
  • Financeiro
  • Recursos Humanos
  • Almoxarifado
  • Manutenção

A divisão em departamentos  é importante para a elaboração do sistema, como veremos, os custos serão alocados a todos os departamentos, para enfim serem alocados aos produtos.

  1. Separação entre Custo e Despesa

Após departamentalizar, pode-se partir para a separação dos gastos da Empresa. Esta separação consiste em reconhecer o que é Custo (Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção)(Martins, 1999) e o que é Despesa (Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas)(Martins,1999). Na prática tem-se como custo: Salários de Fábrica, Matéria-Prima, Energia Elétrica (da fábrica), Manutenção (da fábrica), Depreciação de Máquinas da Produção, etc. Como despesa classificam-se: Salários da Administração, Telefone, Materiais de Consumo em Escritórios, Comissões de Vendedores, etc.

        Essa separação requer cuidado, já que o custo do produto irá receber somente as contas classificadas como custo, as despesas não compõem o custo do produto. Assim, um erro nessa etapa pode gerar erros na contabilização dos custos de produção.

        Não se deve esquecer de tratar como custo a Depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na Produção.

  1. Como Tratar a Mão de Obra

Esse ponto foi importante na elaboração do sistema de custos para a Empresa em questão, visto que esta atua no ramo de montagem eletrônica, a mão de obra representa a maior parte dos custos de produção. Primeiramente é importante frisar que há dois tipos especiais de mão de obra, aquela dita direta e outra indireta. A Mão de Obra Direta é aquela que pode ser medida diretamente, ou seja, é possível saber quanto tempo cada pessoa consome em cada produto. A Mão de Obra Indireta é aquela que não pode ser medida diretamente, ou seja, necessita-se de algum método de rateio para atribuí-la aos produtos, por exemplo, funcionários da área financeira, a recepcionista, supervisores de fábrica e todos os outros cargos que não agreguem valor diretamente ao produto. Dentro da Mão de Obra Indireta, classificam-se ainda aquelas que são Despesas e as que são Custos Indiretos de Fabricação, e devem ser rateadas aos produtos futuramente. As que são chamadas Despesas, são os salários da Administração Geral, por exemplo, o salário do pessoal de RH, do setor Financeiro, do setor de Contabilidade. Devem ser tratadas como Custos Indiretos, o salário dos Supervisores, dos Inspetores de Qualidade, do pessoal da Manutenção, do Almoxarifado, entre outros.

Os funcionários que forem classificados como Mão de Obra Direta  tem o seu custo alocado diretamente ao departamento produtivo em que trabalha, já a M.O. Indireta deve ser alocada ao seu departamento e posteriormente aos departamentos produtivos.

Outro detalhe importante diz respeito aos encargos sociais sobre a folha de pagamento. Esses encargos fazem parte do custo do produto. É comum uma Empresa pagar por exemplo o 13 º salário só em Dezembro, isso não significa que em Dezembro o seu produto deverá custar mais caro por esse encargo extra. Na verdade deve-se prever de quanto será o valor total de encargos que serão pagos pela Empresa, durante o ano, por funcionário, e em seguida dividir esse valor pelos 12 meses do ano. Mesmo que não aconteça a saída de dinheiro referente ao 13o salário de Janeiro a Novembro, esses meses devem receber uma parcela desse encargo. O mesmo deve ser feito para todos os outros encargos sociais.

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