PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E FABRICAÇÃO DE ESTEIRAS TRANSPORTADORAS: UM ESTUDO DE CASO DE UMA TORNEARIA DE ANTÔNIO PRADO/RS
Por: Gutomio • 27/8/2018 • Projeto de pesquisa • 5.167 Palavras (21 Páginas) • 322 Visualizações
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E FABRICAÇÃO DE ESTEIRAS TRANSPORTADORAS: UM ESTUDO DE CASO DE UMA TORNEARIA DE ANTÔNIO PRADO/RS
Everton Alves de Lemos
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo mostrar dois segmentos que a empresa estudada atua, relatando que a desorganização entre eles, no que diz respeito ao prazo de entrega dos produtos e serviços oferecidos ao cliente, pode ser um dos problemas que a organização enfrenta nos dias de hoje, considerando que o cliente é o bem mais precioso de uma empresa.
Tendo em vista a necessidade de melhorias, será relatado no trabalho referencias e conceitos sobre algumas áreas da administração com a intenção de despertar o desejo de mudança dos proprietários da empresa alfa para potencializar e alavancar seu negócio. Bem como para também aquela pessoa que tem o desejo de empreender, possa através desse artigo, começar do jeito certo, com informações extremamente importantes para ter sucesso no mundo dos negócios.
Palavras chaves: Cliente, Imagem, Empresa.
ABSTRACT
This article aims to show two segments that the company studied, reporting that the disorganization between them, regarding the deadline for delivering the products and services offered to the customer, can be one of the problems that the organization faces in the days of today, considering that the customer is the most precious asset of a company.
In view of the need for improvements, references and concepts will be reported in the work on some areas of management with the intention of awakening the desire to change alpha company owners to leverage and leverage their business. And also for that person who has the desire to undertake, can through this article, get the right way, with information extremely important to succeed in the business world.
Keywords: Customer, Image, Company.
INTRODUÇÃO
A empresa que está sendo estudada iniciou no mercado há cerca de 20 anos com propósito de prestar serviços de torno, fresa, solda, entre outros, para a população e empresas de Antônio Prado.
Com o passar dos anos surgiu à oportunidade de fabricar esteiras transportadoras a convite de uma empresa de terceiriza a mão de obra, vendendo o produto para todo Brasil.
Em virtude de uma de grande demanda de serviços e o mercado de esteiras em pleno vapor, começaram surgir alguns problemas internos na organização da empresa que acabaram dificultando a boa relação com os clientes de ambos os segmentos.
O reconhecimento da necessidade de melhorias na organização e execução das tarefas, no que diz respeito a imagem da organização e atendimento ao cliente fez com que fossem abordados prováveis problemas, e a partir dai, ampliar as informações para solucionar o que esta de negativo, pensando no relacionamento com o cliente.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
“A prestação de serviços é compreendida como a execução de um trabalho contratado por terceiros (empresa/comunidade), que pode ser estendida para consultorias e assessorias. Caracterizada por um processo de produção e uso simultâneo que pode não consistir necessariamente na posse de um bem.” (UGF, 2012).
Em Antônio Prado, o segmento de tornearia ocupa um espaço consideravelmente grande. Tendo em vista que atuam cerca de 6 empresas oferecendo o serviço.
A demanda para a empresa estudada vem praticamente de mecânicas leves e pesadas, manutenções de maquinas e equipamentos de empresas, conserto de equipamentos agrícolas.
“A prestação de serviços é uma corrente com diversos elos. Você sabe que a força de uma corrente é igual a força de seu elo mais fraco, e na corrente da prestação de serviços o elo mais fraco, sem dúvida, é o atendimento pessoal. E por que é o mais fraco? Principalmente porque falta a mentalidade do bem servir. Essa palavra, servir, ainda está ligada à idéia da escravidão. Quem serve é o escravo, o subalterno.” (Gaspareto, 2012).
- HISTORIA
O trabalho de Fisher, "The Clash of Progress and Security", de 1935, é um marco na classificação das atividades produtivas; divide a economia em três setores, primário, secundário e terciário. O setor primário é formado pela agricultura, o secundário pela indústria e o terciário pelas atividades que não se enquadram em nenhuma classificação anterior. Por um longo período na história do pensamento econômico os serviços não foram objeto principal na preocupação dos estudiosos da realidade social (VALOTTO, 2011). Anteriormente ao trabalho de Fisher, a teoria econômica nem reconhecia os serviços como atividade produtiva, propriamente dita:
Nos primórdios da literatura econômica (dos fisiocratas e clássicos), a definição das atividades econômicas se voltava para as evidências da criação e acumulação de riqueza por estas atividades em formas tangíveis apenas, e esta era visualizada como a única forma de transmissão de utilidade de um período a outro (KON,1999a, p.70).
A crescente participação dos serviços no PIB e no emprego das economias despertou maior interesse dos pesquisadores para este setor. Em 2010 o setor de serviços era responsável por 75% do PIB e dos empregos das economias desenvolvidas. Desde que a prestação de serviços passa a ser vista como atividade produtiva de riquezas, passa a ser cada vez mais importante (KON, 1992).
Diversos pesquisadores procuram explicar o crescimento dos serviços acima dos demais setores, como William Baumol, Manuel Castells e Pandit e Casetti. Baumol (1967) projeta tendência de terciarização das economia. Ele segrega o setor em atividades estagnantes e progressistas – a depender da capacidade de crescimento da produtividade. Para ele, a crescente importância dos serviços em termos de participação no PIB é uma questão nominal, consequência dos diferentes ganhos de produtividade que os setores estão sujeitos. Como os serviços em geral são estagnantes, têm menor crescimento da produtividade e são mais intensivos em trabalho, para acompanhar o crescimento dos salários da economia é preciso que seus preços nominais cresçam acima dos demais setores. Isso resultaria em um crescimento desbalanceado entre os setores produtivos. Para Castells (1999), o progresso tecnológico e o caminho a uma sociedade informacional, na qual o conhecimento passa a ser fundamental para a produção de 12 riqueza, leva ao surgimentos de novas atividades produtivas no setor prestador de serviços. Para Bell (1973), na sociedade pós industrial as atividades prestadoras de serviços são o motor desenvolvimento econômico, composto por atividades produtivas intensivas em conhecimento que exigem elevados níveis de qualificação e substituem, em importância, a produção de bens. Já Pandit e Casetti (1989), alertam que a incapacidade da indústria de empregar a mão de obra disponibilizada pelos setores pode resultar no inchaço do setor de serviços, com trabalhos de baixa produtividade em atividades tradicionais. Como observa Melo e outros (1998): “um setor serviços quantitativamente relevante, em determinadas economias, não está, necessariamente, associada a etapas avançadas de desenvolvimento”. Em economias em desenvolvimento, o setor serviços pode estar composto por serviços tradicionais, atividades com baixo nível de produtividade e mão de obra de pouca qualificação. Portanto, a relevância do setor em termos de geração de empregos não é automaticamente uma expressão de desenvolvimento econômico.
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