Profissões invisíveis
Por: Leandro Da Costa • 30/5/2016 • Resenha • 420 Palavras (2 Páginas) • 290 Visualizações
PROFISSÕES INVISÍVEIS
Alunos:
JOSÉ LEANDRO DA COSTA
SILLAS TYSON DE OLIVEIRA NOGUEIRA
ENTREVISTA:
Oswaldo de Oliveira Sabino
Profissão: Gari
- Qual exatamente sua função e a qual órgão vocês estão vinculados?
“Depende em qual setor você está lotado. Você pode trabalhar na coleta com o carro, ou limpar praças e avenidas que é o meu caso. Trabalho para Companhia de Serviços Urbanos (mais conhecida como Urbana).”
- Qual a sua rotina semanal de trabalho?
“Tenho que dar 36 horas semanais ao todo, de segunda a sábado, das 10 às 3 da manhã saio para a coleta.”
- Como você avalia as condições de trabalho que lhe são oferecidas?
“Rapaz, é sempre um problema você viver perto do lixo, mas infelizmente alguém tem que fazer, só acho ruim que muitas vezes não tem os equipamentos de proteção adequado, o que aumenta as chances de doenças.”
- O que você levou você a se tornar gari?
“Por necessidade, tenho que sustentar minha família, e surgiu a oportunidade e prestei concurso, nem sempre é possível escolher onde trabalhar, mas futuramente penso em passar em um concurso melhor.”
- Quais as dificuldades encontradas no trabalho em Natal?
“Falta de equipamentos novos, fardamento suficiente, falta banheiros químicos na rua, principalmente de madrugada tudo fechado, material de proteção, máscaras, luvas, arrisca a gente pegar doenças.”
- O que você gosta no trabalho? Quais pontos você acha positivos em trabalhar nessa profissão?
“Eu acho que o trabalho é muito importante, sinto satisfação, e mais ainda quando percebi a falta que faz nossos serviços e o quanto a cidade ficou suja quando houve paralização dos carros de coleta algum tempo atrás, me sinto útil ao pensar nisso, gosto também da tranquilidade e do silêncio ao trabalhar quando todos estão dormindo”.
- Para você o que seria qualidade de vida, e o que você acha que poderia melhorá-la?
“Ah, pra mim é você ter tempo e condições financeiras pra fazer o que você gosta, viver tranquilo, isso eu tenho nessa profissão, quando acordo tenho o dia livre pra resolver minhas coisas, infelizmente só o dinheiro que não é muito, o que poderia melhorar é eu ganhar um pouco mais do que ganho.”
- O que você pensa a respeito de muitas pessoas ignorarem sua presença e muitas vezes não cumprimentam?
“No início quando trabalhava de dia eu percebia isso, ficava envergonhado e tal, mas depois de um tempo a gente se acostuma, não liga pra isso, afinal de contas, estamos ali pra trabalhar não temos como dar atenção também. E de certa forma agora que trabalho de madrugada tanto faz, não tem muita gente na rua pra me ignorar. (risos)”
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