RESENHA SOBRE O ARTIGO SEGMENTAÇÃO DE MERCADO E O SABER-FAZER: UM ESTUDO DE CASO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR – NOVA IGUAÇU

RESENHA SOBRE O ARTIGO “SEGMENTAÇÃO DE MERCADO E O SABER-FAZER: UM ESTUDO DE CASO NA CONSTRUÇÃO CIVIL”

HILANA DO NASCIMENTO VIANA

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro

16 de Abril de 2018.

O estudo de caso apresentado consiste em analisar como o conhecimento adquirido através de experiências e o “saber-fazer” podem facilmente confundir a empresa quanto a sua segmentação. O autor cita empresas de “construção pesadas” (pontes, ferrovias, estradas, metrôs, etc.) que, com o intuito de ampliar suas áreas de atuação, se viram obrigadas a se reestruturarem internamente para abrir suas opções de mercado, visando se expandir também internacionalmente e buscando maior eficiência, acabaram por entrar na área de empreiteiras e construções civis.

Agarrando-se no pressuposto que o "saber-fazer" já adquirido através de experiências de construções pesadas seria totalmente eficaz para outros tipos de construções, fez com que esta grande construtora ao entrar no segmento de construção civil tivesse grandes problemas. Podemos salientar, como um desses problemas, a decisão da construtora em manter os engenheiros de construção pesada como responsáveis por montar o orçamento de sua nova obra, o que resultou em diversas falhas pequenas e grandes, havendo um grande custo (maior que o planejado no orçamento) quanto à reconstrução (citando o artigo: “Dois anos e meio após o início, já haviam sido gastos US$10 milhões em contenções, quando inicialmente não se previa gasto algum.”); Outro ponto que também pode ser citado é o prazo de entrega da construção predial, no qual eles estipularam que, inicialmente, eram de 18 meses.

Porém, tais esses contratempos não acarretaram problemas somente com o custo, houve também o desfoque de atenção pelas subempreiteiras para com a obra causadas pelas preocupações com o custo, embaçando a visão quanto ao planejar, gerenciar e melhorar a qualidade dos serviços executados. Além disso, o estresse e a tensão causada nas pessoas das obras durante os processos de “ajustes” mostram a inexperiência dessa construtora nessa área.

Segundo a leitura do artigo, podemos entender que a falta de conhecimentos específicos pela construtora em relação às construções civis foi o principal fator dos problemas enfrentados na obra, e isso é aplicável a qualquer empresa, mostrando que o estudo e conhecimento específico da área o qual a empresa irá e quer segmentar é vitalício para estas que desejam diversificar seus serviços e/ou produtos e manter-se ativas sem que haja grandes problemas futuros.

Entendemos também que o conhecimento tácito é adquirido pelas experiências práticas das pessoas, o que lhes desenvolvem o “saber-fazer” de um setor específico, e mesmo que outras pessoas consigam obter certo conhecimento por essa área, a experiência adquirida através da vivência é essencial para o entendimento de detalhes de seu setor. Por fim, vemos que, mesmo que em uma área haja varias vertentes e suas semelhanças, não pode haver a miopia de que o conhecimento de uma delas irá abranger à todas, cada uma necessita de conhecimentos técnicos e específicos, e talvez o saber-fazer de outra área não seja essencial e o correto a ser seguido, apenas um diferencial.