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RESUMO CRÍTICO DO LIVRO SENSO CRÍTICO DO DIA A DIA AS CIÊNCIAS HUMANAS DAVID W CARRAHER

Por:   •  26/4/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  7.291 Palavras (30 Páginas)  •  1.098 Visualizações

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Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais

Aline Moreira de Assis (365613)

Resumo crítico do Livro Senso Crítico do dia a dia as ciências Humanas

David W Carraher

Belo Horizonte/MG

2016

Aline Moreira de Assis (365613)

Resumo crítico do Livro Senso Crítico do dia a dia as ciências Humanas

David W Carraher

Pesquisa avaliativa apresentada à disciplina de Introdução a Contabilidade, do curso de Administração da Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais para obtenção de notas A3.

Tutor (A):  Zípora Barboza.

Belo Horizonte/MG

2016

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1.............................................................................4
CAPÍTULO 1 - ARGUMENTANDO NA VIDA DIÁRIA E NAS CIÊNCIAS...... HUMANAS.2
CAPÍTULO 2 - O PAU DE CHUVA E OUTRAS FALÁCIAS ................5
CAPÍTULO 3 - PENSANDO LOGICAMENTE ......................................9
CAPÍTULO 4 - LENDO NAS ENTRELINHAS .....................................13
CAPÍTULO 5 - USANDO E ABUSANDO DOS CONCEITOS .............15
CAPÍTULO 6 - ANALISANDO CRITICAMENTE .................................18
CAPÍTULO 7 - PESQUISANDO CRITICAMENTE .............................24
CONCLUSÃO.....................................................................................25


1 Introdução

         Em seu livro Senso Crítico do Dia a Dia às Ciências Humanas,  Carraher leva o leitor a aprimorar seu senso crítico, colocando-o frente às diversas situações do cotidiano e suas formas de entendimento. Ele  estimula além da pesquisa, a atenção ao pensamento próprio de forma crítica, análises mais elaboradas e criteriosas para questões freqüentes.
É comum que os argumentos apresentados sejam facilmente aceitos sem questionamentos, ou sem aprofundamento o que pode gerar conclusões precipitadas.
           O livro Senso Crítico trás claramente como análises mais elaboradas, seja para qual for o assunto, auxiliam na forma de pensar, tornando-a mais crítica e lógica. O autor utiliza-se de exemplos casuais e oferece instruções e sugestões para praticar o raciocínio e argumentação.

CAPÍTULO 1

ARGUMENTANDO NA VIDA DIÁRIA E NAS CIÊNCIAS HUMANAS
O simples fato de expressar um ponto de vista ou defender uma ideia não implica no esclarecimento ou conclusão de um assunto. Muitas vezes, respondemos a perguntas sem esclarecê-las. Na vida cotidiana é comum nos expressarmos informalmente, sem esclarecer ou defender nossas reais opiniões.

1 - Argumentação
Apresentar e defender idéias é argumentar. O argumento é formado por uma premissa ou evidência que levará a uma conclusão. As conclusões são as justificativas dos dados colhidos e suas evidências.

2 - A pragmática da comunicação
O senso comum, as estatísticas e as pesquisas são meios de apresentar às pessoas a validade de um argumento. Essas atividades que comprovam as idéias são chamadas de pragmáticos.
A pragmática trata dos significados da linguagem no contexto social no intuito de promover interesses e desempenhar funções. Estes significados, contudo, não podem ser interpretados de forma literal.

3 - A argumentação psicológica: 
Quando o argumento toma forma de “apelo” ao ouvinte, é chamado de argumentação psicológica, e esta possui duas características básicas: Comprometimento forte e emocionalidade.  A finalidade da argumentação psicológica é a de levar o ouvinte a concordar com o argumento do proponente, sem que a idéia deste proponente seja necessariamente fundamentada. Neste caso, nem sempre o argumento é verdadeiro, nem visa à interpretação racional do ouvinte, pelo contrário, remete a uma urgência de concordância ou resposta do ouvinte. 

4 - Criação e defesa de idéias
          Consiste em apresentar ao ouvinte um ou mais argumentos relacionados entre si, que validem a idéia ou proposta ao ouvinte, de forma a persuadi-lo. Para persuadir o outro é necessários argumentos e temas aos quais o ouvinte é sensível, fato pelo qual os cientistas sociais terão de aprender a ser persuasivos, aceitando que a função de defender e propor novas idéias também cabe ao cientista social. Porém, a natureza humana é tal, que as pessoas aceitam idéias e planos de ação por razões emocionais e pessoais, por questões de valores conveniência ou preferência, muito mais do que por razões puramente racionais.

5 - Diferenças entre leigos e cientistas

     Entendemos que se os cientistas são falíveis, podem cometer erros, o “cientista social” é um tipo idealizado, não encontrado facilmente.
Assim, o conhecimento das ciências humanas precisa ser bem fundamentado, ou o dito “especialista”, pode não ter credibilidade quando apresenta um argumento. Isto quer dizer que um cientista pode ter muita informação sobre determinado assunto, mas estas informações por si só, não são conclusivas sobre o assunto num sentido mais amplo.
Desta forma, temos que, a característica mais importante do cientista bem preparado é o senso crítico, que o leva a questionar sobre aquilo em que acredita comumente, e ainda a refletir e explorar as evidências alternativas sem se contentar com seu estado atual de conhecimento.
Já o leigo, tende a não saber distinguir, ou mesmo não tem interesse em fazê-lo e aceita evidências ambíguas e não fundamentadas sem questioná-las, procurando responder a uma premissa ou assunto de forma imediatista. O cientista tem papel de criador e defensor do conhecimento buscando e explorando um assunto através das evidências.

6 - As duas mentes:
        O cientista de formação mais rigorosa pode ter receio em ampliar ou considerar problemas muito complexos para não correr o risco de cometer erros. Este pesquisador terá preferência por assuntos mais restritos. Outro tipo de pesquisador pode ter uma atitude mais ousada e impulsiva, contudo, isto pode o levá-lo a perder sua credibilidade, caso amplie muito sua pesquisa sem o devido conhecimento. 
         Os grandes pensadores nas ciências humanas são notáveis, em parte porque oferecem análises abrangentes de diversas áreas de conhecimento. O pensador crítico deve ter equilíbrio entre estes dois pensamentos: ao mesmo tempo em que deve ter clareza e coragem, pensando de forma ampla, precisa de rigor na comunicação e desenvolvimento de suas idéias, e ter a capacidade de refletir, observar e controlar o impulso de aceitar sua primeira avaliação, antes de expô-la.

Visão pessoal  sobre o capítulo 1
       Este capítulo  apresenta uma visão geral sobre pensamento crítico e algumas de suas características principais.  O autor inicialmente nos depara com o que é o argumento, que trata de propor uma idéia, e esta idéia após bem desenvolvida, poderá nos levar a uma conclusão mais precisa. 
Além de sua importância na apresentação de idéias, o argumento passa a representar o fator persuasivo. Com a proposta de diferenciação entre as duas mentes, vemos como é importante a pesquisa e o equilíbrio de idéias antes de expô-las, assim elas terão maior consistência e futuramente mais credibilidade. 
        A ciência tem transformado nosso mundo moderno de maneira profunda. Em contato com o conhecimento científico passamos a medir, cronometrar, argumentar e construir o pensamento lógico.

CAPÍTULO 2
O PAU DE CHUVA E OUTRAS FALÁCIAS
       Alguns recursos utilizados como forma de influenciar outras pessoas socialmente, são chamados de falácias. Estes recursos são utilizados para convencer e influenciar o outro e aceitar este argumento como verdadeiro. As falácias possuem formas variadas, podendo ser um apelo, uma sugestão, ou uma tentativa de persuasão com argumento falso; são utilizadas para que o ouvinte não pense de forma crítica, pois o argumento vem de uma forma mascarada e sugestiva.
             As falácias de ambigüidade geram mal entendidos e ocorrem quando são empregados significados múltiplos, inconsistentes e através da utilização de termos vagos.  Já as falácias de relevância ocorrem quando o proponente apresenta evidências não apropriadas para avaliar conclusões; e muitas delas são do tipo em que a conclusão não corresponde à premissa. Muitas vezes as falácias são como “truques de argumentação”, que impedem a clareza da análise, obscurecendo questões relevantes.
        Geralmente as falácias diferem em níveis de linguagem: idéias irrelevantes tendem a serem termos concretos, centradas em interesses pessoais, emoções e preconceitos; a as omissões de idéias relevantes normalmente são disfarçadas no meio da linguagem e é etérea, vaga e não especifica. Em outras palavras, o locutor tende a usar termos gerais quando deve ser especifico; e utiliza termos específicos quando tenta desviar a atenção das idéias relevantes.

1 - Tendenciosidade:
Quanto uma pessoa aceita convicto que uma idéia está correta, dificilmente vai questionar com o mesmo vigor que alguém que não concorda com tal idéia, questionaria. Na medida em que esta pessoa se recusa a questionar as idéias, está demonstrando tendenciosidade e pouco uso do senso crítico. Outra forma de tendência é a predisposição, que pode ocorrer quando a partir de uma sugestão, um assunto ou premissa passa a ser entendido de diferentes maneiras por grupos ou indivíduos distintos. 
      Outros procedimentos utilizados por leigos de modo a forçar certas opiniões são: as falácias de petição do princípio que ocorrem quando o proponente tenta convencer o ouvinte de sua premissa apresentando conclusões a partir da premissa; e falácias da pergunta complexa, segundo a qual duas ou mais questões são inseridas simultaneamente, num contexto que a tornam dúbia e a resposta pode também ser interpretada de forma ambígua ou errônea. A falácia da pergunta complexa consiste em apresentar duas ou mais questões simultaneamente como se fossem uma única questão. Para se livrar deste dilema, deve-se separar as questões explicitamente, expondo assim o aspecto enganador da questão.

2 - A Sugestão
A forma de apresentação de uma idéia é muito importante para sua aceitação ou rejeição e pode ser expressa de modo favorável ou desfavorável, dependendo de modificação na forma da apresentação. Isto pode levar o ouvinte a certa conclusão, ou ponto de vista por meio de um conhecimento que, de um modo geral, está alem do senso comum.
3 - Sugestão e socialização
A semelhança de opiniões entre membros da mesma cultura evidencia a sugestão da socialização. A sugestionabilidade de uma pessoa durante sua socialização desempenha uma função importante de sua identidade como membro de um grupo como família, amigos, igreja, classe social, etc.  É importante notar até que ponto uma pessoa deixa de desenvolver suas próprias opiniões para se enquadrar ao grupo, o que pode constituir um dilema existencial. 
Quando um grupo possui fortes laços afetivos entre seus membros, estes tendem a influenciar os demais com mais intensidade e freqüência que outros com menos laços afetivos.

4 - Conscientização e Influência Social
A influência social mais forte ocorre quando o indivíduo não tem a menor noção de sua existência. 
   Embora todos sejam influenciados em grande escala pelas forças que nos socializam, certas pessoas demonstram maior grau de liberdade que outras. 
Assim, cabe ao indivíduo decidir em quais situações deve manter o senso crítico aprimorado.

5 - Falácias Lógicas:
As falácias podem ter várias formas e são utilizadas como recursos retóricos. As Falácias do Apelo Popular surgem como forma de chavões para transmitir uma idéia a outras pessoas com menos resistência. Este truque funciona para estimular a receptividade e boa vontade do outro e como forma de persuasão.  Apelo à ignorância. O apelo à ignorância é uma falácia em forma de recusa do sujeito a acreditar na possibilidade de um fenômeno devido à falta de comprovação anterior. A não comprovação de algo anteriormente é aceito como prova conclusiva.

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