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Resumo 12 Do Livro Fundamentos De Economia

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Por:   •  3/6/2013  •  1.776 Palavras (8 Páginas)  •  2.808 Visualizações

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Resumo do Capítulo 12 – O Setor Externo

12.1 Introdução

Costuma-se se dividir as questões teóricas da Economia Internacional em dois grandes blocos: os aspectos microeconômicos, que procura justificar os benefícios para cada país advindos desse comércio; e os aspectos macroeconômicos, relativos à taxa de câmbio e ao balanço de pagamentos.

12.2 Fundamentos do comércio internacional: a teoria das vantagens comparativas

O que leva os países a comercializar entre si? Essa é a questão básica a ser respondida, onde muitas explicações podem ser levantadas. Os economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o comércio internacional com o chamado princípio das vantagens comparativas.

Esse princípio sugere que cada país deva se especializar na produção da mercadoria em que é relativamente mais eficiente. Essa será, a mercadoria a ser exportada. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar bens cuja produção implicar custo relativamente maior. Desse modo, explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes, a partir da qual concretiza-se o processo de troca entre eles.

A teoria das vantagens comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817.

A teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação para os movimentos de mercadorias no comércio internacional, a partir da oferta ou dos custos de produção existentes, logo, os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo custo for comparativamente menor em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos demais países exportadores.

Uma limitação da teoria das vantagens comparativas é que é relativamente estática, não levando em consideração a evolução das estruturas da oferta e da demanda, bem como das relações de preços entre produtos negociados no mercado internacional, à medida que as economias se desenvolvem e seu nível de renda cresce.

12.3 Determinação da taxa de câmbio

12.3.1 Conceito

A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.

A determinação da taxa de câmbio pode ocorrer de dois modos: taxas fixas de câmbio e taxas flutuantes.

A demanda de divisas é constituída pelos importadores, que precisam delas para pagar suas compras no exterior e também pela saída de capitais financeiros, pagamentos de juros, remessas de lucros, saída de turista. E a oferta de divisas, que é realizada tanto pelos exportadores, que recebem moeda estrangeira em contrapartida a suas vendas, como pela entrada de capitais financeiros internacionais, turistas.

A desvalorização cambial indica que houve um aumento na taxa de câmbio (maior número de reais por uma unidade de moeda estrangeira). Um exemplo de desvalorização é o real ser desvalorizado e o dólar valorizado. Já a valorização cambial significa moeda nacional mais forte, isto é, pagam-se menos reais por dólar, por exemplo, e tem-se, em consequência, uma queda na taxa de cambio. Um exemplo é a moeda nacional valorizada e o dólar desvalorizado.

A taxa de câmbio esta intimamente relacionada com os preços dos produtos exportados e importados e, consequentemente, com o resultado da balança comercial do país. Se a taxa de câmbio se encontrar em patamares elevados, estimulará as exportações, pois os exportadores passarão a receber mais reais pela mesma quantidade de divisas derivadas da exportação, em consequência, haverá maior oferta de divisas.

Do lado das importações, a situação se inverte, pois se os preços dos produtos importados s elevam, em moeda nacional, haverá um desestímulo às importações, e consequentemente, uma queda na demanda por divisas.

Uma taxa de câmbio sobrevalorizada ocorre um desestímulo às exportações e estímulo às importações.

12.3.2 Taxa de câmbio e inflação

Valorização cambial e valorização

Como uma valorização cambial, a moeda nacional fica mais forte relativamente às moedas estrangeiras. Os brasileiros passam a importar mais, e aumenta a competição do produto importado com os produtos nacionais. Os empresários brasileiros são desestimulados a elevar o preço de seus produtos e obrigados a manter os preços em níveis competitivos, ou seja, a valorização cambial permite “ancorar” os preços internos e reduzir a taxa de inflação.

Contudo, a política de valorização cambial pode apresentar algumas desvantagens. Os setores nacionais que estiverem despreparados para a competição externa podem sofrer grande queda em suas vendas, como o consequente aumento do desemprego nesses setores. Os exportadores também são prejudicados, porque a moeda nacional valoriza, nossos produtos ficam relativamente mais caros para o comprador estrangeiro. Com as importações tendendo a crescer mais que as exportações, pode ocorrer um déficit na balança comercial, com a consequente saída de divisas do país.

Desvalorização cambial e inflação

Já a desvalorização tem o efeito contrário. Os produtos importados ficam mais caros, falando-se em reais, onde consequentemente as importações irão diminuir, porém os produtos essenciais como petróleo e trigo, que o Brasil importa, terão preços aumentados, onde esse custo será passado para o produto final, gerando a inflação, chamada inflação de custos.

Efeito da elevação da Inflação Interna sobre a Taxa de Câmbio

Os preços dos produtos nacionais aumentam em relação aos produtos externos, onde piora o saldo comercial do país com o resto do mundo. Para melhorar o saldo, o país estimula a exportação e desestimula a importação, desvalorizando o câmbio nominal. Mesmo com isto, os produtos essenciais como o petróleo, vão vai ter sua importação alterada, apenas o seu valor, que é repassado no custo do produto final e com isso gera uma inflação de custos.

Valorização Real e Valorização Nominal de Câmbio

A valorização real é igual à valorização nominal, menos a taxa de inflação do período. Assim, se a taxa de câmbio variar 20% no mês, mas a inflação alcançar também 20%, teremos apenas uma desvalorização nominal (de 20%), mas não desvalorização real. Só ocorrerá desvalorização real se a desvalorização

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