Resenha Consultoria Para Pequenas e Medias Empresas

RESENHA CRÍTICA

Donadone, Júlio César; Zenorini, Frederico e RALIO, Vanise Rafaela Zivieri Consultoria para pequenas e médias empresas: as formas de atuação e configuração no espaço de consultoria brasileiro. Gest. Prod., São Carlos, v. 19, n. 1, p. 151-171, 2012

Júlio Cesar Danone Atualmente é professor Titular da Universidade Federal de São Carlos- UFSCar e coordenador do Núcleo de Sociologia Econômica e das Finanças _NESEFI.

Frederico Zenorini possui graduação em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (2003), Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (2007) e Licenciatura em Física pela Universidade Católica de Brasília (2007). Tem experiência e vivência em Educação como professor de Física.

Vanise Rafaela Zevieri Ralio – Atua principalmente nos seguintes temas: indústria de consultoria e conceitos gerenciais, micro e pequena empresa, inovação. Graduada em Administração com doutorado em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar 2015), atua na área acadêmica desde 2008, com experiência em ensino, pesquisa e extensão.

PALAVRAS CHAVE: Pequenas e médias empresas; SEBRAE; Consultoria

RESUMO

O texto aborda o crescimento do espaço de consultoria no âmbito do mercado de empresas de médio e pequeno porte, utilizando-se para isso o exemplo do SEBRAE-SP, bem como sua inter-relação com o aparecimento das Cooperativas de Consultores.

Com esse objetivo, a pesquisa busca se estruturar em dois eixos. O primeiro trata da descrição e análise da atuação do SEBRAE-SP e o segundo de que forma a primeira variável afeta no seguimento das Cooperativas de Consultores.

O autor faz referência ao surgimento inicial das empresas de consultoria, no final do século XIX e início do século XX, inicialmente no Reino Unido e Estados Unidos, apontando as principais empresas do ramo à época.

Afirma que em uma primeira fase do ramo das consultorias, está relacionada ao aumento do tamanho da complexidade das organizações industriais, o que proporcionou novas formas de atuação aos profissionais como advogados, engenheiros e contadores, profissões que estavam em expansão à época.

Ressalta que a partir dos anos 1980 o mercado começa a passar por grandes transformações organizacionais. Altera-se a forma de atuação dos profissionais e os relacionamentos com seus clientes, sendo o principal fator a divulgação e venda de pacotes gerenciais.

Com a conquista de empresas japonesas dos mercados norte-americano de automóveis, as práticas gerenciais dessas empresas se tornaram referência para o mercado, de forma que o mercado de consultoria ganha novas dimensões.

Nos anos 1990 surgiram grande expansão de receita no meio de consultoria, com empresas com faturamento de 1,6 bilhões de dólares, porém o mercado nem sempre possuía impacto positivo, com a existência de gurus de consultoria ou questionamento quanto à legalidade das operações de tais empresas.

A década de 2000 é voltada para escândalos que abalam o mercado de consultoria, com situações como a formação do grupo chamado big four que impacta causando uma certa monopolização do mercado, dificultando até mesmo realização de estudos e pesquisas na área.

Quanto ao mercado Brasileiro, representa um importante polo de das empresas de consultoria multinacionais, que se dividem em empresas Accounting Firms e outro de consultorias artesanais.

Outro aspecto diz respeito às consultorias brasileiras, ou seja, de capital nacional. Tal mercado é extremamente fragmentado, devida a existência de milhares de pequenas empresas, bem como profissionais autônomos que possuem experiência e decidem prestar serviços de forma individual.