“Santa Casa de SP recua e suspende demissões”

“Santa Casa de SP recua e suspende demissões”

(Debate)

De acordo com o artigo “Santa Casa de SP recua e suspende demissões” (Exame.com), publicado em janeiro deste ano, afirma que seria feito o corte de 20% de funcionários da mesma, isto é, Irineu Massaia confirmou a demissão de 1.100 de seus trabalhadores, buscando como alternativa sair da grave situação financeira que coloca em risco a manutenção do atendimento prestado. A medida representaria uma significativa economia para o orçamento da Santa Casa, porém a decisão não foi concluída e a Mesa administrativa da Santa casa decidiu suspender o plano de demissões e realizar um novo estudo de readequação do quadro de funcionários. Tal planejamento poderia impactar grandemente na sua imagem pública, colaboradores, gestão, e organização em si.

Normalmente são ordens da Gerência ou Diretoria que num momento de descontrole emocional acabam se excedendo em suas atitudes e tomam decisões impactantes que deveriam ser pensadas minuciosamente, ainda mais se tratando da Santa Casa, o maior hospital filantrópico da América Latina. Observando que por falhas na administração e irregularidades, a medida poderia gerar vários reflexos e impactos sociais não se importando com os valores dos colaboradores no processo demissional. Para uma demissão em massa como essa seria preciso primeiramente a valorização e reconhecimento dos profissionais, visando o incentivo ao comportamento ético e transparente diante das demissões, minimizando o desgaste das demissões e desmotivação dos funcionários, passando por um momento critico de forma responsável, oferecendo um atendimento social visando os valores, transparência e clareza com o colaborador, acompanhando e dando suporte na sua recolocação.

Diante disto, é preciso adotar a melhor política de afastamento dos funcionários, refletindo também na possível situação, de que, se durante anos o empregado sempre foi considerado um bom colaborador que contribuiu para atingir as metas da empresa, não é da noite para o dia que deverá ser condenado de modo impensado. A transparência é fundamental nesse processo e as empresas devem não só comunicar a demissão, mas explicar os motivos que a levaram a fazer o corte. A falta destas informações pode levar as suposições e boatos que afetam o ambiente de trabalho.

Muitas empresas não possuem uma política clara de desligamento, o que pode desencadear sérios danos a empresa, pois o funcionário demitido sente-se desrespeitado, desmotivado e pode envolver a mesma em ações trabalhistas, além de que o clima da organização pode ser comprometido. Agir de forma responsável com o colaborador interno significa mais do que respeitar os direitos garantidos pela legislação.

Com a ocorrência da má gestão, a crise que desencadeou na Santa Casa poderia também gerar reflexos na microeconomia sendo específica em setores e departamentos ou na macroeconomia, abrangendo como um todo, ou seja, interferir em como a empresa, o colaborador e o consumidor se interagem em relação ao serviço oferecido interferindo entre o campo da saúde e da economia.

A forma como as pessoas são desligadas da organização trazem insegurança para quem permanece na empresa e essa situação gera mal estar entre funcionários e conseqüentemente uma queda de produtividade,