SANTA CASA DE SÃO PAULO RECUA E SUSPENDE DEMISSÕES
Por: Diego Cavalcanti • 1/12/2016 • Trabalho acadêmico • 1.275 Palavras (6 Páginas) • 501 Visualizações
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
Com o título de SANTA CASA DE SP RECUA E SUSPENDEM DEMISSÕES, o trabalho apresentado traz informações sobre como a má administração dos vários recursos de uma empresa pode levar a uma crise dentro da instituição e implicar na necessidade de demissão de pessoas.
Também será abordado o funcionamento do hospital, a sua fundação a cerca de quatro décadas e sua influência dentro da região econômica em que está inserida.
Observaremos o que levou a Mesa Administrativa a decidir pela suspensão do plano de demissões e realizar um novo estudo de readequação do quadro de funcionários, como também, quais a outras alternativas que foram criadas para retirar a empresa da situação de crise e conseguir reequilibrar as contas da instituição.
Por último poderemos observar algumas sugestões de sistemas de informações em que diminuiria o impacto da crise no hospital mostrando como alternativa de redução de custo, não a demissão de pessoas, mas a redução de materiais utilizado dentro do hospital.
2 DESENVOLVIMENTO
A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi fundada há mais de quatro séculos, não há registro da data exata de sua fundação, mas estima-se que tenha sido criada por volta de 1560. A irmandade é uma instituição filantrópica e privada que recebe ajuda do governo pois se trata de um dos mais importantes centros de referência hospitalar do Estado de São Paulo.
A Irmandade da Santa Casa mantém diretamente ou através de Organização Social de Saúde trezes unidades hospitalares, duas policlínicas e uma unidade de pronto atendimento (UPA) em Guarulhos, três prontos-socorros municipais e 11 unidades básicas de saúde. A estimativa é que sejam atendidas cerca de 8 mil pacientes diariamente em todas as especialidades médicas.
Além disso, o hospital é uma das primeiras instituições de saúde a trabalhar com a redução e reciclagem de materiais hospitalares. Foi contemplada pela Câmera Municipal de São Paulo com o selo “Empresa Cidadã” pelo incentivo em expandir a responsabilidade socioambiental, na qualidade das ações e programas apresentados no Balanço Social.
Atualmente a Santa Casa está mergulhada numa dívida de R$ 773 milhões. Em julho de 2014, o hospital não tinha mais dinheiro para pagar parte dos seus funcionários e nem comprar remédios e materiais para prosseguir com os atendimentos. O pronto-socorro chegou a ficar mais de um dia fechado. Os pacientes foram os que mais sentiram os efeitos da crise financeira da Santa Casa, que chegou a interromper o atendimento dos setores de urgências e emergências durante um determinado período.
A decisão de realizar as demissões ocorreu inicialmente por motivo das dívidas que a entidade acumulou, e visando minimizar a caótica situação financeira optou por reduzir o quadro de funcionários, sem ao menos realizar uma avaliação sobre o impacto que tal fato causaria em sua estrutura empresarial e na economia regional.
Um estudo da folha de pagamento do hospital, foi realizado por uma auditoria contratada pelo governo do estado de São Paulo, mostra que mais de 90% dos funcionários do hospital estão na faixa salarial mais baixa, de até R$ 5 mil (cinco mil reais). O responsável por esse quadro, segundo a auditoria, seria os benefícios pagos aos funcionários antigos, uma grande parte possui décadas como empregados da instituição, o que faz com que a folha salarial fique sobrecarregada e com altos valores.
Dispensar grande quantidade de gente também traria custos elevados para a instituição. Pelos cálculos da auditoria, só para demitir os 225 funcionários já aposentados, mas que continuam exercendo suas funções na instituição, seria necessário gastar em torno de R$ 23 milhões (vinte e três milhões de reais). Esse custo elevado foi também umas das causas para que a mesa administrativa repensasse no assunto e suspendesse as demissões.
Nos últimos cinco anos, o hospital aumentou o quadro de funcionários em 22% e, mesmo assim, os empregados têm trabalhado cada vez mais. A despesa com hora extra aumentou absurdamente em 349%, segundo o relatório da auditoria externa.
A casa de Misericórdia não foge do conceito de má administração. Outro fato não exposto foram os calotes éticos e morais, não só dos funcionários, mas como da própria Santa Casa, o problema da situação financeira não ocorreu do dia para a noite, uma das bases para o entendimento seria os resultados dos estudos feitos pela auditoria que apurou uma média excessivamente superior de funcionários por leito.
Mesmo com a decisão de suspender parcialmente as demissões dos funcionários da Santa Casa, alguns empregados do hospital, com mais de 30 anos na função, optaram pelo afastamento da empresa, através das demissões voluntarias, motivados pela dramática condições de trabalho.
Caso não houvesse o cancelamento da demissão dos funcionários, certamente ocorreria um desequilíbrio
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