Sistemas de Controle Gerencial: Estudo de Caso Comparativo em Empresas Inovadoras no Brasil

DADOS SOBRE A OBRA

A pesquisa que baseou a construção do artigo resenhado, utilizou o método qualitativo como estratégia para obtenção das respostas necessárias para a conclusão do estudo. A pesquisa foi realizada durante os meses de março a maio de 2008 e optou-se por entrevistas presenciais com profissionais que atuam na atividade de controle gerencial em empresas inovadoras brasileiras, denominadas nesta obra de Beta, Gama e Zeta, nomes estes fictícios, com o intuito de manter o anonimato das mesmas. Os entrevistados responderam a questões abertas, de forma a registrar as percepções do interlocutor e permitir maior fluidez da entrevista.

POSICIONAMENTO CRÍTICO

Diante de um mercado cada dia mais competitivo, as empresas necessitam buscar por maneiras de se manterem consistentes e estabilizadas, tendo como principais focos para se alcançar tais objetivos, a inovação e adequação às mudanças. Os gestores, influenciados pelo Sistema de Controle Gerencial, visam “novos terrenos” a longo prazo e necessitam planejar os próximos passos para se alcançar tais terrenos, diminuindo assim, o risco de desestabilização racional do presente momento.

Os autores do artigo resenhado, buscaram de forma objetiva diante do Sistema de Controle Gerencial, detectar conflitos existentes quanto ao caminho inovador traçado por três empresas brasileiras consideradas inovadoras na listagem do Índice Brasil de Inovação. Embasando no trabalho de Hurley; Hult (1998), os autores apontam que a inovação se tornou o principal instrumento de sucesso para as empresas responderem ao ambiente, diante de perguntas formuladas pelo mercado competitivo e com base no estudo de Grant (2008, p. 313), é apontado também, as diferenças na estrutura e processos de organizações operacionais e organizações inovadoras. É inevitável acrescentar ao estudo, que a inovação é sobretudo uma ferramenta que permite alçar objetivos e alcançar maior espaço no mercado. Quando há a percepção da existência de mudanças e há flexibilidade para aceitá-las, é necessário inovar, buscando pela adaptação a tais mudanças, que com toda certeza, poderá ser o diferencial que levará a empresa ao desenvolvimento.

Os autores descrevem também, quatro sistemas de controles apresentados por Simons (1995) em sua obra Levers of Control. Tais sistemas, constroem o conceito de Tensões Dinâmicas e explicitam os conflitos existentes diante do Sistema de Controle Gerencial. Diante disso, analisando o estudo e a referida obra de Simons (1995), é perceptível que as Tensões Dinâmicas, apesar de conflitantes, possibilitam às empresas, dimensões que geram perspectivas futuras para as mesmas, sempre buscando valorizar seus recursos em todos os ciclos de produção. O uso diagnóstico e o uso interativo do Sistema de Controle Gerencial, também são abordados no referido artigo. Os autores citam o estudo de Simons (1991), para conceituar o uso diagnóstico como uma orientação para implementar as estratégias planejadas e para alertar a alta direção quando os resultados não estão de acordo com os planos. O uso interativo, é conceituado por Simons (2000), como sendo o foco nas incertezas estratégicas, que são os eventos externos não previstos e que podem invalidar as estratégias atuais.

Através de entrevistas dividas em três blocos com