TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

GESTÃO DE CUSTO: MENSURAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO DE UM NEGÓCIO DO RAMO DE ALIMENTAÇÃO

SEBASTIÃO FRANCISCO SANTOS^[1]

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EMMANUEL MARQUES SILVA^[2]

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RESUMO

Este artigo procurou dentro do período de janeiro a março de 2015 calcular os custos dos produtos vendidos de um pequeno empreendimento informal, de maneira a possibilitar uma melhor visão sob os seus custos e despesas.  Metodologia utilizada foi a técnica do custeio direto, com apropriação dos custos indiretos proporcionalmente ao nível de custo diretos de cada produto. Os resultados demonstraram que o produto churrasquinho de boi foi o que apresentou maior nível de vendas no período, no entanto o churrasquinho misto foi o que apresentou maior margem de contribuição. Por fim, notou-se que todos os produtos comercializados possuem margem de contribuição positiva, o que tende a gerar retorno positivo para o empreendimento estudado.

Palavras Chaves: Custo, Despesas, Lucro, Empreendimento.

1        INTRODUÇÃO

        

Atualmente, os índices governamentais tem indicado uma constante variação na taxa de desemprego, como apresenta os dados do IBGE (2014) em agosto de 2014 eram de 4,9% com variação de regiões metropolitanas para mais ou para menos, nota-se também que o emprego não é mais o mesmo tão duradouro como no passado, e que a especialização leva muitas pessoas à exclusão no novo mercado de trabalho.

        Nesta perspectiva tem-se notado uma tendência de aumento do número de pessoas que abrem o seu próprio negócio próprio para a sua sobrevivência e de sua família.

        No Brasil, esse contexto está cada vez mais freqüente. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (PNAD), indicam que em 2012 haviam 23,1 milhões de micros, pequenos e médios negócios. Os micros e pequenos negócios eram 99%, que representavam 20% do PIB e 60% dos empregos. Desse continente 7,2 milhões, ou seja, 31,17% eram de mulheres. Dessa soma, 39% eram as chefas de família e 27% estavam acima dos 40anos, segundo fontes do SEBRAE (2014).

        No entanto, segundo dados do SEBRAE (2010), cerca de 20% a nível nacional e 23% no ES não chegam a dois anos e 58% não chegam a cinco anos e elenca como principais motivos: falta de clientes, concorrência, burocracia, impostos, avaliação de custos e fluxo de caixa entre outros. Por isso é indiscutível a importância de planejamento de qualquer que seja o negócio, para que não nasça com poucas chances de vida, pois “como não há mercado demandante suficiente para todos os ofertantes colocarem seus produtos, alguns conseguirão fazê-los e outros não” (CORRÊA, 2001, p 26).

        Em face do exposto, este trabalho tem por objetivo auxiliar um pequeno empreendedor individual do ramo de alimentação com o objetivo de possibilitá-lo a calcular os custos de seus produtos vendidos e consequentemente avaliar a lucratividade de seu negócio.

                 

2      REFERENCIAL TEÓRICO

Primeiramente buscou-se definir alguns termos básicos.

2.1 CUSTO

Quando se fala em custo, sob a ótica do comprador o conceito é muito claro, custo é igual ao valor de aquisição do produto. No entanto quando se pensa sob a ótica do produto o conceito toma outras acepções.

Custos estão diretamente relacionados ao processo de produção de bens ou serviços. Diz-se que os custos vão para as prateleiras: enquanto os produtos ficam estocados, os custos são ativados, destacados na compra de Estoques do Balanço Patrimonial, e não na Demonstração de Receita, Somente farão parte do calculo do lucro ou prejuízo quando de sua venda, sendo incorporado ao DRE e confrontado com as receitas de vendas (BRUNI, et all, 2007, p 25).

           

Definir custo passa por determinar as medidas monetárias com visão de sacrifício que a empresa deve manter para atingir seus objetivos dentro de um conceito de contabilidade, e o seu reconhecimento de modo geral depende da gestão de controle das fianças e pode ser interpretada de diferentes formas.

A palavra Custo possui significado muito abrangente: pode ser utilizado para representar o Custo das Mercadorias Vendidas em uma empresa comercial, o Custo dos Serviços Prestados em uma empresa de prestação de serviços, o Custo de Fabricação de um produto, o Custo Direto de Fabricação etc (RIBEIRO, 2009, p 21)

Este conceito nos leva a termos uma compreensão de que para obtermos bens e serviços aplicados à produção é preciso analisar cada uma das terminologias para podermos definiras expressões que nos leve ao melhor contexto final, pois elas podem assumir diferentes conotações.

O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento de utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria- prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo de matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua venda (MARTINS, 2006, p25)

         

Este conceito nos leva a termos uma visão do emaranhado de palavras que nos leva a diferentes conceitos de custo como: Custo direto e indireto, fixo ou variável, semifixos e semivariáveis, Custos Primário, Custo de Transformação, Custo de Produção e etc.

21.1 Custo Direto

         É fácil de ser conhecido, pois geralmente corresponde aos valores integralmente gastos na compra dos materiais utilizados. Ribeiro (2009, p11)  custos estes como a mão de obra na fabricação na fabricação, matérias primas, e etc.

2.1.2 Custo Indireto

São assim denominados porque não corresponde a gastos realizados especificamente para esse ou aquele produto. Ribeiro (2009, p. 12) conceitua este termos como sendo gastos geralmente que pode ser rateado por toda a produção como, por exemplo: aluguel, energia elétrica, bens e utensílios, gás, depreciação das maquinas e etc.

2.1.3 Custos Fixos

São aquele que independem do volume de produção do período, isto é, qualquer que seja a quantidade produzida, esses custos não se alteram. Ribeiro (2009, p, 31) eles estão diretamente relacionados aos custos indiretos da fabricação.