TRABALHO DE ECONOMIA FICHA-RESUMO DO TRECHO (9à 61) DO LIVRO “O CAPITAL”
Por: vinioi • 9/6/2015 • Relatório de pesquisa • 1.740 Palavras (7 Páginas) • 425 Visualizações
TRABALHO DE ECONOMIA
FICHA-RESUMO DO TRECHO (9à 61) DO LIVRO “O CAPITAL”
Marcus Vinícius C. Moreira
Professor Ronaldo
Introdução
A distribuição da riqueza é um dos assuntos mais retratados, e gera dois pensamentos divergentes o de Marx e o de Kuznets. O primeiro considera que o acúmulo de capital privado gera consequentemente o poder de poucos, a desigualdade. O segundo acredita que forças equilibradoras do crescimento, da concorrência, aspectos econômicos em geral, são capazes de gerar na fase final do desenvolvimento a redução da desigualdade. O crescimento econômico, e a difusão do conhecimento possibilitou uma não instauração da crença marxista, mas não modificaram a realidade do capital e da desigualdade, ou seja, o capitalismo produz por consequente desigualdade que ameaça a estruturação de meritocracia da nossa sociedade.
Um debate sem fontes?
Debates intelectuais e políticos sobre a distribuição da riqueza se alimentaram da abundância dos preconceitos e da pobreza dos fatos. Mas deve considerar que o debate econômico se trata de um tema universal pertencente a todos, e que as experiências tangíveis de cada integrante da discursão é o que faz o debate possuir tanta importância. Na tentativa de criar nova discussão o livro, busca a fundamentação em fatos.
Malthus, Young e a Revolução Francesa:
O constante crescimento desordenado francês gerou discussões sobre a futura divisão das riquezas, além de novas ideologias políticas. Young viajou por toda França rural, e concluiu que com o crescimento francês e a forma adotada de governo, com parlamento constituído de diversas classes sociais, não era o ideal para a estruturação econômica e social vigente. A tese de Malthus foi fruto das conclusões de Young, e concluía que o problema enfrentado era a superpopulação, considerada catastrófica para a teoria malthusiana.
David Ricardo: o princípio da escassez
David Ricardo cria uma análise menos caótica e de longo prazo a partir da teoria malthusiana. Acredita que o setor econômico se desequilibraria para um lado, o de quem possuía terras. A análise ricardiana consiste em que com a superpopulação a demanda em relação a tudo aumentaria, e o que geraria o equilíbrio seria o uso intensivo da terra, ou seja, a supervalorização da terra para Ricardo era inevitável. Mas David Ricardo não pode prever que o crescimento tecnológico mudaria esse cenário, e que o homem não seria mais tão dependente da terra. Mas mesmo assim a análise ricardiana pode ser aplicada no mercado de hoje, visto que o preço dos imóveis nos grandes centros comerciais possui uma alta taxa de valorização.
Marx: o princípio da acumulação infinita
De David Ricardo para Marx, o contexto social e econômico propunha novos questionamentos, não mais se a demanda de alimento iria ser produzida para a população com altas taxas de crescimento, ou se o preço da terra iria aumentar. Marx procurava entender a dinâmica do capitalismo industrial. Um dos fatos era a miséria do proletariado industrial. As péssimas condições vividas pela classe. Propôs por consequente um questionamento: de que adianta evolução tecnológica e crescimento econômico se a classe operária se encontra nas mesmas condições do passado. A partir daí nascem as primeiras análises comunistas. O principio da acumulação infinita é para Marx o mal do capitalismo, que é a tendência do capital de se acumular e concentrar numa parcela cada vez menor da população.
De Marx a Kuznets: do apocalipse ao conto de fadas
Para Kuznets com a evolução econômica, capitalista de um país a tendência era a diminuição da desigualdade até chegar ao ponto de todos serem beneficiados com o crescimento econômico, ou seja, para que a desigualdade diminua basta esperar. Kuznets a partir de fundamentos estatísticos criou um sistema que futuramente daria a diversos países uma forma de calcular a taxa de riqueza, crescimento econômico e desigualdade, a declaração de renda. E foi o primeiro que propôs uma análise econômica fundada em elementos estatísticos, provando o que havia sido dito, ao mostrar estatisticamente que a taxa de desigualdade dos EUA havia diminuído.
A curva de Kuznets: uma boa nova em tempos de Guerra Fria
A curva de Kuznets se trata de uma crescente, pico e uma decrescente da linha traçada pela desigualdade. A guerra fria por se tratar de uma fase de avanços em métodos produtivos e demais, a curva mostra caráter otimista, haja visto que, para Kuznets a diminuição da desigualdade seria consequência da evolução capitalista.
Recolocando a evolução distributiva no cerne da análise econômica
A desigualdade americana teve aumento em suas taxas na década de 70, ultrapassando as enormes taxas da década de 20. Isso colocou a teoria de Kuznets em jogo. Foram feitas críticas, e a exaltação dos modelos do século XIX, ou anterior. Por considerar a análise de Kuznets apática, em comparação as demais, que propunham mudanças e reformas na estruturação social/ econômica, colocando a evolução distributiva novamente como centro das análises.
As fontes utilizadas nesse livro
Duas fontes são utilizadas, são elas: série de dados que lidam com a distribuição de renda, e diretamente com a desigualdade; e séries de dados que lidam com a distribuição da riqueza, e a relação entre riqueza e renda.
Os principais resultados obtidos nesse livro
A primeira conclusão é que se deve sempre desconfiar da utilização do determinismo quando o assunto é distribuição da riqueza. A segunda é que a dinâmica da distribuição de riqueza revela funcionamento não linear. E não são forças naturais que estabilizariam esses processos.
Forças de convergência, forças de divergência
Mesmo que a difusão do conhecimento possa gerar a convergência entre países, tais forças podem ser contrabalançadas e gerar forças de divergência, ou seja, forças que desagregam, e trazem desigualdade. São elas: a falta de capacitação e investimentos necessários que a agregação seja possível.
A força fundamental da divergência: r > g
Os gráficos em forma de u da desigualdade justifica a lei r > g, onde r é a taxa remuneração do capital (o valor rendido em um ano) e g representa a taxa crescimento (crescimento anual da renda e da produção).
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