TRANSVERSAIS, MUDANÇAS SOCIAIS E A NOVA CLASSE MEDIA
Por: MarlyCampos59 • 20/10/2018 • Artigo • 7.385 Palavras (30 Páginas) • 311 Visualizações
TEMAS TRANSVERSAIS, MUDANÇAS SOCIAIS E A NOVA CLASSE MEDIA
Lydianne Miranda Alves de Campos[1]
Ao se colocar o tema cidadania como eixo vertebrador da educação, mudou-se da perspectiva conteúdista e descontextualizada para uma aprendizagem significativa e interdisciplinar. A escola está inserida num contexto social no qual atua, modifica e do qual sofre influências; ela não pode fugir às discussões relativas a essa sociedade; é necessário que trate das questões que interferem na vida dos alunos e com as quais eles se vêem confrontados no seu dia-a-dia.
As temáticas sociais, por sua importância inegável na formação dos alunos, já há muito tempo são discutidas e, freqüentemente, incorporadas aos currículos e aos planejamentos escolares.
Partindo dessa abordagem, surgem os Temas Transversais, a fim de que sejam discutidos o significado e o sentido das problemáticas sociais e contemporâneas da sociedade atual.
Eles não são novas áreas de conhecimento mas, sim, temas que perpassam todas elas, isto é, permeiam a concepção, os objetivos, as competências, as habilidades e os procedimentos de cada segmento, no decorrer de toda a escolaridade formal. Uma orientação didático-pedagógica pertinente é a indicação da pedagogia de projetos para se trabalhar os Temas Transversais, pois ela não só considera as necessidades dos alunos, como também edifica a aprendizagem a partir de um contexto significativo e da interdisciplinaridade.
O tema Ética diz respeito às reflexões sobre as condutas humanas. Para Rocha (2013, p. 5) em um trabalho sobre ética, esta independe da existência de códigos de conduta: O autor observa: “o comportamento ético é inerente ao ser humano e como tal deve seguir em toda a sua vida social e profissional. Não se pode ser ético na vida e ser antiético na vida profissional. Os dois (2) caminham junto”.
A normatização da ética em códigos de conduta, leis e regulamentos regula a postura ética, fazendo com que as pessoas respeite seu próximo (centro ideológico do cristianismo). Assim a existência de códigos éticos se torna fundamental para regular a vida em sociedade.
Por esta razão principal é fundamental a virtude desta postura ética que consiste na humanidade da aceitação da primazia deste mecanismo inconsciente na vida, ou seja, na renúncia a uma postura consciente em função da submissão um mecanismo inconsciente, mas eficaz.
A moral e ética podem, como todos os demais elementos do homem ou por ele criados, sofrer mudanças dos seus princípios cultivados, revolucionando o meio com a abolição de preconceitos, tabus ou de outros elementos estagnadores, conservados e adotados para a satisfação, exclusiva, da morbidez comportamental de alguns de seus defensores.
O que, entretanto, não pode acontecer é que as mudanças propostas ou perfilhadas ultrapassem, sob qualquer hipótese, as raias do bom senso, do equilíbrio, do sentido da justiça e, principalmente, escandalizar àqueles a quem elas devem ser submetidas.
Assim, certas mudanças, aceitas e praticadas nas virtudes éticas são inaceitáveis, indecentes, desonrosas, aviltantes, imprudentes e isentas de sabedoria e de generosidade, elementos indispensáveis à sua aceitação.
No mundo, as normas do respeito, da decência, da honra, da temperança, da razão, da sabedoria, da generosidade, da prudência e de outras tantas, na sua grande maioria, hoje consideradas obsoletas, inadequadas, quadradas, arcaicas, atrofiadas, foram e ainda estão sendo substituídas por comportamentos eivados da insanidade crescente da sociedade atual, que acha decente qualquer comportamento que leve a conquista materiais.
O tema pluralidade cultural diz respeito a vivência em harmonia em uma sociedade plural; Ou seja, é a convivência pacífica entre raças, credos, opções sexuais, etc. e essa convivência deve estar livre de preconceitos
O homem vive em sociedade ao lado de seus iguais quer na matéria quer na forma, eis que a grande maioria das constituições dos paises os considera assim, não obstante a evolução diária de seus conceitos, costumes e regramentos e permaneçam desiguais, justamente em função do preconceito, conquanto o axioma constitucional mostra-se cada vez mais distante da – agora não tão certa – evolução humana.
O preconceito é uma das maiores violências cometidas pelo ser humano contra si mesmo. Esse tipo de violência é umas das maiores facetas do complexo fenômeno de idéia preconcebida, que desconhece barreiras de classe social, tipos de cultura, níveis sócio-econômicos e limitações individuais. Seus incidentes ocorrem tanto no espaço privado quanto no público, atingindo todas as pessoas.
Utilizando as relações de gênero, de poder e meios coercitivos representados por formas de constrangimento tais como ameaças, intimidações ou mesmo força física, diante dos quais a resistência das vítimas pode acarretar riscos gravíssimos, inclusive da própria vida, já que os ofensores impõem-lhes a entrega de si para a realização de seu intento, transformando-as em objeto de julgamento sem se levar em conta o fato que o conteste.
Assim, acontece com os negros, com os portadores de deficiência, com aqueles que optam por uma sexualidade diferenciada dos padrões normais, com os profissionais de profissões que se dizem exclusivas de gênero, etc. É um problema específico da sociedade, dos agravos às relações interpessoais, esse tipo de violência social adquiriu proporção de um complexo problema, que invoca políticas públicas para que este seja combatido.
Da mesma forma, acontece com a língua, que sofre constante discriminação por parte das pessoas em geral, em função das variantes lingüísticas regionais e locais, em decorrência da padronização imposta pelos meios de comunicação em massa, o que torna imperativo o resgate de nossos falares (palavreado), no sentido de buscar também um pouco de nossa cultura, pois se sabe que a língua, embora seja parte da cultura, é nela que esta se projeta e opera. Apesar de todos esses contratempos, o preconceito acaba por encontrar elementos subjacentes que o impedem de se proliferar de forma proveitosa e positiva.
O principal determinante do processo saúde/doença sem dúvida está ligado ao saneamento básico. Em um estudo básico da bibliografia, percebe-se claramente que a percentagem da parcela de investimentos dos órgão gestores concentra-se significativamente no abastecimento de água, destinando-se bem menos recursos – e atenção – a coleta e principalmente ao destino final do esgoto.
Este desequilíbrio no investimento de recursos no serviço de esgotos representa um fator de preocupação manifestado pelos dirigentes de órgãos municipais de saneamento e saúde no Brasil. Além da questão de disseminação de doenças de veiculação hídrica, apresentam apreensão quanto ao crescente comprometimento dos recursos hídricos disponíveis para a captação de água, na medida em que o tratamento necessário para a sua utilização envolve significativos recursos financeiros.
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