Teorias gerais da administração

Teorias Administrativas

Débora Nunes da Silva, Aline Machado e Lilian Cavalcanti

Tutor: João Aneci

Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI

Processos Gerenciais (EMD 0547) - Prática Módulo I

08/06/2015

Resumo

O presente artigo tem por objetivo elencar algumas das teorias gerais da administração. Entender a evolução dessas teorias e identificar de que forma elas podem nos auxiliar no dia a dia.  

Palavras-chave: teorias, administração, tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia.

1. INTRODUÇÃO

        A Teoria Geral da Administração que temos hoje é uma evolução de várias teorias do passado. Diríamos que é, na verdade, uma junção de todas as outras teorias.

        O processo de administrar sempre foi necessário em qualquer atividade humana. Se voltarmos no tempo, muito antes de Taylor, já é possível observar através de inúmeros exemplos a arte de administrar.

        Alexandre, O grande, reinou a Macedônia por volta de 320 a.c. O Homem reconhecido por conquistar territórios gigantescos de forma rápida e brutal liderando exércitos com milhares de soldados tinha que ser, além de líder, um excelente administrador.

        E de exemplos militares como o de Alexandre, bem como a Revolução Industrial do Século XVIII e o surgimento das máquinas a vapor, fizeram com que Frederick Taylor elaborasse a Teoria da Administração Científica. Mais adiante Fayol veio com a Teoria clássica. Depois Max Weber com a teoria burocrática. Em seguida vieram as teorias estruturalistas, comportamental, teoria do desenvolvimento organizacional, teoria dos sistemas e por fim, a teoria da contingência. Todas essas teorias baseavam-se, cada uma à sua época, em cinco variáveis: tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia.

2.   Teorias Gerais da Administração

        

        Desde que o mundo é mundo o homem de alguma forma teve que administrar as coisas ao seu redor. Fosse na racionalização da comida que caçava na pré-história, passando pela maneira de gerenciar a convivência de habitantes de um mesmo povoado, passando nas relações interpessoais ao longo do tempo. Até que essas formas de gerenciamento foram estudadas. E são essas teorias que descreveremos a seguir.

2.1 Teoria da Administração Científica

        A Revolução Industrial ocorrida na Europa entre os séculos XVIII e XIX, foi o marco inicial para os estudos relacionados às Teorias administrativas. Com o surgimento das máquinas a vapor e a troca dos trabalhadores artesanais pelos assalariados a necessidade de equalizar o que se produzia com o que se arrecadava, bem como gerenciar a relação entre empregador e empregado devido aos ganhos exorbitantes das empresas e a exploração dos empregados, que chegavam a trabalhar ate 15 horas por dia, surgiu tal teoria.        Sem dúvida que Frederick Wislow Taylor (1856 - 1915) é o nome expoente em questão. Em 1903 escreveu seu livro Administração de Oficinas, onde ele descobriu uma forma de gestão para fazer com que os trabalhadores produzissem mais em menos tempo, sem elevar os custos de produção. Ele observou alguns erros como falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada nas empresas.

        Taylor observou que as indústrias da época sofriam de três grandes problemas:

- vadiagem sistemática dos operários reduzindo a produção a um terço do considerado normal para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência;

- desconhecimento da gerência das rotinas do trabalho e do tempo necessário para a realização do mesmo;

- falta de padronização das técnicas ou métodos de trabalho.

         Então definiu que era necessário:

-Eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis;

-Racionalização da seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho;

-Facilitar o treinamento e melhorar a eficiência e rendimento.

        Em 1911, Taylor escreve seu segundo livro “os princípios fundamentais da Administração Científica”. Esses princípios são:

- Princípio de planejamento – troca-se a forma empírica de trabalhar por estudos científicos. Coloca-se em prática a teoria do planejar e testar, efetivando os resultados.

- Princípio de preparo dos trabalhadores – seleção adequada de funcionários conforme suas capacidades e treinamento dos mesmos para obtenção do objetivo conforme metas pré-estabelecidas.

- Princípio de controle – observar se os métodos estabelecidos estão sendo respeitados através do acompanhamento no desenvolvimento do trabalho.

- Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.

        Com a implantação destes princípios, vários objetivos foram alcançados ajudando no processo de evolução administrativo. Os trabalhadores recebiam incentivos salariais e prêmios. A padronização e as condições de trabalho na linha de produção asseguravam a eficiência.

2.2 Teoria Clássica

        

        Idealizada pelo Engenheiro Henri Fayol, em 1916, utilizando as organizações militares como exemplo para fundamentar suas proposições teóricas.

        Enquanto muitos executivos europeus estudavam os métodos da Administração Científica de Taylor, Fayol publicou sua obra nos Estados Unidos, baseada na sua experiência na alta administração. Ele agregou 14 princípios básicos que podem ser estudados como complementares ao estudo de Taylor:

1- Divisão do trabalho - Especialização de todos na empresa. Desde a base da pirâmide até o topo da hierarquia.