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A COLHEITA DO SUCESSO NO MERCADO DE AÇÕES

Por:   •  3/7/2015  •  Monografia  •  3.714 Palavras (15 Páginas)  •  242 Visualizações

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JHONATAN GARGIA

VINICIUS MARTINS

PARTE 1: Caso

A COLHEITA DO SUCESSO NO MERCADO DE INVESTIMENTO: A LUTA POR ANÁLISES CONSISTENTES OU MILAGROSAS?

Caso apresentado como requisito parcial para a disciplina Oficina de Cases no Curso de Pós-Graduação MBA em (Curso do aluno das Notas de Ensino), na Universidade do Vale do Itajaí.

Orientador: Prof(a). Rosilene Marcon

São José

2014

A COLHEITA DO SUCESSO NO MERCADO DE INVESTIMENTOS: A LUTA POR ANÁLISES SATISFATÓRIAS E MILAGROSAS.[1]

INTRODUÇÃO

HISTÓRIA-BASE

No auge dos seus 20 anos, abril 2008, em plena crise financeira mundial, Hernani parado na sala de sua casa a espera de mais um jornal nacional - noticiário que até esta presente data é transmitido pelo veículo televisivo da Rede Globo. Em meio a muitas notícias daquele dia, surge novamente à notícia que passa de segunda a sexta-feira incansavelmente: notícias e informações de cotações de diversas moedas, como o Real, Dolar e Euro, além de notícias de bolsas de valores mundiais e principalmente da bolsa de valores brasileira – BMF& Bovespa. Foram diversas as informações sobre o “desce e sobe” do índice Ibovespa e as ações que mais influenciaram tal índice, bem como das demais bolsas mundiais, com muito conteúdo principalmente naquela época, pois a crise financeira estava em seu auge.

A ideia de ir atrás do assunto já tinha surgido algumas vezes, mas até então nunca tinha se concretizado. Ir em busca das melhores informações sobre o assunto era o maior desejo naquela momento, mas após o fim daquele informe jornalístico tudo mudaria. Logo, Hernani encaminhou-se aos seus pais os questionando sobre o assunto, o que não conseguiu obter respostas para tal, as quais, partir de então, o perturbaram e que agora o faria ir a “caça as bruxas”. Eram perguntas que não saiam de sua cabeça – O que é Bolsa de Valores e para que serve? Por que todos os dias há notícias sobre o Ibovespa em vários meios de comunicação? O que ele influencia na vida das pessoas? Foi então que começou a ir atrás do assunto, justamente porque na sua rede de relacionamentos daquela época, não havia ninguém que soubesse explanar ou ao menos opinar sobre assunto, entre eles familiares, amigos, colegas de faculdade e até os professores da faculdade.

A Crise que gerou a oportunidade de conhecer o mercado...

 Em 2008, assunto sobre bolsa de valores era pouco disseminado entre os brasileiros, confirmando através de estatísticas cujo apontavam uma baixa participação de investidores frente à população brasileira neste mercado. Eis então que surgiu a oportunidade e o interesse em partir para esta área, justamente por poucos ou quase ninguém em sua volta conhecer sobre o assunto. Única resposta que obtia com frequência sobre o assunto, é que era perigoso e arriscado encarar os investimentos, principalmente em Bolsa de Valores, mas não sabiam falar o porquê ou a diferença para os outros mercados, como os de imóveis ou até mesmo em animais.

Como a crise de 2008 estava mostrando, noticiários se esgotavam de tantas informações e assuntos sobre o fenômeno, que mais tarde viria mostrar sua força em definitivo, sendo originada no setor hipotecário dos Estados Unidos, que acabou tendo como marco a quebra do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro daquele mesmo ano.

Por consequência, haveria uma reação em cadeia, o câmbio, que estava em cerca de R$ 1,60 em agosto de 2008, chegou cerca de R$ 2,40 em dezembro do mesmo ano e o Ibovespa naquele momento era cotado com 55.680 pontos, porém esta história não acabaria ai.

Como reflexo, o Governo Brasileiro precisou reagir, como naquele momento não havia mais confiança no mercado internacional, o jeito foi focar internamente, de modo a injetar uma série de estímulos na economia devido a escassez de crédito disponível no mercado com o intuito de aumentar o consumo no país. Dentre muitas medidas tomadas, estavam a: redução da alíquota do depósito compulsório dos bancos (parcela de recursos que os bancos precisam recolher no Banco Central e não podem emprestar aos clientes), redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, construção civil e eletrodomésticos, a criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alterações no formato de cobrança do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e estímulo ao crédito em bancos públicos.

Com aqueles fatos todos acontecendo durante o ano de 2008 perante aos olhos de Hernani, pensando no mar de informações e conhecimento que poderia adquirir, o mesmo foi às compras de alguns livros da área e completou com inúmeras pesquisas sobre o assunto.

Foi então que surgiu evento Florianópolis, e que foi vinculado nos principais meios de comunicação da cidade: era mega evento que já acontecia em outras capitais do país, mas que em sua cidade seria a primeira vez e que seria um marco em sua vida – a ExpoMoney[2]  “O Shopping do Seu Dinheiro”. A Expo Money vinha a Florianópolis com o intuito de transmitir conhecimentos financeiros de forma simples para iniciantes e também de aprimorar o conhecimento daqueles que já eram experientes. É importante frisar o quanto este evento contribuiu para a educação financeira das pessoas, dando maior suporte para tomada de decisões quando o assunto fosse investir, momento de comprar no comércio e guardar o seu dinheiro. E o que mais chamava a atenção, era tudo isso por apenas R$0,00, isso mesmo, palestras totalmente gratuitas, falando sobre variados assuntos do mercado financeiro em geral, sendo que nem era preciso entender de finanças para participar. Era a oportunidade batendo e as portas estavam abertas.

Aquele momento foi um grande divisor de águas e auxiliador para decidir o que fazer após a faculdade. Entrar neste “novo mundo” de risco foi uma experiência audaciosa e valiosa onde os resultados apareceram ao final da faculdade em termos de reconhecimento, tornando-se, assim, referência no assunto, tanto para colegas quanto para professores. Após muitos estudos sobre o tema e já com algumas experiências realizadas durante os pregões da Bolsa de Valores, ficou notado que investidores iniciantes poderão estar mais propícios a aceitarem e terem acertos com a análise técnica, pelo fato do entendimento mais sucinto e aplicabilidade mais fácil do que a análise fundamentalista, a qual demandaria a analise de inúmeras variáveis e dispor de certo tempo para começar a verem os resultados, muito embora se estivessem errado, provavelmente já não daria mais tempo para evitarem prejuízos, diferente da análise técnica.

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