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A Cadeia Produtiva do Leite

Por:   •  22/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  9.647 Palavras (39 Páginas)  •  329 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO E

GEOGRAFIA – FAENG

RELATÓRIO TÉCNICO – CADEIA PRODUTIVA DO LEITE

Prof. Me. Francisco Bayardo Mayorquim Horta Barbosa

Ehrick Luz Gabriel Rocha Letícia Alves Priscilla Morais Stephany Souza

CAMPO GRANDE 2020

SUMÁRIO

  1. Introdução        2
  2. CAPÍTULO 1 - Cadeias de suprimentos no século XXI        2
  3. CAPÍTULO 2 – Logística        5
  4. CAPÍTULO 3 – Gestão do relacionamento com os clientes        10
  5. CAPÍTULO 4 - Suprimentos        13
  6. CAPÍTULO 5 - Manufatura        15
  7. CAPÍTULO 7 - Estoques        17
  8. CAPÍTULO 8 e 9 - Transportes e Armazenamento        18
  9. CAPÍTULO 11 - Cadeias de suprimentos globais        25
  10. CAPÍTULO 13 - Planejamento logístico        29
  11. Conclusão        32
  12. Referências Bibliográficas        32
  1. Introdução

A produção de leite é uma atividade econômica muito importante em todo o Brasil e vem crescendo de forma significativa nos últimos anos, tornando-se um meio de diminuir o êxodo rural e de tornar as pequenas propriedades produtivas.

Entre as condições essenciais para a atividade leiteira, a logística de produção, transporte e armazenamento são essenciais, pois um produto perecível como o leite exige um tratamento adequado desde a ordenha até o consumidor final, respeitando todas as condições de higiene e temperatura no seu manuseio.

Apesar do setor lácteo possuir grande relevância social e econômica para o Brasil, observa-se que ainda não conseguiu atingir todo o seu potencial, diferentemente das cadeias produtivas dos grãos e das carnes. Embora importante, o crescimento apresentado até o momento ocorreu muito mais na esfera quantitativa do que na qualitativa, o que mantém a necessidade de se pensar estratégias de desenvolvimento dessa cadeia. (Vilela et al., 2016)

O presente trabalho objetiva construir uma visão geral de aspectos da cadeia do leite baseados nos capítulos: Cadeias de suprimentos no século XXI; Logística; Gestão do relacionamento com os clientes; Suprimentos; Manufatura; Estoques; Transportes; Armazenamento; Cadeias de suprimentos globais e Planejamento logístico do livro “Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos” de Boewesox et al., 2014.

  1. CAPÍTULO 1 - Cadeias de suprimentos no século XXI

Para começar, iniciaremos com uma breve história do setor leiteiro no Brasil, contada no artigo “A evolução do leite no Brasil em cinco décadas”, por Vilela et al (2017). Após a pecuária leiteira ser insignificante por mais de três séculos depois de seu surgimento no Brasil (ano de 1641), a partir de 1870, com a decadência do café, o cenário político brasileiro favoreceu a vocação agrária e permitiu a modernização das fazendas (VILELA et al., 2017 apud DIAS, 2012).

A evolução da atividade caminhou morosamente do Brasil até o fim da segunda revolução industrial, mas a partir de 1950 algumas ações foram firmando a organização da produção leiteira no país, como o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos

de Origem Animal (Riispoa em 1952), que tornava obrigatória a pasteurização do leite, a inspeção o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), além da classificação dos leites em tipos A, B e C conforme as condições sanitárias da ordenha, processamento, comercialização e contagem microbiana. Na década de 1970 algumas inovações na indústria tomaram um papel importante na evolução e modernização da cadeia do leite, como a utilização de embalagens descartáveis para o leite pasteurizado, que possibilitou o avanço de produtos como o iogurte e sobremesas lácteas, além da redução de operações de recolhimento e higienização das embalagens retornáveis. Em 1990 tivemos outro marco: a Portaria 56/1999, do Ministério da Agricultura, que regulamenta a qualidade do leite e dá outras orientações, que criou o Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL), como documentado por Durr (2004) citado por Vilela et al. (2017).

“O programa foi alicerçado em três pilares, entre eles os novos parâmetros regulatórios da qualidade do leite nacional, base da Instrução Normativa 51, vigente de 2002 até 2011 e substituída pela IN 62 (BRASIL, 2011) em vigor até hoje. Os leites tipos B e C passaram a ser identificados apenas como leite cru refrigerado. ” (VILELA et al., 2017)

A figura 1 ilustra uma linha do tempo, de forma resumida, com alguns marcos do último século relacionados a cultura da pecuária leiteira.

Figura 1: Marcos do século XX para a pecuária leiteira

[pic 1]

Fonte: Autores (2020)

Na década de 90, também, a histórica Portaria 43, da Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento), decretou o fim do tabelamento do leite no Brasil, o que fez com que ficasse conhecida como a era do livre mercado (VILELA et al., 2017).

Agora que falamos sobre o histórico da nossa cadeia até o século XX, chegou a hora de analisar, a partir do século XXI, as mudanças que influenciaram essa cadeia de suprimentos. Há uma crescente postura estratégica das empresas contemporâneas, e a cadeia do leite também começou a se modificar e pensar a longo prazo, conforme Vilela et al. (2017):

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