A Construção do Saber - Manual de Metodologia da pesquisa em ciências humanas, de Laville e Dionne (1999)
Por: Kelly BrOliveira • 19/10/2019 • Resenha • 1.118 Palavras (5 Páginas) • 694 Visualizações
FACULDADE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM
METODOLOGIA CIENTÍFICA
RESUMO CRÍTICO DO LIVRO “A CONSTRUÇÃO DO SABER – MANUAL DE METODOLOGIA DA PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS”
NOME ALUNO
CIDADE - UF
2019
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber – Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. 342 p.
RESUMO CRÍTICO DO CAPÍTULO 7
Nome aluno
Cristhian Laville é formado pela Universidade de Laval, doutor em história aplicado a educação pela Carnegie Mellon University, em 1980. Lecionou na mesma universidade onde se formou até 2003, quando se aposentou, porém mantem sua atividade profissional até hoje como professor emérito.
Jean Claude Dionne nasceu em 1935, é bacharel em artes pela Universidade de Moncton e mestre em geografia pela Universidade de Montreal. Tem um Ph.D. em geomorfologia na Universidade de Paris-Sorbonne. Trabalhou por 16 anos como cientista e então começou a trabalhar como professor na Universidade de Laval, em 1980. Em 2002 se aposentou, mas continua pesquisando.
“Para sobreviver e facilitar sua existência, o ser humano confrontou-se permanentemente com a necessidade de dispor do saber, inclusive de construí-lo por si só.” (p.17).
O livro é constituído de quatro partes, subdivididas em dez capítulos.
O presente trabalho tem como pauta o capítulo 7 (“Em busca de informações”), inserido na parte três - “Da hipótese à conclusão”.
O capítulo aborda sobre a busca de informações, a partir do conhecimento sobre as fontes de informações técnicas e instrumentos de coleta de dados.
Já no início os autores contam a história de um pesquisador que precisando elaborar uma pesquisa de opinião, referente às emissoras de rádio preferidas dos automobilistas, teve então a ideia de pedir aos frentistas de postos de gasolina que observando os painéis dos carros que passavam por suas mãos anotassem a estação em que estavam sintonizados os rádios, sem, no entanto, perguntar diretamente aos motoristas. “A imaginação constitui um elemento eficaz, até mesmo insubstituível!” (p. 166).
Os autores apresentam a importância da base documental, onde explicam que os documentos podem ser escritos ou não.
Conforme explicam os autores, os dados estatísticos desempenham importante papel em muitas pesquisas. Aprofundam ainda explicando que a maioria dos aspectos socioeconômicos de nossas vidas são objetos de tais dados, como por exemplo, os recenseamentos que comportam informações sobre a idade, o sexo, o local de residência, a saúde, a economia, dentre vários outros. Fonte esta muito utilizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os documentos sonoros e visuais são também portadores de informações úteis, ainda que ocupem menos espaço, no campo da pesquisa.
Continuando os mestres explanam sobre “População e amostra”, onde escolhe-se uma amostra de uma referida população, que serão observadas ou interrogadas, como levantamento de dados, ou até mesmo como fonte de informações.
Os principais tipos de amostras são as não-probabilistas e as probabilistas. Sendo que as amostras não-probabilistas são as mais simples de compor. Sua qualidade, contudo, é desigual e a generalização das conclusões mostra-se delicada, principalmente porque é impossível medir o erro de amostragem, simplesmente se escolhem as pessoas de determinado grupo, sem requisitos específicos. São subdivididas em amostra dita acidental, amostra de voluntários, amostra típica, e amostra por quotas.
Já a amostra probabilista é composta a partir de uma escolha ao acaso, escolhem algumas pessoas de determinado grupo, mas com requisitos específicos. Esse conhecimento permite ao pesquisador calcular o erro de amostragem, ou seja, avaliar os riscos de se enganar, generalizando para toda a população as conclusões de seu estudo sobre a amostra. São subdivididas em amostra aleatória simples, amostragem por grupos, e amostragem por estratos.
Avante compreendemos as “técnicas e instrumentos de coleta de dados”, onde os autores evidenciam as diversas formas obter informações através da observação e da interrogação. A observação esta subdividida em estruturada e em não estruturada, onde na primeira o pesquisador conhece bem o contexto em que vai operar e conhece também os aspectos que deverão chamar sua atenção no comportamento das pessoas. Na segunda aparece a observação sem verdadeira estrutura, sendo que a forma clássica é a observação participante, onde o pesquisador se integra a determinado grupo para estuda-lo de dentro, ou seja, ele se incorpora à situação por uma participação direta e pessoal.
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