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A EMPRESA VBN TELECOMUNICAÇÕES E SUA ADEQUAÇÃO AOS PRECEITOS MODERNOS DA CONDUTA ÉTICA E DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

Por:   •  15/8/2020  •  Artigo  •  2.325 Palavras (10 Páginas)  •  353 Visualizações

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A EMPRESA VBN TELECOMUNICAÇÕES

E SUA ADEQUAÇÃO AOS PRECEITOS MODERNOS DA CONDUTA ÉTICA E DA

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Dilemas enfrentados pela empresa e a necessidade de atualizações em suas políticas de respeito

ao indivíduo e à sociedade

Março de 2020

Elaborado por: Fernando Luiz Leuzinger Milanez

Disciplina: Ética e Sustentabilidade

Turma: 0220-0_6

Tópicos desenvolvidos

• A Ética individual e coletiva ao longo do tempo;

• A visão da Empresa Ética por Nash (1993) e Morgan (1996);

• Início do Estudo – pesquisa de campo (clima organizacional);

• Relatório – dados a serem trabalhados;

• Proposição de Ações e formulação de Documentação Aplicada:

 Proposição de um Código de Conduta Ética;

 Proposição de Políticas de Responsabilidade Socioambiental e Governança.

Apresentação e objetivo

Em uma leitura da bibliografia indicada ao final deste trabalho, percebemos que a humanidade enfrenta dilemas éticos e morais que se sobressaíram com capitalismo. Nash (1993) fazia reflexões que colocavam este problema em uma perspectiva da sociedade como um todo, e não apenas no contexto humano individual. O acúmulo de capital, mais cultuado no último século, não resolveu as questões morais dos indivíduos e da sociedade, pois o desconforto é notório diante dos problemas de distribuição de trabalho e renda. Frederico de Rezende e Janine Mattar, em seu trabalho sobre Ética na Empresa, diziam: “os meios para aquisição do lucro são hoje questionados até mesmo por aqueles que mais tiraram proveito dos “prazeres” por ele proporcionado. A miséria, a fome, o desemprego, a violência, os custos sociais do “enriquecimento” do planeta obrigaram o homem – e o homem na organização, a repensar o modelo sócio-político-econômico vigente. Começa a ficar claro para a humanidade que o sucesso individual não pode ser pago com o sacrifício coletivo. Os valores morais da humanidade, há tempos descritos e debatidos pelos filósofos, são hoje clamados pelo homem simples da rua, bem como pelo presidente da grande empresa transnacional.”

Vejamos como a ética é pauta permanente nas discussões de filósofos e pensadores: Veríssimo, em sua coluna de 19 de março de 2020 no O Globo, pontuava que em 2008 houve uma ameaça de colapso do sistema financeiro mundial com a falência do banco Lehman Brothers, o que trouxe à tona a manipulação desmedida do sistema financeiro. E complementa adiante que se passou a usar na época a expressão que denominava as “empresas grandes demais para quebrar”, fazendo uma referência específica ao sistema financeiro global, mas que valeria para qualquer corporação de grande porte. Mas é suficiente as empresas “não quebrarem”?

Fazendo um paralelo entre séculos, Veríssimo lembrou ainda uma decisão da alta hierarquia da Igreja na Era Medieval, que criou a figura do purgatório, apenas para acolher as almas dos que enriqueciam, que pecavam por usura. Os seus atos permaneciam como pecado, mas ao menos eram tolerados aos olhos de Deus, eliminando o risco de alguns abastados cristãos serem mandados direto para o inferno. Às favas a ética, a igreja, à época, também era “grande demais” para ser questionada por um de seus dogmas.

Esta já não é uma realidade palpável. Os valores morais da humanidade são hoje um tema discutido por qualquer indivíduo, desde o mais simples trabalhador do “chão de fábrica”, até o mais alto membro na hierarquia empresarial, em qualquer pequeno comércio da esquina ou na maior potência fabril ou comercial.

Assim, caberá às empresas formularem propostas de estratégias que deem sustentação à sua imagem, espelhando uma nova ordem mundial, onde o indivíduo é respeitado nas suas relações com seu ambiente de trabalho. Chauí (1999) preconiza que será a ética, através de seus questionamentos e reflexões, que irá proibir moralmente que o ser humano se transforme em coisa usada e manipulada por outros.

Esta é a verdadeira essência da ética, no nosso entendimento: impor limites e definir o que é abuso. E como o ser humano pode dar suas próprias interpretações ao que é certo e errado, caberá às empresas, no âmbito da chamada Responsabilidade Social, criar Códigos de Conduta Ética, Regras de Compliance, e estabelecer como serão suas ações na relação com o meio e a necessária priorização com relação aos stakeholders citados por Freeman (2004), que compõem seu ambiente de negócios, seja localmente, regionalmente, nacionalmente ou em qualquer parte do mundo.

E as relações das empresas com seus stakeholders, na visão de Morgan (1996), são analisadas pela influência que as mesmas possuem sobre a vida dos indivíduos (empregados ou não), pois as corporações podem ser vistas como “máquinas, organismos, cérebros, culturas, sistemas políticos, prisões psíquicas, fluxo e transformação ou como instrumento de dominação”. E ele pondera ainda que estas óticas não são excludentes, pelo contrário, coexistem.

Baseado nas premissas acima, a empresa VBN Telecomunicações contratou esta consultoria para um melhor enquadramento da companhia no universo da Responsabilidade Socioambiental moderna. Seu relacionamento com os indivíduos internos (empregados) e externos (estado, clientes e fornecedores), necessita de uma repaginada, trazendo suas antigas práticas para a nova realidade nas relações com seus stakeholders.

Proposta de Trabalho:

I. Pesquisa de Campo – Clima Organizacional

A primeira parte do trabalho consistirá em uma pesquisa de campo, de forma a quantificar e qualificar a percepção dos funcionários sobre a empresa e sobre suas práticas socioambientais. A pesquisa será realizada com cinco indivíduos de cada nível hierárquico da empresa, desde a

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