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Responsabilidade Social Nas Empresas

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Por:   •  30/9/2013  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  598 Visualizações

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Responsabilidade Social nas Empresas

Vivemos em um contexto econômico, político e social amplamente globalizado, voltado para o mercado, para a competitividade, onde o Estado perdeu tamanho e força, necessitando assim da ajuda de toda a sociedade.

Nesse novo contexto a sociedade surge como detentora de um novo papel, ou talvez o seu verdadeiro, que é o de não só reivindicar, mas principalmente realizar as ações que o Estado nesse novo contexto não mais realiza.

Nessa ótica, surge um novo modo de conceber as relações entre os fatores de produção, surgindo assim uma nova concepção de empresa e de seu papel na sociedade.

As ações de responsabilidade social, antes vistas como competência e obrigação apenas do Estado, nos últimos 10 anos, passaram a ganhar adeptos e defensores importantes na área privada, uma vez que não é mais possível pensar apenas em questões econômicas e financeiras, mas nos problemas sociais que preocupam o governo, a iniciativa privada, as organizações não-governamentais (ONG) e a sociedade como um todo. Oliveira (2003, p.5) afirma que “o bem-estar comum depende cada vez mais de uma ação cooperativa e integrada de todos os setores da economia”.

No Estado de Bem-Estar Social (Welfare State ) a responsabilidade social era assumida pelo estado, o qual possuía papel ativo no controle das crises econômicas e no comando de desenvolvimento do país.

No final da década de 80 um evento muda o rumo ou a ação do Estado na condução da responsabilidade social e nos faz entender melhor a preocupação, bem como o discurso das empresas hoje sobre responsabilidade social, o Consenso de Washington . Este evento resultou no retraimento do Estado no cumprimento de suas funções sociais, papel que lhe competia historicamente, deixando dessa forma uma lacuna a ser preenchida.

Caberiam as empresas assumir algumas funções do Estado e tentar resolver alguns problemas sociais gerados pelo capitalismo.

No começo do que se chama “Responsabilidade Social”, a filantropia era a maior vertente existente e sua característica principal era a benemerência do empresário, com as doações que fazia para entidades de assistência.

Segundo Caroll,(1999) o conceito de Responsabilidade Social é construído apoiando-se nos princípios básicos da filantropia e da governaça, manifestações paternalistas do poder corporativo.

O conceito de responsabilidade social era associado á obrigação de produzir bens e serviço úteis, gerar lucros, criarem empregos e garantir a segurança no ambiente de trabalho.

Na visão econômica clássica, segundo Friedman (1976), a única Responsabilidade Social da empresa é a de gerar lucros e riquezas para seus acionistas, tendo, portanto, como responsabilidade o desempenho econômico. Para o autor, uma empresa que não apresenta lucro é socialmente irresponsável.

No Brasil o movimento da Responsabilidade Social Empresarial, ou melhor, o reconhecimento da função social das empresas culminou com a criação da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) na década de 70, aliada ao enfraquecimento do estado de bem-estar Social. Porém o conceito de responsabilidade social ganhou força e espaço apenas no final da década de 80 e consolidou-se nos últimos anos de 1990.

Alguns fatores influenciaram para essa consolidação como a reorganização do capital, mudando o cenário econômico; o aumento das condições de pobreza e da degradação ambiental; a campanha contra a fome, de Betinho; as mudanças ocorridas no mundo contemporâneo; a insuficiência do papel do Estado; o crescimento da violência urbana, dentre outros.

Em meio a todo este panorama surgem algumas instituições empresariais com um novo olhar sobre a forma de conduzir os negócios, dando uma nova conotação a responsabilidade social, como o GIFE,ETHOS,PNBE, IBASE, entre outras.

No final dos anos 70 por causa dos dilemas morais enfrentados por executivos, surgem preocupações de ordem ética pessoal na conduta dos negócios. As discussões sobre a ética empresarial de orientação normativa, vocabulário da filosofia (bem, mal, dever, justiça) começa a ser gradualmente substituído por uma terminologia mais sociológica (poder, legitimidade, racionalidade). Assim a idéia de responsabilidade social dissocia-se progressivamente da noção descrita de filantropia, e passa a referirem-se as conseqüências das próprias atividades usuais de empresa (KREITLON, 2004).

Segundo French (1995), a estrutura decisória interna da empresa sujeita a consciência ou a intenção dos homens de negócios que dirigem a organização. Assim, a responsabilidade social da empresa está associada diretamente a sua responsabilidade moral.

Nesse novo contexto configura-se uma mobilização do mundo empresarial, no sentido de desenvolver ações voltadas ao campo social, uma vez que não é mais possível pensar somente nas questões econômicas e financeiras, mas compreender que a sociedade exige e precisa de ações que venham ao encontro de suas necessidades e que estas não podem ficar alheias a esse processo.

Atendendo a esses anseios as empresas do terceiro setor (ONGs, instituições e movimentos sociais) desenvolvem o que se chama, hoje de Responsabilidade Social

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