A Economia e Negócios Inflação

ECONOMIA E NEGÓCIOS

INFLAÇÃO

Administração – Anhanguera.

Conceito de Inflação

A inflação é um fenômeno econômico que representa o aumento persistente generalizado do preço de vários produtos em um país ou região durante um período de tempo. Se por exemplo um montante de produtos custa R$100 reais em outubro, e passa a custar R$150 reais novembro pode-se notar que nesse caso ouve uma inflação de 50% no mês. Ela também representa a queda do poder aquisitivo do nosso dinheiro em relação a elevação dos preços de bens e serviços, quando a inflação está em um nível muito baixo ocorre-se a estabilização dos preços e assim o valor dos produtos se mantém baixo e não aumentam. A inflação já foi o grande drama da economia brasileira, por isso sempre merece atenção especial e acompanhamento do governo e da própria sociedade. A partir do ano 1980 vários planos fracassaram nas grandes tentativas de impedir o seu crescimento, mas desde o ano de 1994 com a implantação do Real, ela está relativamente sob controle.

Conceito de deflação

Deflação é o processo inverso da inflação, ou seja, aqui falamos de uma diminuição do índice de preços. Nesse caso dizemos que o valor da inflação assumiu um valor negativo, é importante ainda não confundirmos a deflação com a desinflação, pois no caso da desinflação os preços sobem, mais em ritmo mais lento. Embora o combate à inflação seja constante, períodos prolongados de deflação também pode ser ruim para a economia, uma das principais causas de deflações prolongadas é a recessão, ou seja, as crises econômicas como por exemplo esse momento delicado que estamos vivendo agora diante da pandemia do novo Coronavirus, nesses períodos de crise econômica os consumidores compram menos e forçam as empresas a produzirem menos. No Brasil poucas vezes passamos por períodos de deflação, o que contribui ainda mais para que seja um conceito bem distante da nossa realidade, esses cenários são mais comuns em países desenvolvidos.

Efeitos e consequências provocados pela inflação

A inflação alta é prejudicial para a economia de um país, quando a alta está fora de controle pode gerar diversos problemas e distorções econômicas, taxas de inflação altas são aquelas que ficam acima de 6% ao ano. Um dos efeitos dessa alta é a desvalorização da moeda do país, com a elevação da inflação a moeda vai perdendo o seu valor com o passar do tempo e os consumidores e trabalhadores que não tem reajustes constantes não tem condições de comprar os mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente.

Efeito da inflação sobre a distribuição de renda

A inflação provoca a redução do poder aquisitivo dos segmentos da população que dependem de rendimentos fixos e com prazo legal de reajuste. Por exemplo os assalariados que até a chegada de um novo reajuste ficam com seu poder de compra cada vez mais reduzido diante da alta da inflação. Os proprietários de imóveis alugados também são prejudicados, apesar de que em processos inflacionários os imóveis tendem a se valorizar, normalmente mais que a inflação, mais também por outro lado, aqueles que tem a renda livre como as empresas e especuladores, são favorecidos pelo processo inflacionário. Todos esses fatores contribuem para tornar mais injusta a repartição da renda na economia.

Efeito da inflação sobre o Balanço de Pagamentos

Se a inflação está alta e tem-se uma elevação nos preços se dá um ritmo superior ao do aumento de preços internacionais, produtos produzidos internamente podem ficar mais caros que os que são produzidos no exterior. Isso dificulta as exportações e estimula as importações, diminuindo assim o saldo da balança comercial. O governo pode promover as desvalorizações cambiais objetivando aumentar as exportações e reduzir as importações, como por exemplo o petróleo. Esse procedimento pode encarecer as importações de produtos, tais como o petróleo, o encarecimento pode elevar os custos de produção, podendo então ocorrer essa elevação de custos ser repassada para os preços.

Efeitos da inflação sobre os Investimentos Empresariais

A inflação indiretamente todos os investimentos, sejam eles renda fixa ou renda variável, pois diretamente no poder de compra. Sendo assim, acompanhar os índices de inflação tornou-se fundamental para se observar a rentabilidade real dos investimentos. Além disso o impacto é ainda mais direto nas aplicações indexadas ao IPCA ou IPG-M, como é no caso do Tesouro IPCA+ e dos fundos imobiliários. No entanto, esses investimentos ajudam a preservar o poder de compra do investidor, servindo como alternativa para protege-lo da inflação.

Indiretamente, existem ações que repassam a inflação a seus acionistas, pois algumas empresas têm uma maior facilidade em repassá-la para os preços de seus serviços e produtos. É o caso de companhias dos setores de consumo e utilidades públicas, como concessionárias de energia elétrica e estações de tratamento de água e esgoto.

Efeitos da Inflação sobre o Mercado de Capitais

A inflação provoca redução do poder de consumo dos seguimentos da população que dependem de rendimentos fixos com prazo legal de reajustes.

Se a inflação fosse baixa demais ou quase nula, o que aconteceria? Parece até ironia dizer que a inflação baixa é ruim, ainda mais num país como o Brasil. O que explica isso é que sendo baixa de mais a inflação poderia gerar a ʺdeflaçãoʺ. Quando os preços caem demais, as pessoas deixam de consumir e passam a poupar, acreditando que o dinheiro valerá mais no futuro, assim consumo se retrai, as empresas param de produzir, de contratar, começa a haver queda na produção, desemprego, e o salário diminui, fazendo com que a economia se desloque para baixo.

Causas da Inflação

Uma das causa da inflação é o aumento do papel-moeda, pelo Governo, para que isso possa cobrir os gastos. Quando isso ocorre, há um maior volume de dinheiro em circulação no mercado mas não há criação de riqueza ou aumento de produção.

Nestes casos, é exigida maior quantidade de dinheiro para adquirir a mesma quantidade de produto, resultando em inflação.

Também são causas da inflação a demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país e o aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão de obra) dos produtos.