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A Estratégia na História - Teorias e ferramentas estratégicas explicadas a partir dos fatos históricos do século XX

Por:   •  22/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.481 Palavras (6 Páginas)  •  555 Visualizações

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FACULDADE PALOTINA - FAPAS

Curso de Administração - 8º semestre

Disciplina: Gestão Estratégica

Acadêmicos: Catiucia, Marizane e Paulo

Professora: Michele Freitas 

A ESTRATÉGIA NA HISTÓRIA - TEORIAS E FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS EXPLICADAS A PARTIR DOS FATOS HISTÓRICOS DO SÉCULO XX

O século XX foi dividido em quatro períodos, cujos acontecimentos são significantes, do ponto de vista histórico e estratégico. A seguir, falaremos sobre cada um deles:

1º Período (1900 – 1939): Estratégia ou administração científica?

É importante ressaltar o contexto econômico, o Racionalismo e a 1ª Guerra Mundial, como fatores decisivos na formação dos estrategistas. Nesse período, o pensamento estratégico “confundia-se” com as funções do administrador, descritas pela Escola da Administração Clássica.

No início do século XX, os chamados fundadores da Administração Científica – Taylor, Fayol etc. – através das ideias racionalistas, a organização e execução das tarefas passam a serem afetadas, isto é, o gerenciamento dos negócios passa a adquirir um caráter técnico-científico, buscando obter o máximo de rendimento produtivo por operário.

No campo da economia, o início do século XX ainda refletia as grandes mudanças ocorridas na metade do século XIX, transformando a economia de rural e agrária para industrial e urbana.

A 1ª Guerra Mundial também influenciou na atividade estratégica do período. A guerra em massa exigia a produção em massa, que também deveria ser organizada e administrada. Acelerou-se o processo tecnológico dos países envolvidos (aeronáutica e computadores), assim como em ferramentas de administração.

A Guerra incentivou os países industriais a realizar fusões, as quais eram apoiadas pelos governos, que pretendiam otimizar a utilização da matéria-prima, do capital e força de trabalho.

O contexto histórico descrito acima ajuda na compreensão do tipo de “estrategista” existente na época. Os executivos dessa época eram generalistas, entendendo um pouco de cada área. Um bom administrador seria alguém que planejasse cuidadosamente seus passos, que organizasse e coordenasse racionalmente as atividades de seus subordinados e soubesse comandar e controlar as atividades.

A forma organizacional dominante do período era a funcional, uma estrutura centralizada, vertical e integrada, que servia para gerenciar funcionários com tarefas altamente especializadas.

2º Período (1939 – 1960): A consolidação do planejamento estratégico e dos administradores profissionais.

Em 1939, começaria a 2ª Guerra Mundial, a qual foi um grande desafio para o pensamento estratégico, pois a necessidade de se acumular recursos escassos exigiu uma evolução nas técnicas de gerenciamento, como a programação linear, a análise quantitativa etc.

O impacto que a 2ª Guerra Mundial provocou na estratégia é refletido no alinhamento da Harvard Business School aos objetivos do governo norte-americano. Lançaram um programa destinado a treinar experientes executivos de negócios sobre como adaptar as atividades empresariais em tempos de guerra.

A 2ª Guerra deixou um saldo devastador: um custo material superior a um bilhão de dólares, e um mundo arrasado e dividido entre capitalistas e socialistas. Essa destruição causada pela 2ª Guerra levou a uma demanda excessiva, pois recuperar-se da guerra era a prioridade esmagadora dos países europeus, forçando as empresas dos EUA a se expandirem e pensarem no mercado internacional.

A dispersão geográfica das firmas, obrigou as empresas a fazer a divisão entre matriz e filiais para atender à nova demanda mundial. Essas forças resultaram nessa nova forma organizacional, a divisional, que possibilitou às empresas atenderem a mercados relacionados com produtos e serviços diferenciados.

Após a 2ª Guerra, houve uma reestruturação e reforma do capitalismo além de um avanço na globalização e internacionalização da economia, o que multiplicou a capacidade produtiva mundial, tornando possível uma divisão de trabalho internacional mais elaborada e sofisticada.

A diversificação e as mudanças tecnológicas aumentaram a complexidade das situações estratégicas. De um lado, mais e mais pessoas estavam sendo envolvidas no processo de tomada de decisão; de outro, aqueles que detinham a autoridade final e que realmente decidiam estavam se afastando das operações do dia-a-dia das organizações. Consequentemente, uma das mudanças que ocorreu na administração foi a introdução de um nível de gerência intermediário, que representava, perante os outros funcionários, a equipe dos altos executivos, agora somente responsável pela decisão das grandes metas.

A 2ª Guerra também incentivou a formalização do planejamento estratégico para direcionar as decisões gerenciais. A gestão não significava um comportamento passivo e adaptativo, e sim, uma ação intencional que buscava os resultados desejados. Na era das multi-divisons, administrar implicava na responsabilidade de tentar moldar o ambiente econômico, para planejar, implementar e consolidar mudanças no próprio ambiente e assim garantir a liberdade de agir das empresas. Essa ideia tornou-se o foco da estratégia de negócios da época, onde as empresas, por meio do planejamento estratégico formal, poderiam exercer algum tipo de controle sobre o ambiente.

3º Período (1961 – 1984): A estratégia dominada pelas consultorias e pelo ambiente.

A fim de continuar com retornos altos, comuns no pós-guerra, a terceira geração de gerentes profissionais que se formava, se apoiava em duas grandes estratégias: uma de aperfeiçoar os produtos e processos; e a outra de diversificar, de entrar em mercados ainda não explorados que pudessem dar altos retornos, mesmo que não relacionados aos negócios da empresa. A pesquisa acadêmica do período se concentrava em temas como crescimento, expansão, aquisição, diversificação e controle dos conglomerados. No que concerne à estrutura organizacional, o movimento da padronização para a customização continuou no final dos anos 60 e 70, quando as firmas adotaram formas organizacionais mistas. A administração começou a utilizar muito mais a estatística para medir o desempenho e o retorno.

Na academia, iniciaram-se as discussões sobre como alinhar as forças e fraquezas da empresa com as oportunidades e ameaças do mercado. As tarefas básicas dos estrategistas da época envolviam: (a) a avaliação das condições do ambiente e tendências nas oportunidades e ameaças; (b) a determinação das forças e fraquezas competitivas para atuarem com determinados produtos e mercados, entre outras opções.

Os anos 70 foram caracterizados por uma combinação de estagnação e inflação. A comunidade de negócios retornou aos métodos conservadores de gerenciamento, afastando-se da diversificação e aproximando-se da disciplina dos sistemas de controle financeiros. Ao mesmo tempo, havia a percepção que as empresas deveriam aumentar sua parcela de mercado no seu negócio principal, e utilizar o fluxo de caixa desse negócio para impulsionar outros produtos. Nesse período, o planejamento estratégico foi protagonizado pelas consultorias.

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