A Filosofia e Ética
Por: Arte Print • 27/8/2017 • Trabalho acadêmico • 1.411 Palavras (6 Páginas) • 353 Visualizações
Para realizar esta atividade, você precisará ter acesso ao livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chauí (Unidade 6, caps. 1 e 2).
Explique os seguintes conceitos: cosmologia, Metafísica, Ontologia, Mundo das Ideias(essências) de Platão e, de Aristóteles, os conceitos: essência e acidente, ser e substância, devir e as 4 causas (material, formal, eficiente e final).
R: Segundo Marilena Chauí, o conceito de cosmologia é a explicação da origem da natureza pela existência de um ou alguns elementos naturais (terra-seco, agua-úmido, ar-frio, fogo-quente), todas que por sua força interna natural, se transformavam, dando origem a todas as coisas e aos homens. Os primeiros filósofos consideravam os elementos originários como forças divinas, mas já não eram personalizadas, nem sua ação explicada por desejos, paixões e furores.
Sua visão sobre metafisica vem de encontro com do conhecimento da realidade de todos os seres, ou da essência de toda a realidade, busca pelo princípio e as coisas fundamentais de tudo, tratando de questões que, em geral, não podem ser confirmados pela experiência direta. As Indagações da Metafísica:
- Por que há seres em vez da nada? A metafísica surge para indagar o porque das coisas, como por exemplo, o nada e o ser.
- A pergunta pelo que é. E uma investigação filosófica que procura respostas para o que existe é a natureza das coisas.
- A metafísica possui dois sentidos. A existência de algo, de modo que a pergunta se refere a existência da realidade e pode ser transcrito como: o que existe?
O conceito de ontologia, na visão da autora, diz que a expressão grega ta onta significa as coisas existentes, os entes, os seres. No singular, ta onta se diz to on, que é traduzida por: o ser. Os primeiros filósofos ocupavam-se com a origem e a ordem do mundo, o kosmos, e a filosofia nascente era uma cosmologia. Pouco a pouco, passou-se a indagar o que era o próprio kosmos, qual era o fundo eterno e imutável que permanecia sob a multiplicidade e transformação das coisas. Qual era e o que era o ser subjacente a todos os seres.
O mundo das ideias (essências) de Platão, prevê a lógica, que Platão dedicou a sua obra à resolução do impasse filosófico criado pelo antagonismo entre o pensamento de Heráclito de Éfeso e o de Parmênides de Eléia. Platão considerou que Heráclito tinha razão no que se refere ao mundo material e sensível, mundo das imagens e das opiniões. A matéria, diz Platão, é, por essência e por natureza, algo imperfeito, que não consegue manter a identidade das coisas, mudando sem cessar, passando de um estado a outro, contrário ou oposto. O mundo material ou de nossa experiência sensível é mutável e contraditório e, por isso, dele só nos chegam as aparências das coisas e sobre ele só podemos ter opiniões contrárias e contraditórias. O verdadeiro é o Ser, uno, imutável, idêntico a si mesmo, eterno, imperecível, puramente inteligível. Eis por que a ontologia platônica introduz uma divisão no mundo, afirmando a existência de dois mundos inteiramente diferentes e separados: o mundo sensível da mudança, da aparência, do devir dos contrários, e o mundo inteligível da identidade, da permanência, da verdade, conhecido pelo intelecto puro. O mundo das ideias ou das essências é o mundo do Ser; o mundo sensível das coisas ou aparências é o mundo do Não-Ser. O mundo sensível é uma sombra, uma cópia deformada ou imperfeita do mundo inteligível das ideias ou essências.
Já o mundo das ideias (essências) de Aristóteles, a busca em sua metafísica é definir os campos do conhecimento, separando-os por sua finalidade. Nesse sentido, podemos destacar, de um lado, a ciência (epistéme, ou seja, o conhecimento verdadeiro, de natureza científica, em oposição à opinião infundada ou irrefletida) e, de outro, a ação (práxis,que é o conhecimento voltado para as relações sociais e as reflexões políticas, econômicas e morais. e poíesis, ação ou a capacidade de produzir ou fazer alguma coisa, especialmente de forma criativa). Todos esses campos do saber constituem a filosofia, pois esta se ocupa de tudo que circunda e faz parte da vida humana, visto que, segundo Aristóteles, a filosofia e a ciência eram uma única coisa. Costuma-se dizer que Aristóteles “traz ideias do céu a terra” porque, para rejeitar a teoria das ideias de Platão, reuniu o mundo sensível e o inteligível no conceito de substância: cada ser que existe é uma substância.
Além disso, Chauí, define os conceitos de essência e acidente, ser e substância da seguinte forma:
Essência e Acidente: Essência é a unidade interna e indissolúvel entre uma matéria e uma forma, unidade que lhe dá um conjunto de propriedades ou atributos que a fazem ser necessariamente aquilo que ela é. Assim, por exemplo, um ser humano é por essência ou essencialmente um animal mortal racional dotado de vontade, gerado por outros semelhantes a ele e capaz de gerar outros semelhantes a ele, etc.; O acidente, é uma propriedade ou atributo que uma essência pode ter ou deixar de ter sem perder seu ser próprio. Por exemplo, um ser humano é racional ou mortal por essência, mas é baixo ou alto, gordo ou magro, negro ou branco, por acidente. A humanidade é a essência essencial (animal, mortal, racional, voluntário), enquanto o acidente é o que, existindo ou não existindo, nunca afeta o ser da essência (magro, gordo, alto, baixo, negro, branco). A essência é o universal; o acidente, o particular;
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