A GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL
Por: Márcio Campos • 4/9/2020 • Seminário • 514 Palavras (3 Páginas) • 108 Visualizações
Universidade Federal Fluminense
Curso: Administração Pública
Disciplina: Gestão ambiental e social
Brumadinho – A tragédia previsível
No último dia, 25 de janeiro de 2020, completou o primeiro ano do maior crime ambiental ocorrido em território brasileiro. Sua magnitude, repercutiu nas grandes mídias, em diversos países do mundo.
O mais espantoso que este fato já estava sendo esperado, ou, sendo ocultado diante de nós, meros cidadãos comuns. A causa do rompimento anunciado camuflou a verdadeira razão. Pois, sabemos, que nós só em Brumadinho, mas em outras diversas barragens estão sendo negligenciadas pelo poder público em pró da lógica capitalista de exploração e maior lucro rentável, e isso, é custe o que custar.
Nem os maiores especialistas tem dados concretos sobre o dano que este fato tem nos custado. Mesmo que se tenha alguns números em uma tela de computador, não se tem a real dimensão dos danos causados na natureza.
Mais de 300 pessoas assinadas, mais de 4 mil animais, milhares de hectares devastados e ninguém foi preso e o que se sabe-se das indenizações são infames diante desta imoralidade.
Mesmo com este grande desastre, as medidas legislativas não sentiram compaixão com tamanha seriedade. Parece-nos que este fato já foi esquecido pelas nossas autoridades, pois, nem nos maiores meios de comunicações a tragédia não causa mais impacto. E o que vemos será mais uma desgraça na nossa triste história de negligências.
Segundo a empresa responsável por diversas barragens, inclusive, a da própria Brumadinho, tem feito seu papel político de tentar amenizar a imprudência deste crime ambiental nos proporcionou. Em seu site, a Vale, fala em descaracterização das barragens, projetos tecnológicos para que o Estado brasileiro busque outras alternativas para geração de energia mais segura, dentre outras medidas.
O que vimos foi: A Vale também concluiu a construção de estrutura de contenção para a barragem Sul Superior na cidade de Barão de Cocais, enquanto a construção de estruturas de contenção para as barragens B3/B4 e Forquilhas serão concluídas no 1S20, aumentando as condições de segurança nas áreas a jusante das barragens e permitindo que os trabalhos de descaracterização se iniciem a seguir. http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/vale-informa-sobre-atualizacao-do-plano-de-descaracterizacao-das-barragens.aspx
A administração pública brasileira, representada pelo ente federativo da União, se calou. Como cumplice dessa covardia e da sua omissão fiscalizadora silenciou-se diante do caos. É certo que, o peso do resultado dessa tragédia está na ‘conta’ destes administradores, porque sobre eles estavam o dever garantidor de estarem cientes das situações estruturais da barragem e a segurança dos que trabalhavam ali e daqueles que viviam em seu entorno, quanto de todos que dependiam desta barragem que foram ceifados.
A Comissão de Inquérito Parlamentar sobre Brumadinho, em, 05 de novembro de 2019, aprovou seu relatório final por unanimidade. Serão indiciadas as empresas responsáveis (Vale e Tüv e Süd) e mais 22 duas pessoas, dentre elas o presidente da Vale, que sabemos, terá em seu poder os milhares respaldos jurídicos em suas diversas instâncias que prorrogarão seu julgamento até que caia no esquecimento e assumamos a mais esta humilhação social. Neste dia, foi lembrado de outro grande crime ambiental, a tragédia de Mariana (completou 4 anos), não sendo suficiente para que Brumadinho não viesse acontecer.
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