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A GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES DE TRABALHO

Por:   •  15/5/2019  •  Resenha  •  1.120 Palavras (5 Páginas)  •  283 Visualizações

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Faculdade Novos Horizontes

Mestrado Acadêmico em Administração

Gestão de Pessoas- 1º bimestre/ 2014

Prof. Fernando Coutinho

Data de entrega: 11 mar. 2014

Flávia Helena de Faria[1]

Avaliação como requisito parcial para aprovação da disciplina: GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES DE TRABALHO

Com base no texto " O discurso organizacional: constructo sedutor para apreensão de talentos" responda as seguintes perguntas:

  1. DESCREVA COMO A ORGANIZAÇÃO MODERNA PROMOVE UM NOVO E HIPERMODERNO AUTORITARISMO.

A capacidade de realizar tarefas proporciona ao indivíduo condições de viver uma ordem coletiva diretamente relacionada às amarras de um laço social. Este processo é historicamente percebido e enfaticamente presente na relação entre organização e trabalhadores desde a mais-valia, aos processos de manufaturas, chegando ao capitalismo industrial em um crescente e constante cenário de produção. Traços marcantes como alta jornada de trabalho, condições precárias para mulheres e crianças são pontos fortes para afirmar a submissão já assistida naquela época. O sistema Toyotista transformações consideráveis a respeito do cognitivo, mas com fundamento de resgatar o intelecto do trabalhador.

Se para este momento da história associava-se o castigo como punição, hoje a organização moderna cruelmente introjeta no individuo sentimentos de amor para fideliza-lo, como consequência a submissão a todos os interesses organizacionais e acentuando um aprisionamento emocional através de linguagens e imagens altamente sedutoras, até o momento que haja perda da identidade do sujeito.

Os motivos que leva o indivíduo a pertencer ou se inserir neste processo podem ser relatados como o alcance de um lugar desejado por muitos e também o receio da perda do espaço conquistado. A grande consequência percebida neste cenário é a alienação dos atores envolvidos nesta narrativa utilizada pelas organizações de sedução, reafirmando de forma atemporal o sucesso organizacional, com valores que não deixariam a empresa chegar ao fracasso de forma alguma. Diante de tudo, o indivíduo processa uma referência de identificação idealizando este pertencimento proposto com garantias de status e uma vida simbolicamente reconhecida.

Vivendo atraído constantemente pelo desejo de uma carreira fascinante, a organização insere o indivíduo no jogo de fascínio, moldando o sujeito, que manipulado todo o tempo deixa de sentir e maquiavelicamente perde sua capacidade de decidir, construir e se sujeita aos procedimentos perversos impostos pela organização.

Na proporção que a organização introjeta sentimentos de pertencimento “aquele grupo desejado” a fim de obter um reconhecimento social do indivíduo, ela resgata sua personalidade deixando nulas suas defesas e assim sem condições de preservar sua consciência de vida em liberdade. O controle de suas ideias é governado e dominado muitas vezes sutilmente pela organização. Totalmente submisso a este controle, o indivíduo se constrói participando impostamente com o coletivo, condicionado a aceitação do grupo, mas estas práticas são apenas representadas, porque a tensão constante permanece estreita e muitas vezes torna o sujeito pouco cooperativo, sem ações coletivas, refletidas por competição e concorrência, determinando comportamentos isolados.

Contudo, no momento da historia moderna, que a autonomia poderia ser o caminho para o progresso do sujeito, percebe-se que abstratamente as organizações propõe uma liberdade vigiada, colocando o trabalhador como figura ativa em um jogo perigoso de identificação ideológica com os interesses organizacionais. Dentro do  discurso de uma organização absoluta, pra sempre segura, que nunca chegará a falência, que permitirá a realização pessoal, ela resgata do sujeito sua identidade. Promete através do fascínio condições de realizações pessoais, mas com a utilização de Novas Tecnologias da Informação controla intempestivamente, ações e sentimentos dos atores, configurando um autoritarismo implícito nas relações de trabalho.

Assumindo um papel intermediário de apaziguadora dos conflitos existentes entre o sujeito e o seu mundo, a organização hipermoderna profetiza seus valores como orientadores do mundo enfaticamente melhor, com princípios básicos para a vida social, apontando para os avanços importantes para sociedade. Traça o caminho que o indivíduo deverá percorrer, colaborando inteiramente, numa doação total eu vai além de interesses econômicos para este sujeito. Os valores chegam ao nível de reconhecimento e aceitação social.

A realização pessoal percebida na sociedade hipermoderna é o preenchimento da lacuna deixada pelas organizações do passado. Se a empresa hipermoderna proporciona estas condições, torna-se autoritária, ditadora de regras e projeta no sujeito um sentimento forte de crença, transformando sua vida organizacional a sua identidade pessoal.

2-PORQUE A ORGANIZAÇÃO TORNA-SE UM LUGAR SAGRADO PARA O INDIVÍDUO?

A organização moderna a todo instante provoca e traz para o indivíduo traços fortes e marcantes de subjetividade. Busca a fidelidade do sujeito num processo desmedido de resgate da sua identidade. Toca o mais profundo dos seus sentidos. Através de uma imagem dócil, maternalista, que vai amparar e proteger o sujeito e confirmando que seu futuro está seguro suas mãos. Através destas características fraternas, a organização conduz o indivíduo a idealizar o futuro da sua vida e das suas realizações unicamente se fizer parte do “mundo da organização”.

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