A GESTÃO DE RH QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

INTRODUÇÃO

Este estudo abordara o tema “QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO”. A instituição NATURA foi escolhida para o desenvolvimento deste trabalho, por ser reconhecida como líder no mercado de cosmético.

A qualidade de vida no trabalho está relacionada ao nível de felicidade que deriva da carreira de uma pessoa. Cada pessoa tem necessidades diferentes quando se trata de suas carreiras e o nível da sua qualidade de vida no trabalho é determinado pelo atendimento dessas necessidades.

Para Chiavenato (2004) “a Qualidade de Vida no Trabalho assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho; e, de outro, o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potencias sobre a produtividade e a qualidade”.

Onde uma empresa só conseguirá satisfazer os seus clientes externos, quando ela se comprometer em satisfazer as necessidades dos seus clientes internos, que são os grandes responsáveis pelos produtos e pelo sucesso da organização.

 “Como afirma o consultor dinamarquês Claus Möller (2001):”. “Coloque os empregados em primeiro lugar e eles colocarão os consumidores em primeiro lugar”.  Porque nos dias atuais é quase impossível pensar em bons resultados para a empresa, que passam primeiro pelas pessoas que estão envolvidas no trabalho.  Um funcionário motivado, capacitado e bem remunerado, apresenta melhores resultados para a empresa.

Neste sentido, a Qualidade de Vida no Trabalho é vista como estratégia competitiva de diferencial de mercado, cujo desenvolvimento através de programas pode elevar o nível de satisfação do colaborador e contribuir, consequentemente, na lucratividade das organizações.

Enquanto algumas pessoas podem se contentar com um simples emprego de salário mínimo, desde que ele ajude a pagar as contas, outras achariam tal trabalho muito tedioso ou com muito trabalho braçal, tornando-o altamente insatisfatório.

Embora os requisitos para uma elevada qualidade de vida no trabalho variem de pessoa para pessoa, alguns fatores são necessários para que todos possam ter uma alta qualidade de vida no trabalho. Esses fatores mínimos são o equivalente à saúde, alimentação e abrigo para a qualidade de vida padrão, no entanto, eles são mais específicos para carreiras ou empregos. Por exemplo, para ter uma elevada qualidade de vida no trabalho, uma pessoa tem de ser respeitada. Colegas e funcionários de alto nível devem tratá-la de forma justa e educada.

O trabalho não deve causar qualquer desconforto físico ou angústia mental ao empregado. Ele deve sentir-se como se estivesse fazendo algo agradável ou pelo menos não desagradável.

Deve sentir que o salário pago é suficiente para o trabalho que ele está fazendo. Finalmente, ele deve se sentir valorizado ou apreciado, como se estivesse fazendo algo de importância para a empresa.

Segundo Fernandes e Gutierrez (1998) a Qualidade de Vida no trabalho é afetada, ainda, por questões comportamentais que dizem respeito às necessidades humanas e aos tipos de comportamento do individual no ambiente se trabalho, de alta importância, como, entre outros, variedade, identidade de tarefa e retro informação.

Problema que se pretende estudar é se a implantação da qualidade de vida no trabalho poderá influenciar na lucratividade da empresa?

A mentalidade empresarial não esclarecida pode apresentar-se carregada de ideias exploratórias, cuja relação trabalho: custos X benefícios não são bem percebida e, consequentemente, não é bem praticada. A classe empresarial tende a não compreender a visão da existência de um ganho ainda maior de lucro (afinal, esse é e sempre será o objetivo principal das organizações lucrativas).

O objetivo geral desse trabalho é apresentar como as organizações conciliam a vida profissional de seus colaboradores com a vida pessoal para que possam atingir uma boa qualidade de vida.

Como objetivo específico, destacar como as organizações fazem para evitar que a busca da produtividade se converta em estresse, bem como quais as dificuldades e obstáculos que as organizações enfrentam para a adequada implantação de programas de Qualidade de Vida no Trabalho.

Foram utilizados métodos como pesquisas online, matérias em revistas e visita técnica para presenciar a experiência e dedicação de atingir padrões de qualidade, cada vez mais elevados no trabalho sem abdicar da qualidade de vida.

1 HISTÓRIA DA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS

Em 28 de agosto, de 1969 Luiz Seabra com seu sócio Jean Pierri Berjeaout fundou a indústria de cosmético Berjeaout LTDA que em poucos meses passou a se chamar NATURA, Por sua participação de ativos vegetais na composição de seus produtos situada na rua Oscar Freire, em São Paulo.

Com um laboratório e uma pequena loja o atendimento era feio pelos próprios fundadores, esse foi o primeiro endereço da fábrica tendo nele cerca dez colaboradores. Com o atendimento e pesquisas feitas com seus próprios clientes eles constataram que os cosméticos tinham um potencial transformador. Tinham como objetivo a qualidade de seus produtos visando à satisfação de seus clientes.

Apesar das dificuldades e limitações de produtividade em maior escala seus clientes apresentam, seus produtos a sociedade cada vez mais exigente, e obtendo uma ótima aceitação com isso entusiasmava cada vez mais seus fundadores, mesmo com o desconhecimento dos princípios ativos da origem natural, a empresa ia à contra mão do mercado.

Assim levou a empresa a expandir seus negócios, abrindo uma rede de franquias, como o mesmo critério abordado na primeira loja, ou seja, com vendas diretas e atendimento personalizado.

Segundo Seabra, Leal e Passos (2008) o fundamental é que possamos viver este momento do mundo e da nossa história, vigorosamente empenhados na expressão mais ampla da identidade de nossa empresa, dos nossos ideais e sonhos. Que possamos ser impulsionados pela força de nossa união e pela convicção de que, a partir do microcosmo, o fundamental representado pelo indivíduo, pode-se transformar o mundo.

Com o entusiasmo e pelos resultados da extraordinária aceitação dos produtos no mercado surgiram pessoas interessadas em serem consultoras e houve a necessidade de fazer treinamento e manuseios dos produtos para as consultoras. E em 1974 foi optado fazer a venda direta.