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A Gestão da Qualidade e processos

Por:   •  2/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.952 Palavras (8 Páginas)  •  84 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

        

Matriz de análise

Disciplina: Gestão da Qualidade e processos

Módulo:

Aluno: Vagner Pereira de Oliveira

Turma: POSADM_OSASCO_35N

Tarefa: Desenvolver plano de ação e aplicar conceitos da disciplina na empresa Super insumos

Introdução

A alta concorrência exige cada vez mais planejamento estratégico das empresas para enfrentar e se posicionar no mercado. Para isso são necessárias decisões que garantam qualidade e valor em todas as etapas e estruturas corporativas. É com essa visão global, que a consultoria proposta apresenta uma análise da empresa Super Insumos e uma proposta com ações estratégicas visando sanar falhas pontuais e vislumbrar avanços de mercado e valor da marca.

O diagnóstico realizado teve como premissa realizar um benchmarking interno e externo e pontuar as falhas ou oportunidades através de ferramentas de gestão em qualidade, utilizando o Diagrama de  Ishkawa (Causa e Efeito), 6M´s (Método, Matéria-prima, Mão-de-obra, Máquinas, Medição e Meio Ambiente) e 5W2H, que agrega informações sobre as ações, responsabilidades, objetivos e custos.

Além da identificar os problemas e avaliar possíveis soluções, é necessário manter a gestão da qualidade em seus diversos âmbitos, portanto entende-se como relevante a implantação de um sistema completo de qualidade, como é o Six Sigma, de forma a criar checagens constantes e uma cultura incorporada da qualidade.

Os entendimentos para a Super Insumos, especialmente em relação ao projeto de desenvolvimento associado ao programa de fornecedores do cliente Mega Aço Empreendimentos, que exige um alto padrão de qualidade, visam estabelecer novos mecanismos de controle e satisfação tanto dos clientes internos como externos, determinando os mais altos padrões para os produtos e serviços que executa.

Essa reformulação, que é detalhada na apresentação a seguir, deve garantir um posicionamento de mercado para a Super Insumos, que deve se manter confiável e equilibrada em termos de custos, preços, nível e qualidade, sendo reconhecida por seu valor e contribuição econômica e social.

Reavaliações constantes ou análises pontuais podem gerar novas questões e a necessidade de readequações, o que a estrutura elaborada permite e essa consultoria considera como extremamente saudável e positivo.t

negócios, proporcionando maior competitividade e fidelização aos seus clientes.

Abaixo segue os pontos que serão abordados nesse trabalho:

Desenvolvimento – identificação das ações necessárias para superação das questões apresentadas pela Super Insumos.

BENCHMARKING

Antes de definir quais medidas tomar é fundamental que seja realizado um diagnóstico o mais completo e detalhado possível, portanto uma combinação de ferramentas pode identificar as falhas, os processos e as responsabilidades. Porém, essa não é uma análise que tem um fim em sí mesmo, pois deve ser contínua.

O benchmarking é esse processo contínuo e sistemático de avaliação de produtos e processos de trabalho em organizações como forma de identificação das melhores práticas e com a finalidade da melhoria organizacional. Os tipos de benchmarking são:

Interno: voltado para a própria organização, entre suas unidades ou departamentos;

Competitivo: como forma de comparação entre empresas e determinante para a avaliar a concorrência;

Funcional: que é uma forma de identificar as melhores práticas em uma área específica, mesmo que em organizações de segmentos distintos;

Genérico: permite identificar melhores práticas mediante uma reputação de excelência em uma área específica.

Mediante esses parâmetros e outras percepções empíricas, que podem ser apontadas pelos colaboradores em rodadas de brainstorming, um método que estimula a participação de todos para identificar soluções para problemas encontrados na empresa, e inspirar uma gestão mais participativa. Cabe aos gestores realizar a triagem e adaptações como forma de customizar ao estilo e objetivos financeiros, técnicos e administrativos da empresa (COSTA, 1991).

DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO – 6M

O Diagrama de Ishikawa, também chamado de Diagrama de Causa e Efeitos, espinha de peixe ou denominado como ‘6M’, referência à classificação dos seis tipos de identificação de problemas (LOBO, 2012):

  • Método: toda a causa envolvendo a forma de execução do trabalho;
  • Matéria-prima: toda causa que envolve o material que estava sendo utilizado no trabalho;
  • Mão-de-obra: toda causa que envolve uma atitude do colaborador (procedimento inadequado, pressa, imprudência, ato inseguro e demais);
  • Máquinas: toda causa envolvendo o equipamento operado;
  • Medida: toda causa que envolve os instrumentos de medida, calibração, efetividade de indicadore ou acompanhamento e frequência necessária.
  • Meio ambiente; toda causa que envolve o meio de trabalho (poluição, calor, poeira, iluminação, espaço, dimensionamento, etc.).

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Diante da análise de causa e efeito realizada para a Super Insumos, conforme apresentado no Gráfico acima, foi possível identificar entre as principais razões:

  • Falta de padronização em processos, materiais e fornecedores, o que implica em mais consequências em diferentes áreas;
  • Falta de integração entre as áreas, por falhas de comunicação, informação e políticas claras, em relação à sustentabilidade ou recursos humanos, por exemplo.

CICLO PDCA

Um dos métodos mais utilizados como controle e padronização da qualidade é o Ciclo PDCA, que tem como objetivo a melhoria contínua de qualquer processo, por meio do desenvolvimento de atividades planejadas de forma eficaz e visando o crescimento organização. Cada uma das letras do nome do ciclo representa um passo a ser seguido (NEVES, 2007), conforme apresenta-se como adequação a ser implementada na Super Insumos:

PLAN – O primeiro passo é o estabelecimento de um planejamento com base em diretrizes e políticas da empresa, considerando três fases: fixação dos objetivos; definição do caminho a ser trilhado para atingir o objetivo; definição do método a ser utilizado. Esse plano é a forma de evitar falhas e otimizar tempo para a sequência.

DO – O segundo passo é a execução, que deve ocorrer mediante treinamento de todos os envolvidos no trabalho, e posterior coleta de dados para avaliação. Para isso é fundamental que o planejamento seja seguido à risca.

CHECK – O terceiro passo se caracteriza pela verificação dos resultados alcançados e mensuração dos dados coletados. Essa etapa deve ser realizada concomitantemente ao plano para que seja possível controlar ou corrigir possíveis desvios, além de garantir um controle mais preciso.

ACT ou ACTION – Última fase do PDCA se caracteriza por ações corretivas identificadas nos passos anteriores e o estabelecimento de melhorias do sistema, de forma global, ou readequações de métodos pontuais de trabalho ou processos.

Nesse ponto podem ser utilizadas métricas e descobertas feitas no brainstorming e benchmarking, delineando assim as escolhas mais assertivas para alcançar as metas e consolidar os caminhos para os objetivos traçados, seja em relação às técnicas operacionais ou voltadas às competências.

Silva (2006) entende que a metodologia PDCA é uma forma de gestão que atende a duas frentes, a previsibilidade e a competitividade, pois podem ser aplicadas com dois tipos de metas:

  • Metas para manter (previsibilidade): metas padrão, faixa aceitável de valores para o item de controle considerado, representando especificações do produto provenientes de clientes internos e externos à empresa. Visam a consistência dos produtos/serviços;
  • Metas para melhorar (competitividade): as metas vêm do mercado, resultam da vontade do cliente. O mercado sempre deseja um produto cada vez melhor, a um custo cada vez menor e entrega cada vez mais precisa. Visam a melhoria, ao longo do tempo.

PLANO DE AÇÃO – 5W2H

A técnica 5W2H, desenvolvida na Toyota como uma ferramenta auxiliar ao PDCA, consiste em fazer as perguntas: O que será feito (What), Por que será feito (Why), Onde será feito (Where) e Quando será feito (When), os 5 W; e  Como será feito (How) e Quanto custará fazer (How Much), os O 2H. Na verdade, o método funciona como um checklist dos processos a fim de avaliar todas as etapas, justificativa, local, tempo, responsabilidade, método e custo (SILVA et al, 2013).

A técnica pode ser usada visando um objetivo específico a ser solucionado ou de forma livre para gerar a participação dos colaboradores e captar novas ideias para o negócio. A vantagem na utilização dessa ferramenta é que fácil, rápida, não demanda equipamentos ou modificações de processos, além de evitar erros e prejuízos.

No caso da Super Insumos ela foi utilizada como uma proposta geral de aplicação para os problemas globais identificados dentro das seis métricas avaliadas. Considerando cada um dos pontos de abordagem, a ferramenta pode ser utilizada novamente como detalhamento específico do problema ou da área.

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SIX SIGMA

Baseadas no Ciclo PDCA e originário do Sigma, uma medida de qualidade para identificar quantos dos dados apresentados atingem os requisitos dos clientes, o Six Sigma é considerado o programa de qualidade do séxulo XXI, pois permite melhorar processos, desenvolver projetos baseados, pois utiliza um conjunto de métodos e ferramentas estatísticas que permitem analisar e controlar dados de falhas, variações nos produtos e processos produtivos, além de contribuir para a implantação de uma filosofia voltada à qualidade em todos os integrantes (WERKEMA, 2002).

Welch (2001) afirma que o Sigma impulsiona a melhoria da liderança, ao fornecer instrumentos para que se raciocine sobre assuntos difíceis e é capaz de fazer com que uma ideia mude completamente uma empresa, deslocando todo o seu foco e organização com propósito no cliente (seja interno ou externo). Nem todas as empresas necessitam operar no nível Sixs Sigma, já que cada empresa deve determinar o nível apropriado e estratégico para o seu processo e conforme o custo de implementação da melhoria, mas o conceito gera facilidade, redução de custo e um nivel de excelência que agrega valor.

Considerando que a Super Insumos tem expectativa de atingir um novo padrão de atendimento e negócios, a partir de sua entrada no programa de fornecedores da Mega Aço Empreendimentos, entende-se que trabalhar no padrão Six Sigma é garantia de manutenção da qualidade exigida pelo mercado e dentro de um planejamento estratégico ambicioso.

Considerações finais

Como uma empresa jovem e com crescimento rápido, a Super Insumos já vinha percebendo falhas e perdas em seus processos em decorrência da falta de estrutura ou conhecimento para lidar com demandas maiores nos pedidos, prazos mais curtos ou grande variedade de especificações para produtos. Nesse sentido, é essencial que a empresa faça o delineamento de um projeto estratégico que seja balizado por padronizações, pois é isso que vai garantir a manutenção da empresa dentro do padrão de qualidade e de preços que a fez se destacar no mercado.

O primeiro passo se refere justamente à necessidade de readequação da estrutura organizacional, com a criação de cargos de gestões de projetos, controle e qualidade, como forma de compartilhar responsabilidades e ao mesmo tempo integrar a equipe e implantar as mudanças necessárias, como foi apresentado no quadro do 5W2H. Para isso, foram indicados os gestores de projetos, operacional, compliance, gestão ambiental e gestão de pessoas como os líderes dessas mudanças.

As recomendações apresentadas durante todo esse relatório consideram que o executivo master estará diretamente envolvido na coordenação geral dessas mudanças, deliberando sobre as decisões estratégicas e as metas que podem elevar a empresa a um patamar ainda mais alto. Para isso, o compliance alinhado à filosofia de qualidade total e sustentabilidade, independentemente do nível hierárquico, é efetivamente o ponto alvo para gerar o diferencial que vai agregar valor à marca.

Referências bibliográficas

GOBIS, M.A.; CAMPANATTI, R. Os benefícios da aplicação de ferramentas de gestão de qualidade dentro das indústrias do setor alimentício. Revista Hórus, v. 7, n. 1, p. 26-40, 2012.

LOBO, Renato N. Gestão de qualidade. As 7 ferramentas da Qualidade. São Paulo: Érica, 2012

MAGALHÃES FILHO, Osmário V.; COSTA PEREIRA, Valdir. Gestão de Pessoas e seu contexto na sociedade contemporânea. Comunicação & Mercado/UNIGRAN - Dourados - MS, vol. 01, n. 04, p. 115-125, jan-jul 2013

NEVES, T. F. Importância da utilização do ciclo PDCA para a garantia da qualidade do produto em uma indústria automobilística. Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2007

SILVA, A. et al.  Gestão da qualidade: Aplicação da ferramenta 5W2H como plano de ação para projeto de abertura de uma empresa. 3ª Semana Internacional das Engenharias da FAHOR. Anais...Horizontina, 2013.

Spendolini, M. J.. Benchmarking. Tr. Kátia Aparecida Roque, São Paulo: Makron Books. 1992.

WELCH, J. Jack Wech: segredos do executivo do século. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

WERKEMA, C. Criando a Cultura Seis Sigma – Série Seis Sigma. 1 ed. Rio de Janeiro: Werkema, 2002.

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