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A HUMANIZAÇÃO DA RECEPÇÃO NO HOSPITAL DIVINA PROVIDÊNCIA

Por:   •  7/5/2015  •  Artigo  •  5.695 Palavras (23 Páginas)  •  159 Visualizações

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ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL - ESAB

A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO:

A HUMANIZAÇÃO DA RECEPÇÃO NO HOSPITAL DIVINA PROVIDÊNCIA

Denize Teixeira Nantes Palheta

Pós Graduação em Ambiente Organizacional, Saúde e Ergonomia (Lato Sensu)

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BELÉM- PA

2014

RESUMO

Esta pesquisa, em forma de artigo cientifico, faz um estudo analítico de uma instituição de saúde, Hospital Divina Providência, sob o aspecto da qualidade de vida proporcionada pela implantação do Programa Nacional de Humanização na visão dos trabalhadores da recepção dessa instituição de saúde. A metodologia de pesquisa com caráter descritivo, com dados coletados por períodos de observação associados [a]ao questionário estruturado em perguntas fechadas e direcionadas aos colaboradores, relacionada com as teorias publicadas, serviu de base para o desenvolvimento do texto. No entendimento que, ao estender o PNH aos trabalhadores desta instituição de saúde, otimizou as práticas funcionais e operacionais, melhorando a Qualidade de Vida no trabalho e conseqüentemente, contribuindo para o atendimento mais humanizado dos pacientes, agregando valores a instituição. As informações analisadas no parâmetro teoria x prática, comprovam que esses métodos bem utilizados na instituição, podem referenciar e qualificar uma organização vanguardista, consolidando assim os programas de QVT nas várias dimensões do ambiente do trabalho.

Palavras- chave: humanização, qualidade de vida, recepção, saúde.

  1. Introdução

A preocupação com a iminente competitividade internacional, surge uma grande preocupação com a qualidade de vida no trabalho; e o estilo e técnicas gerenciais praticadas no oriente, mais precisamente no Japão, resultou em tentativas de integração de práticas que viessem a reduzir os conflitos no ambiente organizacional.

Desta forma, iniciou-se um movimento com a finalidade de agregar valores sociais e humanos, relacionando os interesses empresariais com os dos colaboradores, baseado em autores como Maslow e Herzberg, da escola de Relação Humanas.

Rodrigues (1994) diz que, a qualidade de vida no trabalho se mostra como grande preocupação desde os primórdios, conceituados de uma ou outra forma, mas sempre focada na satisfação e bem estar do trabalhador na execução de suas funções.

A necessidade de qualidade de vida no trabalho se mostra no momento em que é preciso criar um ambiente onde haja espirito de equipe, companheirismo e respeito, nas relações interpessoais. Dessa forma, os colaboradores se tornarão mais confiantes e cooperativos.

A grande lição da teoria organizacional é a de que os indivíduos que compõem uma organização, e sobre tudo os membros menos categorizados na hierarquia, recusam-se a ser tratados como instrumentos e reivindicam, através de comportamentos que a elite administrativa frequentemente define como ineficientes e ineficazes, a sua condição humana (RODRIGUES, 1994, p. 52).

As técnicas aplicadas em QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) mostram de que maneira as organizações podem rever sua cultura organizacional, trazendo maior produtividade ocasionada pela satisfação pessoal dos colaboradores, mostrada pela maior participação dos mesmos nos processos da organização.

De acordo com o site da instituição pesquisada, o Hospital Divina Providência é uma organização que faz parte da Congregação Pobres Servos da Divina Providência. Desde o seu projeto inicial, em 1988, o Hospital atua dentro dos princípios filosóficos da sua mantenedora, e foi concebido e desenvolvido a fim de que as suas atividades fossem sempre realizadas para priorizar o atendimento da população mais carente desta região, principalmente dos pacientes remanescentes da antiga colônia de hansenianos de Marituba, vitimados no âmbito patológico e social.

De acordo com a Coordenadora Chefe da Recepção, a gestora hospitalar Maria Cristina Saldanha de Lima, o Hospital Divina Providência vem tomando medidas para organização do trabalho, valorizando o profissional com processos de educação e boas condições de trabalho permanentes, com a finalidade de buscar mais qualidade de vida no ambiente organizacional através da prática da humanização interna, objetivando a sensibilidade que se deseja ver nas práticas dos cuidados com o usuário/paciente e, também, nos relacionamentos internos.

Esse estudo se justifica pelo fato que, atualmente, a preocupação com a Qualidade de Vida no Trabalho tornou-se agente de transformação em uma organização, mostrando-se como pilar de sustentação para as mudanças no meio ambiente organizacional, procurando aumentar a produtividade e a satisfação dos colaboradores, garantindo a sobrevivência do negócio. Para tanto, as organizações precisam contar com dispositivos que propiciem resultados satisfatórios.

Em instituições prestadoras de serviços de saúde, como o Hospital Divina Providência, em Marituba-PA, a Humanização é o dispositivo essencial quando se trata de melhorias no ambiente organizacional.

O PNH é o eixo norteador das práticas da saúde pública, atendidas em suas atenções pelo SUS, e que nas suas propostas tenciona a correlacionar-se com os avanços dos princípios de equidade, universalidade, integralidade e controle social. Sendo assim, todos os olhares dessa implantação de humanização, volta-se quase que na totalidade para o campo da saúde pública brasileira, fazendo-se notar que a área privada da saúde interprete a humanização de forma distorcida. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2004).

A implantação da humanização para a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores da recepção se fez necessário ao verificar a baixa socialização entre os colaboradores no ambiente organizacional, ocasionando, por muitas vezes, atritos que acabavam por interferir no bom relacionamento profissional/paciente, fazendo com que a imagem da instituição sofresse denegrida.

A qualidade das relações humanas é baixa, pois, ao que se pôde constatar, os ditos avanços, a tecnologia e a autoridade de certos profissionais da saúde parecem dispensar em definitivo, qualquer tipo de melhoria no contato humano. Desconsiderando, praticamente em sua totalidade, as necessidades emocionais do paciente, a qualidade do atendimento se baseia apenas em excelência em diagnósticos e metodologias no atendimento, seja pelos médicos, seja por outros profissionais da área. (BALLONE, 2008)

Por esses aspectos é que se procurou desvendar se a implantação do Programa Nacional de Humanização influenciou positivamente ou não na Qualidade de Vida dos colaboradores da recepção do Hospital Divina Providência através da investigação e análise das práticas e iniciativas de implantação da Humanização em serviços de saúde e na própria instituição, dessa forma podendo, finalmente, realizar o diagnóstico do ambiente organizacional.

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