A INDÚSTRIA TÊXTIL E A TERCEIRIZAÇÃO
Por: Juliana Alves • 16/9/2018 • Dissertação • 733 Palavras (3 Páginas) • 157 Visualizações
INDÚSTRIA TEXTIL E A TERCERIZAÇÃO
A indústria têxtil brasileira passou por diversas mudanças, desde do império, relacionado ao crescimento e estabilidade tanto de crescimento, de estabilidade, o grande impacto sofrido por esse setor foi com a abertura do mercado internacional .Diversas empresas que não estavam preparadas fecharam, pois era impossível competir com algo tão inovador .Mais a produção têxtil não caiu, as empresas que permaneceram conseguiram traças sabias estratégias para conseguir sobressair e permanecer competitiva diante desse ramo. E com isso seguiu crescendo gradativamente ,até os dias atuais, segundo a Abit ( 2017),o faturamento da Cadeia Têxtil e de Confecção foi de US$ 45 bilhões; contra US$ 39,3 bilhões em 2016, o número de empresas foi de 29 mil em todo o País (formais),esse setor representa 16,7% dos empregos e 5,7% do faturamento da Indústria de Transformação, é a indústria que tem quase 200 anos no país, conta com 1,479 milhão de empregados diretos e 8 milhões de adicionarmos os indiretos e efeito renda, dos quais 75% são de mão de obra feminina, é o 2º maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas (juntos).
Mesmo a prática da terceirização não seja nova, pois desde o século XIX já se destinava parte do processo produtivo a outras empresas na forma, de subcontratação, conhecido como putting out. Tradicionalmente as indústrias de confecção e de calçados são as que muito se utilizam desta prática, mas, outros segmentos também vêm adotando, principalmente as indústrias de médio e grande porte. Esta adoção como estratégia tem crescido e consequentemente recebido críticas por vários autores. Neste contexto, Cruz-Moreira (2003) diz que a terceirização é uma forma que permite às empresas fragmentar as etapas do processo produtivo com total dispersão geográfica. Esta mobilidade das atividades produtivas possibilita a divisão do trabalho e consequentemente dos lucros de forma muito desigual. Bastos (1993) complementa que a subcontratação se tornou um procedimento que visa contornar as obrigações tributárias e trabalhistas de forma a reduzir os encargos sociais, o que leva a uma informalização e precarização das relações de produção das empresas entre si e entre os trabalhadores. Segundo Amorim (2003), quando a terceirização é de caráter predatório e está voltada para a redução dos custos e a transferência deste para os terceiros, então esta forma deixa precária as condições do trabalho, de saúde, contribuem para a redução dos salários, dos benefícios, além de exigir alto ritmo de trabalho. Para esta autora, no Brasil as pesquisas têm buscado o entendimento da terceirização e é possível dizer que existem duas modalidades, uma que foca somente a redução dos custos e outra que está relacionada com a transferência de tecnologia à empresa subcontratada em benefício da qualidade, produtividade e de competitividade. Sabe-se que o setor do vestuário e de calçados são setores industriais bem globalizados e permite facilmente a criação das peças num determinado país, mas poderá ter suas partes componentes fabricadas em outro. A costura é um setor que exige poucos investimentos em maquinário, mas é um dos setores industriais que mais utiliza a mão de obra e esta condição pode ser considerada um dos gargalos de todo o processo produtivo. A baixa VI CONVIBRA – Congresso Virtual Brasileiro de Administração exigência com relação à escolarização e qualificação dessa mão de obra é mínima, favorecendo o deslocamento espacial das unidades produtivas para lugares mais pobres. No entanto, a terceirização da costura é muito utilizada pela grande maioria das indústrias, mas muito pouco se têm publicado sobre a qualidade dos serviços prestados e quais são critérios e procedimentos para selecionar as empresas terceirizadas, já que a qualidade da costura interfere diretamente nas características do produto.
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