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A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

Por:   •  23/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.243 Palavras (9 Páginas)  •  190 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

2.1 CAPITALISMO NO BRASIL 5

2.2.RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL6

4 CONCLUSÃO 7

REFERÊNCIAS 8

1 INTRODUÇÃO

Este dedica- se a levantar hipóteses sobre a responsabilidade social empresarial no Brasil. Para tanto, vale-se de duas vertentes distintas da literatura sobre comportamento das empresas, uma que procura definir os fatores, não apenas estratégicos, mas também institucionais, da responsabilidade social empresarial, e outra, conhecida como abordagem das “variedades de capitalismo”, que se empenha em descrever o impacto das diferentes instituições (normas e práticas) características do capitalismo de cada país sobre a atuação das empresas. Foram elaboradas, como resultado, seis hipóteses sobre a conduta socialmente responsável das empresas no Brasil.

2 DESENVOLVIMENTO

O CAPITALISMO E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

A implantação do capitalismo deu origem à era de profundas contradições e injustiças, marcada pela brutal exploração dos operários e mão-de-obra infantil, sem oferecer quaisquer direitos. Esse período de mais gritante espoliação prolongou por cerca de um século e meio – desde o inicio da Revolução Industrial, passando pelo século XIX e entrando nas primeiras décadas do século XX, ate a Segunda Guerra Mundial ,nota-se também mazelas do sistema, que vão além das fabricas e indústrias, como, aglomeração de pessoas nas cidades, desestruturação da família, surgimentos de favelas e cortiços, agravamento da violência urbana, prostituição, doenças, tanto por sujeira como por falta de descanso, questões essas que diretamente ou não refletia no trabalho do operário. Foi a partir nesse período de agravamento das tensões sócias e trabalhistas que se observam as primeiras iniciativas forçadas por parte do empresariado, em garantir alguns direitos trabalhistas e sociais, entre eles, redução da jornada de trabalho, regulamentação do trabalho das mulheres e dos menores, salários mínimos, repouso semanal remunerado, reconhecimento do sindicato e criação de residências de operários nas proximidades das empresas etc. Também outras instituições preocupadas com as gritantes injustiças sociais, agravadas com o avanço da Revolução Industrial e do Capitalismo, levaram muitos pensadores e humanistas a formularem novas propostas de organizações e funcionamento da sociedade e da economia, sobretudo no século XX. As Nações Unidas, por exemplo, tiveram grande participação na criação de novos princípios de Direitos Humanos (1948), instrumento que busca garantir cidadania universal, mas que funciona como complementar ás leis sociais vigentes de cada país, passa-se assim uma falsa sensação de garantias, pois é sabido que o período era de ampliação e mundialização do capitalismo, naturalizando assim as questões sociais gritantes. No Brasil essa reestruturação decorrente da globalização e da inserção de transnacionais e multinacionais, deu impulso nas ultimas duas década do século XX , quando o país assistia um momento de recessão na economia. Observa-se a partir do contexto histórico brasileiro que a maioria das empresas não se preocupava com as consequências desordenadas dos recursos naturais, tão pouco com a qualidade de vida de seus funcionários e familiares, e que desde o inicio, suas contribuições com as lacunas deixadas pelo capitalismo eram apenas pontuais, como doações de cestas básicas, roupas, medicamentos e algumas doações em dinheiro, esses procedimentos não refletiam de forma emancipadoras nos públicos alvo, tornando-os assim apenas dependentes das benfeitorias das empresas. Os primeiros registros de ações empresariais voltadas para o social remontam ao século XX,no final da década de 1910 Monteiro Lobato, que era um dos mais influentes intelectuais brasileiros, além de empresário e criador de revistas e de editoras, inventou o famoso personagem “Jeca Tatu” para a campanha brasileira de saúde pública de combate à ancilostomose. A contribuição de Monteiro Lobato e do Laboratório Fontoura foi considerada pelos autores um marco fundador da filantropia empresarial no país, fortemente marcada por interesses publicitários. (BEGHIM, 2005, p.63) A participação do empresariado nas ações voltadas para o social, somente ocorre de forma assistencial, quando as mazelas deixadas pelo mesmo, interfere no lucro do mercado. Principalmente com a vinda das grandes transnacionais que ao chegar a comunidades periféricas encontra mão-de – obra desqualificada, baixa escolaridade, violência, etc.

Responsabilidade Social

Contrariando do que muitos leigos pensam e criticam a responsabilidade social é uma ação além da filantropia, requer planejamento, estratégia e conhecimento da comunidade para que a ação se concretize e realize com eficiência, tendo retorno positivo para todos.

Já a filantropia é uma ação pontual, caritativa, sem retorno, que busca apenas ajudar o próximo de forma amorosa, como afirma Brasil ,quando diz que “ela não escolhe causas , muito menos avalia de maneira antecipada o que deve ou não ser feito com o dinheiro.”. Etimologicamente, a filantropia – palavra originária do grego na qual philos quer dizer amor e antropos, homem – significa amor do homem pelo ser humano, amor pela humanidade. Apesar de sua raiz humanitária, a filantropia foi se consolidando, desde os primórdios do liberalismo como um sistema de dominação. (BEGHIN, 2005, p.45).

No Brasil a filantropia esta tão arraigada que em pleno século XXI muitos ainda a confunde com Responsabilidade Social, motivo justificável, pois nosso país considerado religioso tem na tradição ações com bases na solidariedade e amor ao próximo. A filantropia no Brasil há quatro séculos vem sendo associada predominantemente á Igreja Católica. Isto porque sua origem remota á chegada da Irmandade da Misericórdia e á instalação

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