A Remuneração Salarial
Por: Victor Ferreira • 24/8/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 408 Palavras (2 Páginas) • 182 Visualizações
A lógica de remuneração salarial que temos hoje segue princípios que são provenientes do modelo de burocracia de Max Weber, onde há uma divisão clara da hierarquia de funções e à medida em que as funções se assemelham, os salários se tornam equivalentes. Todas as decisões nesse modelo devem ser tomadas com base em normas objetivas que se apliquem igualmente a todos os integrantes da organização, não tendo espaço para favoritismo ou julgamentos subjetivos.
Se usarmos como parâmetro a “Lei da Oferta e Demanda” difundida por Adam smith no decorrer do século XVIII, o conceito de remuneração fixa deve se adequar, tornando os salários mais altos havendo mais empresas no mercado ou escassez de disponibilidade para a execução de determinada função. Tal fenômeno foi o que motivou a substituição da servidão pelo trabalho assalariado no fim da Era Feudal.
“Consequentemente, o trabalho do camponês valia mais do que nunca. Surgiram revoltas camponesas contra o poder dos senhores feudais e contra a servidão que os imobilizava em seus locais de origem. Essas revoltas foram controladas. Apesar disso, as bases do sistema feudal estavam abaladas. Em meados do século XV, o trabalho servil já havia sido substituído em grande parte pelos arrendamentos de terra pagos em dinheiro, e muitos camponeses tinham se emancipado do domínio dos antigos senhores.” (MOTTA; VASCONCELOS, 2006, p.13)
No período que antecedeu a Primeira Guerra mundial, os Estados Unidos viveram um momento de intensificação da produção siderúrgica e industrial, aumentando a demanda por mão de obra que gerou escassez. Desta forma aumentou-se o poder social dos trabalhadores e, por conseguinte, seus salários reais, além de uma ocasional mudança na legislação para garantia do cumprimento de certos limites na carga-horária. Nesse momento, devida a forte imigração européia em terras estadunidenses, o pensamento marxista se difundiu bastante, principalmente por alemães recém-chegados, estes reivindicavam a luta de classes e participação sindical.
Nesse contexto, Frederick Taylor surge com uma perspectiva antagônica de que os interesses dos patrões e dos trabalhadores poderiam coexistir em um sistema empresarial. Afirmava que a baixa remuneração seria ruim também para a organização, uma vez que diminuiria consideravelmente a produção por cada operário.
“Broadly speaking, then, the best type of management in ordinary use may be defined as management in which the workmen give their best initiative and in return receive some special incentive from their employers. This type of management will be referred to as the management of "initiative and incentive".” (TAYLOR, 1911, p. 12)
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