A Revolução Francesa e a Revolução Industrial
Por: tevjovits • 5/10/2018 • Trabalho acadêmico • 2.070 Palavras (9 Páginas) • 513 Visualizações
Nicolas Tevjovits N USP:5051160
1.
a) A origem das grandes transformações das sociedades da Europa Ocidental está ligada à duas grandes revoluções: A Revolução Francesa e a Revolução Industrial. A primeira, símbolo de transformações, foi responsável por introduzir um movimento baseado em liberdade e igualdade universais. Este movimento foi responsável por transformar uma ordem social já estabelecida. A Revolução Industrial foi responsável pela migração em massa da força de trabalho camponesa para as grandes cidades e pela mecanização da produção agrária, ocasionando numa expansão desenfreada das cidades.
b) A sociologia se caracteriza por embates acerca da sua própria natureza. Diferentemente das ciências naturais, a sociologia é incapaz de seguir um sistema de leis universais. A sociologia lida com um objetivo observável, depende da pesquisa empírica e envolve tentativas de formular teorias e generalizações que darão sentido aos fatos. Porém a natureza dos seres humanos não é a mesma dos objetos materiais. O estudo do nosso próprio comportamento, no que se refere a certos aspectos muito importantes, é completamente diferente do estudo dos fenômenos naturais.
c) Para Giddens, a imaginação sociológica é um exercício de imaginação indispensável para uma análise sociológica. Ele diz que só é possível compreender o mundo social a que deram início as sociedades industrializadas contemporâneas mediante um tríplice exercício de imaginação, que envolvem uma sensibilidade histórica, antropológica e crítica.
d) Essa tríplice se trata do exercício de imaginação proposto por Giddens para a compreensão do mundo industrial contemporâneo.
2.
a) Pode-se dizer que a sociedade industrial substituiu a sociedade tradicional, quando uma economia baseada na agricultura familiar, de subsistência, transformou-se em uma economia industrializada, ou seja, o processo produtivo passou a ser mecanizado e em escala, possibilitando maior comércio.
Com o crescimento de oficinas e fábricas, muitas mudanças ocorreram em relação a estrutura da sociedade e, a principal delas foi a massiva migração de pessoas dos campos às cidades, caracterizando um intenso processo de urbanização e resultando em novas relações sociais, com o surgimento do operariado, que passou a ser alvo de exploração dos proprietários dos meios de produção.
Uma importante característica da sociedade industrial decorreu dos conflitos entre classes e das reivindicações da classe trabalhadora que, durante uma longa batalha de interesses, foram conquistados cada vez mais direitos políticos e espaço na sociedade, mesmo que a exploração nunca tenha terminado.
Apesar da sociedade industrial ainda ser muito fragmentada em classes, percebe-se uma maior mobilidade social em comparação ao período anterior, visto que a sociedade tradicional era definitivamente estamental. Com a indústria, o clero e a nobreza perderam poder àqueles que detiveram o poder monetário.
b) Para compreender uma sociedade capitalista é fundamental entender o que significa direito à propriedade privada. Se há uma instituição que garanta isso aos cidadãos é fato que qualquer propriedade possa ser adquirida por meio do dinheiro. Por isso, o objetivo do capitalismo é ter lucro e acúmulo de riqueza, ou seja, tal sociedade é extremamente monetizada.
Também dividida em classes, a sociedade capitalista é dividida entre os proprietários dos bens e meios de produção e aqueles que vendem sua força de trabalho em troca de um salário, abrindo espaço para uma exploração da mão de obra. Geralmente, a desigualdade social em sociedades que seguem tal modelo é de grande relevância e a mobilidade social entre essas classes, mesmo que possível, é extremamente rara.
O papel do Estado em uma sociedade capitalista é estrito, pois ele não deve interferir na economia ou deve interferir o menos possível. De tal forma que, teoricamente, o mercado econômico se regularia naturalmente. Portanto, como já dito, o principal papel do Estado seria garantir a propriedade privada.
3.
a) Crescente concentração da economia: Domínio da vida econômica por parte das grandes companhias. Em todas as economias ocidentais, de maneiras diversas, as grandes corporações chegaram a desempenhar um papel cada vez mais proeminente. Nos Estados Unidos, as 100 maiores corporações são responsáveis por mais de 40% dos produtos manufaturados, na Grã-Bretanha o nível de concentração é até mesmo maior. Nos demais países da Europa Ocidental e no Japão as grandes corporações também desempenham papel essencial na atividade econômica. A grande maioria das grandes companhias é de corporações públicas, ou seja, empresas que fazem circular ações que podem ser compradas e vendidas.
As interpretações administrativistas pressupõem que o crescimento das grandes corporações tem acarretado uma fragmentação da classe capitalista tal qual existia no século XIX. Alega-se que as megacorporações são menos capitalistas do que costumavam ser as firmas no auge do capitalismo empresarial, uma vez que alcançaram uma posição dominante em determinados setores da economia, não mais precisando competir precipitadamente com outras. As megacorporações estão mais preocupadas com o crescimento estável e a longo prazo do que com a imediata maximização dos lucros. O importante é que se mantenha um nível satisfatório de lucro, e não que os lucros sejam maximizados custe o que custar. Isso está associado ao fato de que os possuidores formais das megacorporações (acionistas) não exercem mais controle significativo sobre os negócios corporativos, pois os executivos passaram a exercer o poder. Como os executivos não possuem as corporações que controlam estão mais interessados em estabilidade administrativa interna do que no nível de lucro que ela possa alcançar. Os administrativistas então, afirmam que a megacorporação tornou-se uma agência socialmente responsável, ou seja, uma corporação nobre afastada da agressiva e egoísta firma empresarial do século XIX. O crescimento das megacorporações, onde os detentores de capital (acionistas) compõem uma categoria fragmentada, tem separado a propriedade do controle o que, por sua vez, leva à desintegração da classe dominante capitalista coesa existente no século XIX.
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