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A TEORIA E PRÁTICA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM ADMINISTRAÇÃO

Por:   •  8/4/2018  •  Resenha  •  2.002 Palavras (9 Páginas)  •  198 Visualizações

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TEORIA E PRÁTICA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM ADMINISTRAÇÃO

Djaló, Abdolah Bubacar

Procopiuck, Mário

I – Resenhista

II – Autores

III – Resenha

Tópico 1 – Introdução

Tópico 2 – Conhecimentos Subjetivistas e Objetivistas em Estudos Organizacionais

Tópico 3 – Interações entre Teoria e Prática na produção do Conhecimento

Tópico 4 – Conectando o Conhecimento Teórico e Prático

Tópico 5 – Dicotomias no Tratamento Acadêmico da Realidade Organizacional

Tópico 6 – As Organizações Subjetivistas

Tópico 7 – Em direção a uma Teoria Prática?

Tópico 8 – Conclusão

IV - Referências Bibliográficas

I – Resenhista

Ketleen da Silva Nogueira, Graduanda no Curso de Administração da Faculdade Cearense – CE.

II – Autores

Abdulah Bubacar Djaló, Doutor em Administração pelo Pontifica Universidade Católica do Paraná – PUC-PR, Curitiba/PR, Brasil. Professor da Universidade Amílcar Cabral –UAC, Bissau, Guiné Bissau.

Mário Procopiuck, Doutor em Administração pelo Pontifica Universidade Católica do Paraná – PUC-PR, Curitiba/PR, Brasil.

III – Resenha

Tópico 1 – Introdução

Já foram emitidos diversas opiniões sobre a limitação que as ciências administrativas podem ter sobre  mundo real. De acordo com Audet (1986 apud DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010), alguns acreditam que isto acontece devido ao distanciamento real e metodológico entre o individuo e o abjeto de estudo. Mattos (2003, p. 49 apud DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010) disse que este distanciamento relacionado ao contexto de atuação de praticas, que lutam por resultados instantâneos, se ocorrer realmente, poderá levar a comunidade acadêmica a produzir discursos herméticos e auto referidos. Os autores observaram que para ocorrer a redução da lacuna existente entre a teoria e a prática, deveriam realizar estudos voltados às organizações em si, não às teorias, deveriam focar-se em questões com efetivo potencial para auxiliar quem o pratica cotidianamente.

Mas há quem defenda que a solução para este problema seria ignorá-lo, partindo disto, as ciências administrativas e as práticas gerenciais deveriam ser percebidas apenas como independentes uma da outra. Esta segregação entre teoria e pratica residiria nos fundamentos epistemológicos sob os quais os acadêmicos não-praticantes conduzem sua construção do conhecimento (BOURDIEU, 1990 apud DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010). Então, o desenvolvimento de conhecimentos teóricos e aplicados à prática, deveriam passar pela busca de coerência, com isto, caminhariam para analises mais embasadas nas duas áreas em conjunto.

Deste modo, deveriam tentar criar um elo entre teoria e prática. Os autores defendem que uma abordagem que procure demonstrar a debilidade do elo entre as duas dimensões ainda não recebia a atenção necessária. O que pode ajudar para o desenvolvimento de um processo de cisão entre teoria e prática, com reflexos nada bons para a própria evolução dos estudos organizacionais. Para Mansden e Towley (1999 apud DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010), ignorar o problema não poderia ser visto como uma solução viável, levando em consideração que a teorização é bastante utilizada como meio para a busca de referencial para ai então tomar decisões e agir.

Os autores desenvolveram este estudo então, para tentarem mostrar como as ênfases epistemológicas que tem como resultado a cisão do campo de estudo da administração, constituem-se em severa obstrução para o desenvolvimento de conhecimentos científicos com maior potencial para aprender-se, isto independente da perspectiva adotada, seja prática ou teórica.

Tópico 2 – Conhecimentos Subjetivistas e Objetivistas em Estudos Organizacionais

Abordando uma ampla perspectiva de compreensão da produção do conhecimento, é importante citar que os pressupostos antológicos vêm anteriormente às opções epistemológicas e dos métodos explicativos, e normalmente identificados como origem de divergências pragmáticas nas ciências sociais (KING; KEOHANE; VERBA, 1996 apud  DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010). Partindo da perspectiva ontológica, serão tratados aqui o subjetivismo e o objetivismo como pontos fundamentais para o entendimento da realidade, e a partir disto, produção de conhecimentos (DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010).

Jhutz e Luckmann (1973 apud DJALÓ; PROCUPIUCK, 2010) chamaram o subjetivismo de atitude natural, pois vem do entendimento que a realidade tem origem na realidade experimentada. Então, é realidade aquilo que é vivenciado. Nesse processo de produção de conhecimento, o subjetivismo tem sua importância por explicar o ato de reflexão, ou a atitude teórica.

Em contraponto ao subjetivismo, há o objetivismo, que foca-se na defesa de que deve haver atribuição de relevância à observação dos aspectos objetivos da realidade observada na construção do conhecimento, pois de acordo com ele, a apreensão do verdadeiro conhecimento tem origem na captação precisa de objetos externo.

Após a aceitação da perspectiva objetivista nos estudos organizacionais, os autores chegam à conclusão que a função principal dos acadêmicos seria apreender a realidade, e a partir dela, desenvolver teorias sobre regularidades observadas. Segundo os Djaló e Procopiuck: "as características dos estudos organizacionais, os esforços, tanto dos práticos quanto dos teóricos para interpretação da realidade e, a partir dela, geração de conhecimentos, o grau de subsunção aos ideais de subjetivismo ou de objetivismo somente pode ser definido em função da proporção relativa de tempo que cada um deles se insere em cada um desses modelos. Logo, soaria artificial tentar compreendê-los exclusivamente sob qualquer das duas perspectivas".

3  Interações entre Teoria e Prática na Produção do Conhecimento

"A epistemologia é conhecida como a teoria do conhecimento" (Moser, 2002 apud DJALÓ, PROCOPIUCK, 2010), a preocupação dela está em como os indivíduos obtêm conhecimentos do mundo, como conhecem o que conhecem, desta forma, a epistemologia fornece a base filosófica para identificar-se quais tipos de conhecimentos podem ser considerados adequados e legítimos (BLAIKIE, 2007, p. 18 apud DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010).

De acordo com Bourdieu (1977, p. 3 apud DJALÓ; PROCOPIUCK, 2010), partindo de tudo o que foi abordado até agora, o mundo social pode-se então ser submetido a três modos: o conhecimento fenomenológico, o objetivista e o praxeológico.

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