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A Teoria da Contingência

Por:   •  28/2/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.578 Palavras (11 Páginas)  •  578 Visualizações

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Teoria da Contingência

A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode acontecer ou não. A teoria da contingência vai bem mais longe do que a teoria de sistemas quando aborda a problemática do ambiente.

Poderíamos dizer que uma corrente considera o ambiente total vital para a organização, e uma outra corrente que considera o ambiente de forma parcial. De qualquer maneira é o ambiente que conduz a vida da organização.

Uma característica relevante da teoria da contingência é a de que não se consegue um alto nível de sofisticação organizacional com a aplicação de um só modelo, ou seja, não há uma só forma de tornar uma organização eficaz e eficiente. Haverá sempre diferentes alternativas para o encaminhamento de estudos, problemas e carências organizacionais.

A teoria da contingência apresenta os seguintes aspectos básicos:

  1. A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto.
  2. As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente.
  3. As características ambientais são as variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes daquelas.

ORIGENS

A origem da Teoria da Contingência se deu pela pesquisa de Lawrence e Lorsch sobre a confrontação da organização versus ambiente. Os dois pesquisadores, preocupados com as características que devem ter as empresas para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas e tecnológicas, fizeram a pesquisa com dez empresas em diferentes meios industriais. A pesquisa foi inicialmente imaginada com o sentido de aplicação da teoria de sistemas abertos a problemas de estruturas organizacionais e de prática administrativa. O resultado final do estudo encaminhou a problemática organizacional para dois aspectos básicos: diferenciação e integração.

Surgiu, também, a partir dos resultados de várias pesquisas que procuraram verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. As pesquisas, cada qual isoladamente, pretendiam confirmar se as organizações mais eficazes seguiam os pressupostos da Teoria Clássica. Os seus resultados conduziram a uma nova concepção de organização: a estrutura da organização e o seu funcionamento são dependentes das características do ambiente externo. Não há um único e melhor jeito (the best way) de organizar.

As condições sob as quais as empresas trabalham são ditadas “de fora” delas, isto é, do seu ambiente. As contingências externas oferecem oportunidades e imperativos ou restrições e ameaças que influenciam a estrutura organizacional e os processos internos das empresas.

Um pouco Sobre Paul Roger Lawrence e Jay Willian Lorsch

Paul Roger Lawrence (26 de Abril de 1922 – 01 de Novembro de 2011)

Paul R. Lawrence foi um sociólogo estadunidense, professor de Comportamento organizacional na Havard Business School, e consultor, conhecido por seu trabalho com Jay W. Lorsch na “ Diferenciação e Integração no Complexo Organizacional”.

Nascido em Rochelle, Illinois, Lawrence obteve seu bacharel em Artes pela Albion College em 1943, e depois da guerra conseguiu seu mestrado de administração de negócios pela Harvard Business School em 1947 e seu PhD em 1950.  

Após a graduação, Lawrence iniciou sua carreira acadêmica pela Harvard University em 1947 como instrutor. Ele foi nomeado Professor Assistente em 1950, Professor Associado em 1956, e Professor Catedrático em 1960. De 1967 a 1991 ele foi Professor de Comportamento Organizacional de Wallace Brett Donham. Ele foi Professor Visitante no Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1973, e na Universidade da Califórnia, Berkeley em 1984. De 1975 a 1993 ele também foi Diretor da Millipore Corporation, e de 1991 a 1995 Diretor da Hollingsworth & Vose Paper Empresa

Lawrence foi eleito Fellow da Academy of Management, e da International Academy of Management, e membro da American Sociological Association e da Society for the Advance of Socio-Economics.

Jay William Lorsch (1932)

Lorsch é um teorista organizacional estadunidense e professor de relações humanas de Louis Kirstein na Harvard Business School, conhecido por sua contribuição na Teoria da Contingencia para o campo de comportamento organizacional.

Nascido em St. Joseph, Missouri, Lorsch cresceu em Kansas City, Missouri, onde se formou na Pembroke Country-Day School em 1950. Ele recebeu seu bacharelado em Antioch College em 1955, seu doutorado em administração de empresas em Harvard. Business School em 1964, e iniciou sua carreira acadêmica na Harvard Business School em 1965.

Juntamente com Paul R. Lawrence, Lorsch foi agraciado com o "Melhor Livro de Gestão do Ano" da Academia de Administração em 1969 pelo seu livro "Organização e Meio Ambiente". Este livro "acrescentou teoria de contingência ao vocabulário de estudantes de comportamento organizacional".

Ele mora em Cambridge, MA com sua esposa Patricia e seu cachorro.

PESQUISA DE LAWRENCE E LORSCH SOBRE AMBIENTES

LAWRENCE E LORSCH fizeram uma pesquisa sobre o defrontamento entre organização e ambiente que marca o aparecimento da Teoria da Contingência. A denominação Teoria da Contingência derivou desta pesquisa. A pesquisa envolveu dez empresas em três diferentes meios industriais — plásticos, alimentos empacotados e recipientes (containers). Os autores concluíram que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração.

A diferenciação parte da relação que cada subsistema da organização tem unicamente com o que lhe é relevante. Se os ambientes específicos diferirem quanto as demandas que fazem, aparecerão diferenciações na estrutura e nas abordagens empregadas pelas unidades ou subsistemas. Em outras palavras, do ambiente geral emergem ambientes específicos, cada um correspondendo a um ou mais subsistemas ou unidades da organização.

O conceito de integração é justamente o oposto do conceito anterior. Integração refere-se ao processo gerado por pressões vindas do ambiente global da organização no sentido de alcançar unidades de esforços e coordenação entre os vários órgãos ou subsistemas. Segundo ainda os pesquisadores, os principais meios de integração encontrados nas empresas estudadas foram:

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