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A dinâmica entre liderança e identificação consentida nas organizações contemporâneas

Por:   •  13/11/2016  •  Resenha  •  2.083 Palavras (9 Páginas)  •  346 Visualizações

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NOVA FACULDADE

Rosangela Almeida Oliveira Soares

RESENHA: a dinâmica entre liderança e identificação consentida nas organizações contemporânea

        

Contagem

2016

RESENHA: a dinâmica entre liderança e identificação consentida nas organizações contemporânea

DARVEL, E; MACHADO, H. O Fenômeno da Liderança nas Organizações. Pesquisa de campo

Rosangela Almeida Oliveira Soares

Como fenômeno social a liderança nas organizações foi conceituado de forma tradicional em termos de traços de personalidade, uma das teorias pioneiras foi a teoria dos traços na década de 40 enfatizando as qualidades pessoais do líder, na década de 50 a preocupação dos cientistas passa a ser sobre os aspectos que caracterizam o estilo de comportamento do líder, entre as décadas de 60 e 80 as pesquisas focaram que para manutenção de que um líder deve eficaz deve considerar os aspectos que fazem parte do ambiente que no qual o líder está agindo. Nas novas abordagens o líder se torna administrador do sentido, mostrando para os liderados qual é a realidade organizacional. De forma geral, vários autores tem apontado a necessidade. Os lideres emergem por causa do seu papel substantivo das situações, assim fica claro que liderar é ser capaz de administrar e ordenar os significados que as pessoas dão aquilo que estão fazendo.

De forma geral alguns autores tem verificado a necessidade de uma reorientação e integração de abordagens qualitativas no desenvolvimento teórico sobre a liderança que inclua o processo psicossocial definido pela interação humana, com isso podemos concluir que de acordo com essas abordagens, liderança é sobretudo um processo mutuo de ligação entre líder e seguidor,assim o poder do líder depende se estabelecer a problemática pessoal do líder e as necessidades dos grupo.

O PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Identificar é reconhecer, é demonstrar afinidade, atração, de que resulta um processo de internalização e de incorporação de crenças, valores atitudes, num processo de emulação (Ashofoth e Mael, 1989), o processo de identificação se constitui por três fatores: definição do individuo, em termos de filiação, distinção prestigio, e saliência dos valores e a formação do psicossocial do grupo. Segundo as teorias da psicossocial a categorização social produz certa despersonalização dos indivíduos (Hogg e Terry 2000)

Isso significa que a identidade não é fixa e imutável, mas que os processo de identificação não é fixa e imutável, mas os processos de identificação podem, de modo geral, ser mais intensos em determinados períodos da vida dos indivíduos.

Em resumo pode se dizer que o processo de identificação esta ligado aos aspectos: de segurança psicológica, de afiliação, de autovalorização. Dessa forma, o afeto e cognição estão presentes na identificação (Ashforth et AL.,1998).

A DINAMICA ENTRE LIDERANÇA E IDENTIFICAÇÃO

O papel de líder não existe isoladamente, por isso identificação é uma noção básica para compreender todos processo de liderança no contexto contemporâneo das organizações. A dinâmica entre liderança e identificação se estabelece no terreno de variados processos, que são a Cognição, Emoção e o Poder.

Os pesquisadores dirigem então sua atenção para aquilo que o líder faz, mostrando-se particularmente interessados nos tipos de comportamento por ele adotados, que seriam responsáveis pelo aumento da sua eficácia ao dirigir seus seguidores Entre a década de 60 e o início da década de 80, os enfoques situacionais ou contingenciais apontam o fato de que a emergência e a manutenção de um líder eficaz devem considerar aspectos que fazem parte do ambiente dentro do qual o líder está agindo. As teorias contingenciais ou situacionais exploram então as variáveis que cercam o processo de liderança, sem deixar de lado os diferentes tipos de comportamento dos líderes. De forma geral, vários autores têm apontado a necessidade de uma reorientação radical no desenvolvimento teórico sobre a liderança, integrando as abordagens qualitativas que a vislumbrem como processo psicossocial definido pela interação humana (Smircich e Morgan, 1982; Hosking, 1988; Knights e Willmott, 1992; Alvesson, 1992, 1995b; Bryman, 1996). podemos concluir que a liderança é, sobretudo, um relacionamento, um processo mútuo de ligação entre líder e seguidor. Tal processo envolve um relacionamento de influência em duplo sentido, orientado principalmente para o atendimento de objetivos e expectativas mútuas. Nesses termos, não poderíamos dizer que a liderança fica somente a cargo do líder. Assim, o poder do líder depende desta congruência e está atrelado à ressonância que se estabelece entre a problemática pessoal do líder e as necessidades do grupo que se reconhece naquele (Aubert, 1991) durante o processo de identificação que se desenrola entre ambas as partes - líderes e liderados. A habilidade de ordenamento significativo da realidade e suas ressonâncias no imaginário coletivo é o que constitui a força do líder e fundamenta o exercício legítimo da sua influência; por isso, para avançarmos na compreensão das sutilezas da liderança como processo de ordenamento significativo da realidade, torna-se necessário integrar e aprofundar o entendimento do conceito de identificação.

O PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Identificar é reconhecer (eu sou), é demonstrar afinidade, atração, de que resulta um processo de internalização (eu acredito) e de incorporação de crenças, valores, atitudes, num processo de emulação (Ashforth e Mael, 1989).  "Nas identificações adquiridas o outro entra na composição do si mesmo. [...] A identidade é feita dessas identificações com valores, normas, ideais, modelos e heróis, nos quais a pessoa e a comunidade se reconhecem. O reconhecer-se no contribui para o reconhecer-se com" (Ricoeur, 1990, p. 147).

 O fenômeno da identidade social. Categorização refere-se ao processo pelo qual o eu é assimilado cognitivamente nos protótipos do grupo, despersonalizando seu autoconceito. Despersonalização, por sua vez, refere-se à mudança na autoconceitualização e na base da percepção dos outros (Hogg e Terry, 2000). Em resumo, pode-se dizer que o processo da identificação está intimamente ligado aos aspectos (Pratt, 1998): (1) de segurança psicológica - a identificação funciona como um mecanismo de cópia que as pessoas utilizam para resolver inconsistências emocionais; (2) de afiliação - a necessidade de o indivíduo se perceber como membro de um grupo, necessidade de agregação, a fim de vencer o isolamento social; (3) de autovalorização- o indivíduo busca imitar o comportamento daquele que ele julga importante para seu engrandecimento, para a construção de um autoconceito positivo; e (4) de significado - o indivíduo busca referências de valores para incorporar ao seu comportamento, como forma de atribuir um propósito à sua vida.

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